Coleção pessoal de IrCatarina

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Depois de tudo isso, eu resolvi mudar e parar de ser aquela adolescente enjoada que batia de frente( até porque que meus pais eram bem autoritários e eu vim de uma família com conceitos puritanos e machistas). Eu tentava antes gritar e ter voz de uma maneira irracional, eu queria ter o espaço que as outras meninas tinham, as liberdades das outras meninas, pra sair e se divertir, pra ir a uma festa, sei lá. Mas como eu não tinha essa liberdade, então, soltei minhas frustaçoes em relacionamentos idiotas.⁠
Então passei a prometer pra Deus que eu iria ser melhor, prometi não entrar em brigas e nem a desobedecer. Mas depois do episódio do rapaz, eu era tratada como escrava, e de uma maneira bem árdua. Ninguém queria saber se eu estava bem, mas enfim, se eu já era o bode expiatório da casa, imagina nesta época. Mesmo que eu tivesse mudado em atitudes, eu já não era bem vista. Na vdd, eu sempre estava errada a partir de então.
Gostaria de ressaltar agressividade do meu pai, que não procurou se concertardiante de tudo o que eu fiz, na vdd ninguém quis saber a origem sas minhas escolhas, só sabiam que tinham que me castigar, com o intuito de "educar".

⁠Bom, como todos sabem, no meio dessas coisas vem a influência externa pra cabeça de uma pessoa que mal sabe o que está fazendo, a partir dos 12 anos eu queria o que todos diziam que era muito bom:um namorado. Na verdade mesmo eu não queria exatamente isso se não tivessem me dito que era algo "necessário", mas eu queria entrar nos grupinhos de escola. Mas como todos sabem, isso acontece em algum momento de nossas vidas. Bem, não gostei de ninguém na vdd, era coisa de momento e no final eu nunca ficava feliz, fora que isso era motivo de ódio pra minha mãe, e eu passei a procurar sempre um rapaz, mesmo muito bobo, pra suprir minha carência. E quanto mais minha mãe odiava, mais eu procurava, achando eu que estava certa, e que por causa desse status( no caso de ter um namoradinho) eu seria aceita nos grupinhos do colégio. Pura burrice né? Lembre-se , eu tinha menos que 15 anos, pra ser bem específica, isso aconteceu dos 12 aos 17 anos.

⁠No meio de toda esta tensão, entrei na adolescência, de maneira bem precoce. Menstruei aos dez anos, e fiquei em choque, eu não esperava por algo assim. Chorei de medo. Naquele momento eu não esperava o que estava por vir, sobre as duras críticas e a falta de sensibilidade das pessoas e da própria família. Minhas cólicas eram( e são até hoje) terríveis e eu me sentia muito irritada, junto com isso vem meu pai e sua agressividade sem limites. Exatamente na minha TPM era o momento escolhido pra me agredir. Logo em um momento difícil, já que todos os sintomas era muito evidentes em mim. Nem todas as meninas sentem esses sintomas da mesma maneira, umas sentem menos e por menos tempo, outras tem seu sofrimento prolongado. Eu fui escolhida pra sofrer mais, e ainda ouvia que seria como dar a luz, eu teria que calar a boca e ficar quietinha. Detalhe: eram outras mulheres que me diziam isto.Se elas eram insensíveis com a minha dor e se conformavam com violência obstétrica, comparando com o período menstrual de uma criança que menstruou pela primeira vez, imagina se eu contasse a agressividade do ambiente familiar que eu vivia, e que vivo até hoje....continua....