Coleção pessoal de idalenir

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Fazer nada, pensar em nada, viver do nada: eis o supra sumo da sabedoria. O fim do caminho para a serenidade absoluta.

Em cabeça ocupada com a razão, não entra ilusão.

Parodiando Descartes, penso, logo, não amo.

Pais culpados criam filhos egoístas. Filhos egoístas, quando se tornam pais, são omissos. E os filhos desses pais omissos, tendem a ser pessoas perdidas, suicidas, irresponsáveis, meliantes. Tudo porque não perceberam o mal que estavam fazendo ao não torcer o pepino quando era possível.

Um dia, essa saudade doída que teima em me acompanhar, vai acabar. Tenho medo quando eu olhar para mim e não mais encontrá-la. O que farei com o amor romântico que sobrará?

Exceto para as “viúvas negras”, toda viuvez é compulsória.

Consideração é irmã da gratidão e só pode senti-las quem consegue olhar o outro com generosidade e amor.

Creio que já passou da hora de pensar menos, falar pouco e brincar mais.

Amor não dá em penca, não está disponível ao nosso bel prazer, nem pode ser programado e controlado. Amor tem a ver com empatia, com paz, com brilho nos olhos, com alegria, com bem-estar, com confiança, com esperança. O amor não é, apenas; ele é construído diuturnamente.

Em vez de amar um só, pulverizei meu amor e estou amando a vida.

Criar bem o filho é uma escolha pessoal, a qual se impõe a responsabilidade civil. Além disso, é um ato de amor responsável, que não se pode empurrar com a barriga, nem quando se está de barriga, nem quando o conteúdo da barriga foi colocado no mundo.

Tive uma ideia singular. Já que somos todos vaidosos, uma boa solução da natureza seria tornar nossa pele transparente. Os órgãos, veias, músculos, nervos ficariam visíveis a olho nu. Mostrariam a beleza interior, literalmente. Quem sabe, movidos pela vaidade, nos tornaríamos mais cuidadosos com nosso único bem real.

O fim deveria ser percebido como algo intrínseco ao ser. Sinto-me pronta para ir, tranquilamente. Mas não me importo de ficar!

Já escrevi livros, tive filhos e plantei árvores. Se eu morresse agora, morreria completamente feliz.

Este é o preço de deixar de ser objeto ou bonequinha de luxo. Precisamos esperar o tempo social dos homens amadurecerem. Até lá, já me desfiz debaixo da terra.

Ainda hoje, muitas de nós só se sentem plenas, pessoal e socialmente, quando trazem um homem a tiracolo que possam chamar de seu...O amor é a desculpa para encobrir uma ditadura cultural.

Tudo, absolutamente tudo que a gente vive, dá uma boa crônica. Basta prestar a atenção nas pessoas que estão ao seu redor e não apenas nas coisas que possuem.

Quem se sente feio, nunca escolhe; contenta-se com quem te quer, quando ele quer e como quer. Submete-se ao outro, que, geralmente, reforça a inadequação para manter o controle.

Gostaria que a naturalidade da representação fosse resultado de real autoestima e não do treinamento feroz com o qual dissimulei minha fragilidade.

Por que retomo o assunto? Porque tudo me leva ao ponto nevrálgico do que não está curado, do que incomoda: como fugir das armadilhas que crio para mim?

O que se aparenta ser, também é o que somos. Não é tudo, mas é parte.