Coleção pessoal de Hazhyel

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Porque sois diante dos homens na terra, a mesma conjuntura deste pó que nos carrega.

Até parecia verdade
Aquela pureza em seu olhar
Sentia frio na espinha
Coisa boa de gostar

Esse teu sorriso que existia
Só de me olhar
Era uma felicidade grande,
Grande de lembrar

Amor com versos,
Grandes ou pequenos,
Amor sem igual
Fora este que lhe dei

Mas há de vir o tempo
Mostrar a verdade,
Essa grande realidade
Que seu amor era pequeno,
Coisa pouca à se mostrar

Estava sempre esperando
Esse teu amor pra me aliviar
Dessa dor que me fazia a falta de lhe encontrar

Mas são teus amigos,
Paisagem que tu amas ,
E sou quadro morto que não vale o esforço
A tinta reparar
Por isso é tão desgostosa

Essa minha prosa em te mostrar
O que tu já sabes,
Que essa minha ausência,
Falta nenhuma vem lhe torturar

Por que tu me tocas com teus espinhos, se há em ti as mais macias e graciosas pétalas deste mundo?

Amante de toda vida que nasce diante de meus pés. Este sou eu, filho e pai das coisas que realmente amo.

Para onde vai essa tua alma se apenas nos montes coloridos, moldados por pétalas de seu próprio solo, lhe traz alívio e mansidão que vós tanto há de desejar?

Rosas são belas com espinhos para que se faça prova de que a imperfeição só existe por conta de uma mera possibilidade de dor.

Para que enxergar a dona morte como malefício se nos dias de hoje nem o tempo de viver nos ama mais?

Minha vida é um belo quadro da morte que ainda me falta o acabamento.