Coleção pessoal de gilbertobegiato
A centralidade dos pobres no Evangelho deve sempre reporta-nos naturalmente ao tema da opção preferencial pelos pobres.
Um povo interesseiro apenas enxerga as mãos de Deus e não deseja e nem busca sua face. Jesus Cristo é o rosto humano de Deus e o rosto divino do homem.
Quando na igreja há uma busca frenética pelo extraordinário através da matéria é porque está faltando coragem para encarar no cotidiano a realidade que contrasta com a fé que professamos.
O pobre e o miserável revelam nossa deficiência como cristão, por isso, os evitamos para não enxergar a nossa própria nudez. Ao evitar o pobre desprezamos Jesus.
Não existe sociedade cristã convivendo com a falta de pão, se falta o pão não pode ser cristã. Pode ser tudo, inclusive religiosa, porém não cristã.
O poder de multiplicar cabe a Deus e o de partilhar cabe a nós! No mundo não falta a multiplicação; Deus é profuso no que faz! A multiplicação existe, o que não existe é a partilha. Falta justiça e igualdade! Portanto os responsáveis pelo que falta, somos nós! Todos nós temos uma hipoteca social a ser paga. Estender a mão ao pobre não é caridade, é obrigação, dívida que deve ser paga. Se há falta de pão na mesa do pobre é porque sobra na mesa de alguém.
Nesta Aliança
Quero aliar......
O Céu com a Terra
sendo agradecido.
O Tempo com o espaço
sendo presença.
A paixão com o amor
sendo fiel.
A tristeza com a alegria
sendo amigo.
O sonho com o real
sendo realização.
A morte com a vida
sendo eterno.
A razão com o sentimento
sendo completo.
A masculinidade com a feminidade
sendo sensível.
O pecado com a graça
sendo criador.
A tua fé com a minha
sendo crente.
O teu povo com o meu
sendo uma família.
A tua metade com a minha
sendo um só.
O teu ideal com o meu:
ser feliz!
O SINAL DAS MÃOS
COM A ALIANÇA NO CORAÇÃO;
CUMPRINDO A PROMESSA:
DE SEMPRE TE AMAR.
A compaixão não deve ser confundida com dó (lamento) ou empatia (conhecimento da dor). Esses são sentimentos passivos que não nos levam ao envolvimento com o sofrimento dos outros.
O deserto é um lugar de encontro consigo e com Deus. Ao encontrar-se com Deus descubro minha própria essência. Sendo este encontro verdadeiro eu descubro o quanto o outro faz parte de mim e o quanto eu sou responsável pelo outro, que Deus se faz presente no outro também, em especial nos que mais sofrem. Então o deserto se torna uma passagem e não moradia, uma passagem para libertação.
Quando Deus quer restaurar uma pessoa sempre a leva para o deserto. No deserto descubro que uma “fé conveniente” não é Fé, é fuga e, portanto jamais será um encontro.
A credibilidade advém antes de tudo na sua confiança no Deus que é Providente! Quanto mais possuímos, mais presos estamos! O dinheiro move o mundo, mas não move quem o criou. A moção e a unção estão no amor desprendido.
