Coleção pessoal de gaburri

Encontrados 14 pensamentos na coleção de gaburri

GRANDE OBRA NECESSITA URGENTE

CARPINTEIROS:
Para serrar a madeira da incompreensão e arrancar os pregos do orgulho, do ódio e do egoísmo.

PEDREIROS:
Para assentar os tijolos da prece na construção da caridade.

SERVENTES:
Para preparar a massa da boa vontade, derramando sobre areia do sofrimento o cimento da fé e o cal da compreensão.

ELETRICISTAS:
Para ligar a corrente positiva da fé, estendendo a luz a todos que se acham nas trevas da ignorância.

APRENDIZES:
Vagas sempre abertas para os de boa vontade e de qualquer idade.

MESTRES:
Não há vagas... Temos o maior de todos: JESUS

LOCAL DAS OBRAS:
A humanidade.

A OBRA:
O Evangelho do Amor.

PRINCIPAL FERRAMENTA: Você...
Você pode fazer a diferença, nós podemos fazer a diferença Evangelizando!!!!!!!!!!!!!

Quando todos te condenar
quando ninguém te escutar
Ele escuta e perdoa,
pois Ele é Jesus perdão!
Quando todos te abandonar
e ninguém te queira ver
Ele te segue e procura
pois Jesus é compreender!
Quando todos te negarem
um carinho, um beijo, um olhar,
Ele te ampara e acarinha
pois ser de Jesus é sempre se doar.
Hei, Ele se doou por você, por nós, então vamos fazer a nossa parte Evangelizando.

Olá meu amigo...
Saia de casa só pelo gosto
de caminhar. Sorria para todos. Faça um
álbum de família. Conte estrelas. Telefone para seus
amigos Diga: "Gosto muito de você!" Converse com Deus. Volte
a ser criança. Pule corda. Apague de vez a palavra "rancor". Diga "sim".
De uma boa risada! Leia um livro. Peça ajuda. Corra. Cumpra uma promessa.
Cante uma canção. lembre o aniversario de seus amigos. Ajude algum doente.
Pule para se divertir, Mude de penteado, Seja disponível para escutar. Deixe seu
pensamento viajar. Retribua um favor. Termine aquele projeto. Quebre uma rotina.
Tome um banho de espuma. Escreva uma lista de coisas que lhe dão prazer. Faça uma
visita. Sonhe acordado. Desligue o televisor e converse. permita-se errar. Retribua uma
gentileza. Escute os gritos. Agradeça a DEUS pelo sol. Aceite um elogio. Perdoe-se...
Deixe que alguém cuide de você. Demonstre que esta feliz. Faça alguma coisa que
sempre desejou. Toque a ponta dos pés. Olhe com atenção uma flor. Só por hoje evite
dizer "não posso". Cante no chuveiro. Viva intensamente cada minuto de Deus.
Inicie uma tradição familiar. Faça um piquenique no quintal. Não se preocupe.
Tenha coragem das pequenas coisas. Ajude um vizinho idoso.
Afague uma criança. Reveja fotos antigas. Escute um amigo.
Feche os olhos e imagine as ondas do mar.
Brinque com seu mascote
Permita-se brilhar. De
uma palmadinha nas
suas próprias costas.
Torça pelo seu time.
Pinte um quadro.
Cumprimente um
novo vizinho.
Compre um
presente para
você mesmo.
Mude alguma
coisa. Delegue
Tarefas. Diga
"bem-vindo"
a quem chegou.
Permita que
alguém o ajude.
A - gra - de - ça!
Saiba que não
está só. Decida-se
a viver com
"paixão": sem ela
nada de grande se consegue.
Conserve esta arvore diante de si durante os 365 dias do ano.
Ela garante boa saúde,
excelentes relações pessoais, rápido crescimento pessoal e comunitário, e uma eternidade feliz!!!

MARIA, AQUELA QUE DESATA OS NÓS

Santa Maria, cheia da presença de Deus, durante os dias de tua vida aceitastes com toda a humildade a vontade do Pai, e o maligno nunca foi capaz de te envolver com suas confusões.

Junto a teu Filho, intercedes por nossas necessidades e, com toda paciência, nos destes o exemplo de como desenrolar as linhas de nossa vida.

E ao se dar para sempre como nossa Mãe, pões em ordem e fazes mais claros os laços que nos unem ao Senhor.

Santa Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, tu que com coração materno desatas os nós que entorpecem nossa vida, te pedimos que recebas em tuas mãos o (a).............., e que o (a)................ livre das amarras e confusões com que o(a) castiga aquele que é nosso inimigo.

Por tua graça, por tua intercessão, com teu exemplo, livra-nos de todo mal, Senhora Nossa, e desata os nós que impedem de nos unirmos a Deus, para que, livres de toda confusão e erros O louvemos em todas as coisas, coloquemos n'Ele nossos corações e possamos servi-Lo sempre através dos irmãos.

TERÇO DA CONFIANÇA

Inicia-se com o SINAL DA CRUZ e reza-se:
Pelo sinal da santa Cruz, Livra-nos, Deus, Nosso Senhor, dos nossos inimigos espirituais e carnais.
Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém.

Você faz o sinal da cruz na testa e diz; PELO SINAL DA SANTA CRUZ
Depois na Boca; LIVRAI-NOS DEUS NOSSO SENHOR
Depois sobre o coração: DOS NOSSOS INIMIGOS ESPIRITUAIS E CARNAIS.
E depois faz o sinal da cruz tradicional:

- Oração do Espírito Santo
Vinde, Espírito Santo, e enchei os corações dos vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor.
Enviai, o vosso Espírito, e tudo será Criado, e renovareis a face da terra.

Oremos:
Ó Deus, que instruístes o coração dos vossos fiéis, com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo espírito e gozemos sempre da sua consolação, por Cristo, Nosso Senhor,
Amém.

Credo:
Creio em Deus Pai, todo-poderoso, Criador do céu e da terra, e em Jesus Cristo, Seu único Filho, nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos Céus, está sentado à direita de Deus Pai Todo-Poderoso, donde há de vir julgar os vivos e mortos.
Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna.
Amém.

- Pai – Nosso... Três Ave-Marias.

Nas demais contas, em vez do Pai-Nosso, reza-se a Oração de Tobias e Sara:
“Vós sois justo, Senhor! Vossos juízos são cheios de equidade e vossa conduta é toda misericordiosa, verdade e justiça.
Lembrai-vos, pois, de mim Senhor!
Não olheis os meus pecados e não guardeis a memória de minhas ofensas, nem das de meus antepassados.
Não está nas mãos do homem penetrar vossos desígnios.
Mas todos aqueles têm a certeza de que a sua vida, se for provada, será coroada; que depois da tribulação haverá a libertação, e que, se houver sofrimento, haverá também acesso à Vossa misericórdia.
Porque o Senhor não se alegra com a nossa perda; após a tempestade mandais bonança; depois das lágrimas e dos gemidos, derramais a alegria.
Ó Deus de Israel, que o Senhor seja eternamente bendito!”

Nas contas das Ave-Marias, reza-se o Salmo 23,4:
REZAR: 10 VEZES

“Ainda que eu caminhe por um vale tenebroso, nenhum mal temerei, pois estás junto a mim”.

Em vez do Glória, reza-se o Salmo 90,4:
“Sois meu refúgio e minha fortaleza, Senhor em quem eu confio”.

O Terço Termina com a Oração da Salve-Rainha.

CURA NO CASAMENTO

No poder do Nome de Jesus Cristo †, oro contra todos os padrões de infelicidade matrimonial profundamente inseridos em minha família.

Digo NÃO e clamo o Sangue de Jesus a toda supressão de cônjuge, e todas as expressões de desamor conjugal.

Faço cessar todo ódio, desejo de morte, maus desejos e más intenções nos relacionamentos conjugais.

Ponho um fim a toda transmissão de violência, à todo comportamento vingativo, negativo, à toda infidelidade e engano.

Detenho toda transmissão negativa que bloqueia todos os relacionamentos duráveis.

Renuncio a todas as tensões familiares, divórcio e endurecimento de corações, no Nome † de Jesus.

Ponho um fim a todo sentimento de sentir-se preso na armadilha de um casamento infeliz e todo sentimento de vazio e fracasso.

Pai, por Jesus Cristo, perdoai a meus parentes por todos os modos pelos quais possam ter desonrado o Sacramento do Matrimônio.

Por favor, fazei surgir em minha linha de família, muitos casamentos profundamente comprometidos, cheios de amor, fidelidade, lealdade, bondade e respeito. Amém!


“As torrentes não poderiam extinguir o amor, nem os rios poderiam submergir...” Ct 8, 7a).

“Porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5, 5b).

Coração de Maria, oferenda do amor.... rogai por nós!

PRIMEIRO AMOR

Hoje eu descobri
Uma coisa que ha no mundo
E tocou meu coração bem la no fundo
Acho que é paixão
Talvez seja profundo
Eu só sei que ela é meu próprio mundo
Sabe!
O que?
Ela é meu grande amor
Então me diga o que nela te tocou
É o olhar de princesa ao luar
Desta vez eu saberei o que é o amor
Sabe!
O que?
Ela é meu grande amor
Então me diga o que nela te tocou?
O que
Não consigo te deixar
Despertaste o meu amor
Quero te amar
Sabe
O que ela é meu grande amor
Então me diga oque nela te tocou
Acho qu é paixão
Talvez seja mais profundo
Eu so sei que tu és meu próprio mundo
Sabe?
O que
Não consigo te deixar
Despertaste o meu amor
Despertaste o meu amor
Despertaste o meu amor, quero te amar

Eu não sei quem sou.

Eu não sei quem sou!
Quem fui?
Um príncipe?
Um barão?
Ou um simples plebeu?

Teria sido um rei sem reinado?
Talvez; um presidente sem país?
Mais provável um louco sem loucura

Então quem sou ??
Maluco?
Extravagante?
Fora da realidade?
Não sei!

Tche Guevara, Castro Alves ?
Um Augusto dos Anjos ?
Quem sabe Fidel Castro?
Não!
Não sou eu!

Personalidade difícil ?
Temperamento irregular ?
Praticante da utopia ?
Será ?

Não!
Não concordo!
Me considero uma pessoa comum
Com sonhos e ideais
Problemas como todos
Amando mais do que nunca
Normal, sensato.

Ah! Esse sou eu

O Movimento da Vida

Eu não sei se a vida é que vai rápida demais ou se sou eu que estou mais lento. O que sei é que ando me atropelando nos próprios passos. Eu resolvi desacelerar. Eu vou no ritmo que posso. Não é fácil. É sabedoria que requer aprendizado! Eu quero aprender.
O descompasso é a causa de todo cansaço. O corpo é rápido, mas o coração não. O corpo anda no compasso da agenda. O coração anda é no compasso do amor miúdo. O corpo sobrevive de andares largos. O coração sobrevive de pequenos passos e de demoras. Eu já fui e voltei a inúmeros lugares e o coração nem saiu do lugar. O mistério é saber reconciliar as partes. Conciliar um ritmo que seja bom para os dois.
Eu quero aprender. Não quero o martírio antes da hora. Quero é o direito de saborear o tempo como se fosse um menino que perdeu a pressa. O show? Ah, deixa pra depois. A voz não morrerá. Acendemos as luzes noutra hora. Deixe que o padre viva a penumbra de algumas poucas velas... Um padre combina mais com uma vela acesa que com um canhão de luz.
Há momentos em que a luz miúda nos revela muito mais que mil holofotes.
Chega de vida complicada. Eu preciso é de simplicidade!

Eu, quando visto pelo outro.

Quem sou eu? Eu vivo pra saber. Interessante descoberta que passa o tempo todo pela experiência de ser e estar no mundo. Eu sou e me descubro ainda mais no que faço. Faço e me descubro ainda mais no que sou. Partes que se complementam.

O interessante é que a matriz de tudo é o "ser". É nele que a vida brota como fonte original. O ser confuso, precário, esboço imperfeito de uma perfeição querida, desejada, amada.

Vez em quando, eu me vejo no que os outros dizem e acham sobre mim. Uma manchete de jornal, um comentário na internet, ou até mesmo um email que chega com o poder de confidenciar impressões. É interessante. Tudo é mecanismo de descoberta. Para afirmar o que sou, mas também para confirmar o que não sou.

Há coisas que leio sobre mim que iluminam ainda mais as minhas opções, sobretudo quando dizem o absolutamente contrário do que sei sobre mim mesmo. Reduções simplistas, frases apressadas que são próprias dos dias que vivemos.

O mundo e suas complexidades. As pessoas e suas necessidades de notícias, fatos novos, pessoas que se prestam a ocupar os espaços vazios, metáforas de almas que não buscam transcendências, mas que se aprisionam na imanência tortuosa do cotidiano. Tudo é vida a nos provocar reações.

Eu reajo. Fico feliz com o carinho que recebo, vozes ocultas que não publico, e faço das afrontas um ponto de recomeço. É neste equilíbrio que vou desvelando o que sou e o que ainda devo ser, pela força do aprimoramento.

Eu, visto pelo outro, nem sempre sou eu mesmo. Ou porque sou projetado melhor do que sou, ou porque projetado pior. Não quero nenhum dos dois. Eu sei quem eu sou. Os outros me imaginam. Inevitável destino de ser humano, de estabelecer vínculos, cruzar olhares, estender as mãos, encurtar distâncias.

Somos vítimas, mas também vitimamos. Não estamos fora dos preconceitos do mundo. Costumamos habitar a indesejada guarita de onde vigiamos a vida. Protegidos, lançamos nossos olhos curiosos sobre os que se aproximam, sobre os que se destacam, e instintivamente preparamos reações, opiniões. O desafio é não apontar as armas, mas permitir que a aproximação nos permita uma visão aprimorada. No aparente inimigo pode estar um amigo em potencial. Regra simples, mas aprendizado duro.

Mas ninguém nos prometeu que seria fácil. Quem quiser fazer diferença na história da humanidade terá que ser purificado neste processo. Sigamos juntos. Mesmo que não nos conheçamos. Sigamos, mas sem imaginar muito o que o outro é. A realidade ainda é base sólida do ser.

O que da vida não se descreve...

Eu me recordo daquele dia. O professor de redação me desafiou a descrever o sabor da laranja. Era dia de prova e o desafio valeria como avaliação final. Eu fiquei paralisado por um bom tempo, sem que nada fosse registrado no papel. Tudo o que eu sabia sobre o gosto da laranja não podia ser traduzido para o universo das palavras. Era um sabor sem saber, como se o aprimorado do gosto não pertencesse ao tortuoso discurso da epistemologia e suas definições tão exatas. Diante da página em branco eu visitava minhas lembranças felizes, quando na mais tenra infância eu via meu pai chegar em sua bicicleta Monark, trazendo na garupa um imenso saco de laranjas. A cena era tão concreta dentro de mim, que eu podia sentir a felicidade em seu odor cítrico e nuanças alaranjadas. A vida feliz, parte miúda de um tempo imenso; alegrias alojadas em gomos caudalosos, abraçados como se fossem grandes amigos, filhos gerados em movimento único de nascer. Tudo era meu; tudo já era sabido, porque já sentido. Mas como transpor esta distância entre o que sei, porque senti, para o que ainda não sei dizer do que já senti? Como falar do sabor da laranja, mas sem com ele ser injusto, tornando-o menor, esmagando-o, reduzindo-o ao bagaço de minha parca literatura?

Não hesitei. Na imensa folha em branco registrei uma única frase. "Sobre o sabor eu não sei dizer. Eu só sei sentir!"

Eu nunca mais pude esquecer aquele dia. A experiência foi reveladora. Eu gosto de laranja, mas até hoje ainda me sinto inapto para descrever o seu gosto. O que dele experimento pertence à ordem das coisas inatingíveis. Metafísica dos sabores? Pode ser...

O interessante é que a laranja se desdobra em inúmeras realidades. Vez em quando, eu me pego diante da vida sofrendo a mesma angústia daquele dia. O que posso falar sobre o que sinto? Qual é a palavra que pode alcançar, de maneira eficaz, a natureza metafísica dos meus afetos? O que posso responder ao terapeuta, no momento em que me pede para descrever o que estou sentindo? Há palavras que possam alcançar as raízes de nossas angústias?

Não sei. Prefiro permanecer no silêncio da contemplação. É sacral o que sinto, assim como também está revestido de sacralidade o sabor que experimento. Sabores e saberes são rimas preciosas, mas não são realidades que sobrevivem à superfície.

Querer a profundidade das coisas é um jeito sábio de resolver os conflitos. Muitos sofrimentos nascem e são alimentados a partir de perguntas idiotas.

Quero aprender a perguntar menos. Eu espero ansioso por este dia. Quero descobrir a graça de sorrir diante de tudo o que ainda não sei. Quero que a matriz de minhas alegrias seja o que da vida não se descreve...

Uma pipa no céu...
A vida exige leveza, assim como a viagem. A estrada fica mais bonita quando podemos olhá-la sem o peso de malas nas mãos.

Seguir leve é desafio. Há paradas que nos motivam compras, suplementos que julgamos precisar num tempo que ainda não nos pertence, e que nem sabemos se o teremos.

Temos a pretensão de preparar o futuro. Eu tenho. Talvez você tenha também. É bom que a gente se ocupe de coisas futuras, mas tenho receio que a ocupação seja demasiada. Temo que na honesta tentativa de me projetar, eu me esqueça de ficar no hoje da vida.

Os pesos nascem desta articulação. Coisas do passado, do presente e do futuro. Tudo num tempo só.

Há uma cena que me ensina sobre tudo isso. Vejo o menino e sua pipa que não sobe ao céu. Eu o observo de longe. Ele faz de tudo. Mexe na estrutura, diminui o tamanho da rabiola, e nada. O pequeno recorte de papel colorido, preso na estrutura de alguns feixes de bambú retorcidos se recusa a conhecer as alturas.

O menino se empenha. Sabe muito bem que uma pipa só tem sentido se for feita para voar. Ele acredita no que ouviu. Alguém o ensinou o que é uma pipa, e para que serve. Ele acredita no que viu. Alguém já empinou uma pipa ao seu lado. O que ele agora precisa é repetir o gesto. Ele tenta, mas a pipa está momentaneamente impossibilitada de cumprir a função que possui.

Sem desistir do projeto, o menino continua o seu empenho. Busca soluções. Olha para os amigos que estão ao lado e pede ajuda. Aos poucos eles se juntam e realizam gestos de intervenção...

Por fim, ele tenta mais uma vez. O milagre acontece. Obedecendo ao destino dos ventos, a pipa vai se desprendendo das mãos do menino. A linha que até então estava solta vai se esticando. O que antes estava preso ao chão, aos poucos, bem aos poucos, vai ganhando a imensidão do céu.

O rosto do menino se desprende no mesmo momento em que a pipa inicia a sua subida. O sorriso nasceu, floresceu leve, sem querer futuro, sem querer passado. Sorriso de querer só o presente. As linhas nas mãos. A pipa no céu...

SALMO l
Deus se alia aos justos

Feliz o homem
que não vai ao conselho dos injustos,
nao para no caminho dos pecadores,
nem se assenta na roda dos zombadores.

Pelo contrário
seu prazer está na lei de javé,
e medita sua lei, dia e noite.
Ele é como arvore
plantada junto d'agua corrente:
da fruto no tempo devido,
e suas folhas nunca murcham.
Tudo o que ele faz é bem sucedido.
Não são assim os injustos! Não os assim!

Pelo contrário:
são como palha que o vento arrebata...

Por isso os injustos não ficarão de´pé no julgamento,nem os pecadores na assembléia dos justos, enquanto o caminho dos injustos perece.

A vida não passa de uma oportunidade de encontro; só depois da morte se dá a junção; os corpos apenas têm o abraço, as almas têm o enlace.