Coleção pessoal de FraenkelGomes42

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Doença ligada a todo sóciopata
Para descrever melhor o caráter duvidoso de alguém que não transmite confiança, devemos compreender: O que é a mentira?
Omissão dos fatos? Contar apenas meias-verdades? O silêncio consciente, com o único objetivo de causar transtornos, mal entendidos, maledicências? Segundo o Dicionário 'Aurélio', entre outros sinônimos, a mentira é classificada como afirmação contrária à verdade; engano propositado, impostura, fraude, falsidade.
Mas, quem mente, afinal? Aquele considerado por todos como um mentiroso contumaz, conhecido e apontado por muitos e desacreditado por todos? O que prefere se calar diante da gravidade de determinadas situações, para não se envolver, porque 'não tenho nada com isso?' O político profissional, quando, em campanha, promete o que sabe, de antemão, que não terá condições de cumprir? A mulher, que omite certos fatos, considerados por ela corriqueiros, e prefere se calar diante de seu marido? Ou o homem que esconde 'quase' tudo de sua mulher?
Todos nós, em determinados momentos de nossas vidas, mentimos. Às vezes, mentimos todos os dias. Não importa qual seja a intenção, os motivos alegados por nossas próprias consciências. Somos todos mentirosos. Por falta de opção. Por compaixão. Para nos escondermos de nós mesmos. Não interessa. Talvez fosse ótimo praticarmos, no nosso dia-a-dia, o hábito de olharmos para trás e verificarmos o rastro deixado por nossas mentiras.
Quanto mal causamos a nós mesmos por não termos dito a verdade. Muitos de nós, por medo ou fraqueza. Então, por esses momentos de fragilidade interior, causamos dor aos outros, provocamos a ira em alguém a quem muito amamos e, conseqüentemente, por vezes, somos desacreditados. E a quebra de confiança é algo grave e, talvez, irreversível!
A mentira também pode se transformar em calúnia, e provocar um verdadeiro estardalhaço na vida das pessoas, que são os alvos dos mentirosos! Nesses casos, 'ela' tem um destino certo, com um único, definido e rasteiro objetivo: o prejuízo moral, emocional ou material de alguém. Portanto, o relevo da mentira não está no tamanho, mas no estrago que ela produz. Toda mentira provoca dano. Este, sim, pode ser avaliado.
A língua, além de ser o órgão da cavidade bucal, principal da deglutição, do gosto e, no homem, da articulação das palavras, também é uma arma poderosa, que pode construir um mito ou destruir a imagem de alguém! As palavras, quando proferidas sem nexo e sem responsabilidade, com covardia, insensibilidade e sem que se analise as conseqüências que podem trazer quando ditas com maledicência, ironia e maldade, têm um poder imenso no cotidiano do ser humano! Portanto, há que se ter o máximo de cuidado quando nos dispomos a dizer algo sobre alguém, quando relatamos uma história, ou até mesmo quando repassamos algo que ouvimos.
Na maioria das vezes, as pessoas mentem sem perceber que o estão fazendo. Mas há os que mentem, intencionalmente, com total consciência do mal que esse ato insano poderá causar a outrem. Porém, mentem tanto, e toda uma vida, que acabam por acreditar nas próprias mentiras.
E há os verdadeiros 'artesãos' da mentira! Estes são os mais perigosos, pois, além de mentirem, o fazem com tanta maestria que quem os ouve acredita! Não em definitivo, é claro, pois ninguém poderá enganar a todos por todo o tempo! Então, quando isso acontecer, o mentiroso obstinado, prepotente e que não está acostumado a ser desacreditado, não tendo mais público para suas mentiras, abandonado e sem ninguém que o ouça, mentirá para si mesmo. E o que é pior e mais trágico: acabará por acreditar nelas! E se auto-destruirá com suas próprias mentiras!
A humanidade não escapa das induções a erros. A história jamais esquecerá a empulhação de Bush para justificar a invasão do Iraque, sob o pretexto de destruir as armas químicas, ainda invisíveis, do arsenal de Saddam Hussein.
A melhor que ouvi foi aquela do marido que vivia de enganar a mulher. Nos dias de carnaval, que ele afirmava abominar, apanhou uma peça de roupa e disse que ia pro retiro espiritual da igreja, do qual retornaria terça-feira. No primeiro boteco começou a beber. A batucada evoluía bem, até virar quebra-quebra. Da batida policial ninguém escapou, e só seriam soltos na Quarta-Feira de Cinzas ao meio-dia.
Na residência, sem saber notícias do marido, a mulher liga a TV, exatamente na hora em que o plantão transmitia da porta da delegacia. Quando ela, boquiaberta, enxerga o esposo apenas de cueca segurando um dos lados da faixa confeccionada por ordem do delegado, onde se lia: 'Bloco do que é que eu vou dizer em casa.'
Benedito Wilson Sá é membro da
Academia Paraense de Letras.

LIBERDADE E PAZ NA ACEITAÇÃO, É CHEGADA A HORA..
Boa parte dos sentimentos que nos levam em direção a ter uma boa paz interior e ser serenos, depende de como estamos nos sentindo em relação à nossa vida, quais sentimentos temos em relação ao que temos, as nossas conquistas e a quem somos.
Basicamente não é nem o que somos, nem o que temos, e tampouco o que conquistamos, mas, como lidamos com tudo isso. Exato. É uma simples questão de percepção sobre o nosso universo particular. Existem pessoas muito ricas que se sentem muito frustradas por serem escravas das coisas que possuem e por nunca conseguirem se sentir saciadas. Pessoas muito belas, descontentes com as suas aparências e tristes.
As insatisfações constates são um terreno fértil para florescer a angústia e a frustração. Apesar do clichê aparente, a aceitação nos traz um sentimento de paz. Nada contra termos objetivos e querer coisas novas nas nossas vidas, o que deve ser levado em conta é que ninguém será feliz, após mudar de cidade, de país, de trabalho, se casar, ter um filho, quando for mais rico, mais magro ou qualquer coisa nesse sentido. O sentimento de gratidão pelo o que somos, entendendo e aceitando calmamente as nossas características mais pessoais, o que nos tornam únicos, enfim, a simples aceitação é a chave para a liberdade emocional.
Nunca seremos felizes sem aceitação. Pessoas ressentidas e frustradas nunca poderão ser felizes, porque remoem em seus interiores o quão injusta é a vida, desejam coisas impossíveis e não reconhecem que o imutável e o inexorável deve ser aceito, e portanto, a aceitação não é uma atitude de otimismo, mas de inteligência.
Afinal, o quanto se perde de energia reclamando de coisas que não se pode mudar. Devemos ansiar e ter força de vontade para nos desenvolver e evoluir como criaturas, mas aceitando os nossos limites e aceitando a nossa própria natureza. Existem pessoas que tem muito pouco e são felizes, por outro lado, existem pessoas que tem muito e são muito infelizes, tudo isso acontece por uma abordagem da nossa percepção. Quando consideramos que já temos tudo o necessitamos, nos invade uma onda de serenidade que nos dá liberdade para buscar coisas novas. É a beleza de um paradoxo. A partir do momento da aceitação da nossa condição, nos sentimos fortes o bastante para seguir adiante e conseguir novas conquistas.
O que estamos fazendo para nos aceitar?
Autor desconhecido

A última bolacha recheada do pacote

vingança é um efeito colateral da vaidade. É um sinal da arrogância que existia desde o começo da relação.
Ninguém se torna vingativo, as pessoas já são vingativas e demonstram a predisposição de destruir logo no primeiro encontro.
A vingança não é uma novidade do fim, mas uma notícia velha do início.
Não venha dizer que só conheceremos com quem a gente se casou quando nos separamos. A gente conhece de quem a gente vai se separar quando casamos.
Quem se acha demais acaba se vingando. Porque pensa que, ao namorar, realiza um favor. Porque pensa que, ao namorar, concede o bilhete premiado de sua companhia. Porque pensa que, ao namorar, está garantindo a simpatia de sua conversa, a gentileza de sua personalidade, a dádiva de sua alegria, o luxo de seu humor, atributos raros e impossíveis de se jogar fora.
Quem se acha demais não namora, na verdade dá uma chance.

O tipo narcisista se coloca na posição de provedor da verdade. É afetado, unilateral e autoritário – tornou-se assim pela beleza, pelo dinheiro ou pela projeção social.
A questão é que se enxerga perfeito e intocável e confunde sua presença amorosa com filantropia.
O narcisista não admitirá qualquer crítica, e a separação é a maior delas, discordância evidente de seu modo de vida.
Jamais aceitará que errou, jamais pedirá desculpa, jamais arcará com a responsabilidade de seus atos, jamais carregará culpa pelo distanciamento. Não tem humildade da autocrítica para acolher suas falhas, muito menos sente o remorso que vem da saudade. Não tem aquela pontada natural após uma ruptura, aquela tristeza baldia e consciência aguda de que foi desatento e que poderia ter sido diferente.
Não atravessa o luto, parte direto para a represália. Uma vez rejeitado, fará de tudo para mostrar que a pessoa nada é sem ele. Diante de uma ruptura, pode deflagrar perseguição, boicote e uma série de constrangimentos sociais. Procura humilhar quem antes adorava, procura rebaixar quem antes endeusava. Troca de lado: odeia com todo o ânimo quem amava.
Sua generosidade é investimento ou um modo de manter o controle da situação. O que oferece ao longo da convivência cobrará no final.
É tão centralizador que usa a dor para aumentar seu poder e castigará qualquer um que renunciou o prazer de seu reflexo.
O narcisista é vingativo por perceber o amor como uma monarquia. Sem ele, o outro não é nada, não tem história, não tem passado, não tem futuro. Distanciado de seu domínio, perde o direito à coroa e converte-se, de novo, em reles súdito.
A vingança é vaidade, mas não tema, não se acovarde.
A última bolacha recheada do pacote ficará para as formigas.

Fabrício Carpinejar

Nunca se viu, em toda a história da humanidade, um culto ao ego tão exacerbado como o de hoje. As pessoas desenvolvem a necessidade de fingir que sabem tudo, ganham todas e acertam sempre. Cada vez mais, exige-se que a pessoa mostre o que não é, fale o que não sabe e exiba o que não tem.
Nesse mundo de ostentação, as pessoas se encontram mas não se relacionam, trabalham mas não se realizam e, principalmente, vivem sem conhecer a própria alma.
As pessoas tentam ser super-heróis e acabam se tornando superdepressivas. Na tentativa de parecer ser e ter o máximo, acabam vivendo com o mínimo...
O mínimo de paz de espírito.
O mínimo de amor.
O mínimo de sentido de vida.
O resultado dessa busca neurótica é um vazio insaciável, pois ninguém consegue viver a ilusão de ser o máximo por muito tempo. Uma hora a máscara cai, e o super-herói volta a ser simplesmente um ser humano.