Coleção pessoal de henly_alves
Se você fosse um livro
Eu te leria na tarde mais chuvosa
No canto mais inusitado
E grifaria cada verso
Que me fizesse rir alto
Recapitularia em cada parágrafo
Talvez usar meu melhor marca página?
De tantas noites dormidas com ele em mãos
Não seria novo, e sim velho surrado
Talvez, discretamente uma das minhas lágrimas
Destaque a lembrança agora que secado.
A ESTRELA SOL
Envés de acordar, eu já estava virada
E antes de te contar oque aconteceu
Abismo de solidão, eu olhando pro' nada
Mas de repente a estrela sol, apareceu
E agora? Oque é isso lá fora?
Chamando, e eu aqui morrendo
Pra que isso? Como soltar a faca?
Chorando, ainda tenho tempo?
Lá vem, os passarinhos
Eu vou lembrando oque é real, eu não... ( Eu não! )
Nunca entendo, não compreendo a sensação
De querer viver um de novo
e de novo e de novo.
Quando duas pessoas se juntam
É porque se tem vontade
Mas quando o universo faz questão
É porque se necessitam.
Depois de anos voltei pra casa
Minha infância tão acolhedora na lembrança
Mas se os móveis haviam encolhido tanto
É porque não me cabiam mais...
O tempo não pode enterrar nada!
Que a consciência fica cavando?
Eu remoendo e moendo os fatos
O coração vai no corpo pesando
Nas minhas perguntas se abrem espaços
Do tamanho de abismos e fundos penhascos
E neles eu guardo todos os meus prantos.
Nos meus sórdidos sonhos
Nos meus sórdidos sonhos
Eu te sinto colada a mim
Com as mesmas falas
Com o mesmo roteiro
Numa dança de tango
No meio de um metrô
Como nos velhos tempos
Nunca que o fizemos
E nunca saberia
O quanto eu te desejo
Cada torturante dia
Uma estaca, um chamego
Que nunca vão passar...
De um lindo desejo
Ah, como posso andar mais um passo sem ti?
Você foi o sentido de vida que eu vi
Você foi vontade que não se calou
Como poderei, seguir sorrindo nessa vida fria
Se não ouvir os dramas nas suas feridas
Vagante e pensante ainda a te chorar