Coleção pessoal de GabrielPregador

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Num futuro bem próximo, as pessoas foram completamente dominadas pela tecnologia, elas passavam horas e horas do dia em redes sociais e não precisavam fazer nada, pois já tinham robôs pra trabalhar, limpar a casa, cuidar dos filhos.
Dentre eles, vou destacar Enzo, morador da periferia da cidade e ainda assim tinha todos esses luxos, pois isso se tornou universal. Então, não podíamos ver pessoas nas ruas, apenas robôs, destinados a fazer aquilo que foram programados. E nós, humanos íamos nos enfiando cada vez mais numa tela dobrável de 10 polegadas pois achávamos que ali estavam nossos amigos, família e quem nós amamos. Mas o que não sabíamos é que o nosso corpo necessita de contato fisico, de estar com os outros, e por passarmos tanto tempo fixos na tela de um aparelho, nos esquecemos que são apenas algoritmos, números conversando com números e não pessoas.
Então quando descobrimos que a internet não era o bastante, era tarde. Já tínhamos nossos 40 anos, com os músculos atrofiados, apenas os dedos funcionavam. Então Enzo ficou ali, sem saber o que fazer, pois a atrofia era incurável, por conta do tempo que se passou. Então todos os humanos foram obrigados a ficar naquela posição, até sua morte. E não podiam se encontrar pessoalmente, sentir o cheiro de seu parceiro e entrando em depressão, pânico e insônia, as doenças virão e com elas, a morte.
Nós sabemos o que podemos fazer. Hoje estamos num momento difícil, onde somos obrigados a nós encontrar virtualmente. Mas devemos nos conscientizar que isso é passageiro, logo, vamos nos encontrar e juntos sair, nem que seja para ir na padaria juntos, aproveitar cada momento junto daqueles que amamos.