Coleção pessoal de gilbearal2
Não costumo deixar um amigo na mão, nem a pé. Porém, por nascermos e morrermos sozinhos, é preciso que se aprenda a tomar-se nas mãos e a caminhar com as próprias pernas.
Deixar cada um ser como deseja é brindá-lo com asas. Acolhê-lo é deixar pousar no terreno de seu coração. Permitir-se deixar amar, da maneira como bem entender, é deixá-lo voar.
Observar-se com os olhos dos outros é enxergar-se como escravo. Conseguir ver-se com os próprios olhos é descobrir-se como dono de si.
Para alguns, basta o vento soprar a favor para seguir adiante; para outros, é necessária uma ventania.
Caminha-se tanta distância para encontrar o endereço da suposta felicidade, quando nem precisaria dar um passo sequer.
Permitir-se ser você é sinal de honestidade consigo; deixar que os outros sejam eles próprios, de respeito e tolerância.
A tristeza é como uma parede rachada; a depressão, a moradia desabada; o suicídio, abrir o chão e o desmoronamento atingir o fundo de um abismo.
Se permitir que as ações dos demais o atinjam, ficará com os olhos nublados de rancor. É preciso aprender a deixar as nuvens dissiparem para não produzir tempestades.
Quem se cala nem sempre consente. O sábio silencia-se, algumas vezes, porque sabe reconhecer o momento adequado para ser ouvido e quem deve merecer sua voz.