Coleção pessoal de gilbertobegiato
...que nosso caráter, testemunho e ação falem mais alto do que o som, a mídia, as estruturas e a voz que emitimos.
Jesus disse também que levassem só um bordão, uma túnica e uma sandália aos pés. O Bordão representa o poder e a autoridade do discípulo! A túnica a razão do uso do bordão: estar a serviço! As sandálias a dignidade! O discípulo tem o poder de Deus para usá-lo a serviço do outro, um serviço digno de respeito e importância! O evangelizador não leva regras e nem explora seus ouvintes; leva o amor que acolhe e promove dignidade. O poder, a autoridade deve estar a serviço do bem comum e, portanto só assim haverá dignidade a todos.
“...e começou a enviá-los, dois a dois”. Evangelizar não é trabalho de promoção pessoal, mais de ajuda mútua, onde todos têm uma particularidade e importância fundamental na missão.
Pão e Palavra
O pão da palavra
A palavra e o pão
O Pão alimenta a palavra
A Palavra se fez Pão
Na mesa que reparte a palavra
Reparte também o pão
Uma mesa vazia de pão
É uma mesa vazia na palavra
O corpo que se fez no Pão
É a vida encarnada da Palavra
Quando na mesa falta o pão
Vã se torna a palavra
O maior milagre é a vida! Existe um lugar mais cotidiano do que nosso lar, nossa terra? Quando fugimos do ordinário e ficamos procurando o extraordinário estamos na verdade fugindo de nós mesmos, do que somos e da nossa origem. Fugir de um lugar, de nossa casa, do dia a dia é ficar preso em um ciclo de fugas. Corremos dos problemas, quando em verdade eles estão ao nosso lado no caminho da fuga. Negar as origens é negar o que somos.
Que eu possa enxergar Jesus em meu lar, na minha terra e no meu próximo, naqueles que amo e que me amam. Que eu veja Jesus também naqueles que não me amam e que não consigo amar. Em todos há um sinal de que Deus está falando. Uma mensagem a ser desvendada e um caminho a ser corrigido.
Quando negamos nossa origem, perdemos o trem da história e o controle do nosso destino. O destino do homem emerge do próprio homem.
O milagre acontece mais no cotidiano do que no extraordinário. Quando sei viver meu cotidiano com Deus descubro que o extraordinário é muito mais comum do que imagino e creio.
Parece um paradoxo que vou dizer agora, mas justamente onde Cristo está mais presente é onde temos mais dificuldade de enxergar. O essencial da caminhada espiritual geralmente passa despercebido por nós. Jesus está entre nós e não o reconhecemos!
Devo questionar se aquela palavra ou pessoa que nego, que me incomoda, que dói e que não dou importância não seria o caminho da minha conversão?
Jesus é o amor! A Igreja convence quando ama. Uma igreja que ama não vive de projetos, os gestos de amor falam por si mesmo.
“E vós quem dizeis que eu sou?”
Quem sabe o que precisa, não tenta se enganar. O amor verdadeiro não mente, não engana, não faz sofrer, não exclui, não explora... O amor se oferece, assim como Cristo se ofereceu na cruz por você. A Religião verdadeira é aquela que ama e que se oferece como sinal de libertação aos que mais sofrem.
O Deus do Amor ou que castiga? O Deus do acolhimento ou da rejeição? O Deus da Misericórdia ou da acusação? O Deus Providente ou da prosperidade? O Deus humilde ou da arrogância? O Deus de todos ou o seu deus? O Deus Justo ou da desigualdade? O Deus eterno ou limitado? O Deus Santo ou vingativo?...
Dependendo o que você anuncia e pratica poderá ser a imagem do Deus que outros adorarão e servirão. A forma mais justa e honesta de amar é não enganar. Você pode até enganar as pessoas, mas nunca fugirá de você mesmo e jamais enganará a Deus; Deus conhece nossas intenções, não há como enganá-lo. O enganador revela a mediocridade de sua personalidade e a fraqueza de seu caráter. As aparências podem enganar as pessoas, mas o coração se revela diante de Deus. Deus é amor, qualquer imagem contrária a isto é falácia. Não engane, Deus é amor!
