Coleção pessoal de Fiorellarm

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Poeta, em que medita?
Por que vives triste assim?
É que eu a acho bonita
E você não gosta de mim.
Poeta, tua alma é nobre
És triste, o que o desgosta?
Amo-a. Mas sou tão pobre
E dos pobres ninguém gosta.


Poeta, fita o espaço
E deixa de meditar.
É que... eu quero um abraço
E você persiste em negar.
Poeta, está triste eu vejo
Por que cisma tanto assim?
Queria apenas um beijo
Não deu, não gosta de mim.
Poeta!
Não queixas suas aflições
Aos que vivem em ricas vivendas
Não lhe darão atenções
Sofrimentos, para eles, são lendas.

Poeta, por que choras?
Que triste melancolia.
É que minh’alma ignora
O esplendor da alegria.
Este sorriso que em mim emana,
A minha própria alma engana

(...) quando percebi que eu sou poetisa fiquei triste porque o excesso de
imaginação era demasiado.

É válido procurarmos conhecer a que má e penosa servidão nos sujeitamos quando nos abandonamos ao poder alternado dos prazeres e das dores, esses dois amos tão caprichosos quanto tirânicos.

Me atrasei
O relógio corria enquanto eu admirava o céu,
tantas estrelas cadentes e meteoritos passaram diante dos meus olhos,
que, antes, só sabiam refletir.
Atrasei o tempo pra me adiantar nos ventos que hoje meus poros absorvem e agradecem à cada pedaço do universo infinito que somos nós, seres.
Meu atraso é meu, me caracteriza e por mais particular que seja, ja consigo entender que ele tinha que acontecer.
Percebo a evolução quando enxergo adianto no que antes me parecia tempo perdido.
Não conto pra menos, mas pra mais!

6:25am - 18, março, 2016.

Vai ver o reverso do universo
é o que me atrai
A TRAI.
No inverso invisto em te vestir,
não mais despir, nem tudo se resume a isso, devo admitir!

É verdade, eu esqueço!
Esqueço de lembrar
Lembro de esquecer
e o que me aquece às vezes é o esquecimento.
-CIMENTO-
Cimento todo aquele pensamento pequeno
pra não mais ressurgir.
Mas tu sabe, né!?
Até os muros mais altos caem,
e qual problema cair de vez em quando?
CUIDADO!
A metáfora é livre e depende do que tem aí dentro.
O que tem aí dentro?
Onde é dentro?
CIMENTO!
esqueCI-ME, TÔ dentro.

Queria me ver, verdade
ver.dade
ver dada
mas não vendada.
Me falta lugar
Me sobra espaço.
Mas onde?
O que penso quando isso me vem a cabeça?
Começo tudo de novo,
recomeço que chama.
Chama que queima
Xanma que queima
e volto a pensar nos corpos
suando e soando juntos,
como duas vertentes.
Se tu me olhar nos olhos, tu me enxerga?
Não preciso abrir os olhos pra te ver.

Digo que falo
Falo que digo
Mas quem conta as palavras (além do twitter)?
Não quero que te doses
Quero te tomar como shot
Quero te fumar inteira
Pra ver se chapa
Sei que sou chata
Meio chiclé, muito clichê.

Me vejo por vezes nublada,
nitidamente chuvosa,
temporal que me vem de surpresa e logo passa.
Deixo as janelas e portas abertas
para que areje meu ser
para que vente
ventre
vem-te
que eu vou, sem pensar muito
pestanejo devaneios tolos, repenso.

O reflexo da minha carne exposta
e o que me arrepia as entranhas
diz mais de quem eu sou
se comparar às palavras que saem asperas da minha boca entreaberta.
Sou de verdade o que imagino?
Ou apenas os desejos que carrego comigo!?

A morte traz com si esse "peso extra";
Pesa o corpo, os olhos, as energias, os pensamentos...
como se o dia a dia já não fosse pesado, ela vem somando,
faz nós pensarmos na nossa própria, que às vezes parece que nunca acontecerá. Nisso, nós humanos, somos apegados (ô).
O CORPO
Não venho dizer como sentir, mas da forma como vemos ela.
Seria lindo se o final de cada ciclo de vida, fosse comemorado pelo que se passou e não o que vai passar (independendo da crença).
E esse desapego só se dá enquanto vivos. Pulando, abraçando, dançando, rindo e fazendo rir, compartilhando amor, comida, música, arte, beijos, sentindo o sol, tendo gratidão!
O sentires não se dosa e nem deve ser comparado, vem de cada um, cada história, os caminhos e as cicatrizes.

Poeminho do Contra

Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho,
Eles passarão...
Eu passarinho!

O tempo é muito lento para os que esperam
Muito rápido para os que têm medo
Muito longo para os que lamentam
Muito curto para os que festejam
Mas, para os que amam, o tempo é eterno.

Ela ria,
e eu dizia:
- Te amo!

Eu queria,
ela dizia:
- Mas como?

O silêncio vinha,
e o amor,
gritava.

Não desejo coisas complicadas nessa vida. Quero apenas a simplicidade dos sentimentos puros. Não procuro a beleza fútil e superficial. Aprecio o modesto, pequenos detalhes. Espero das pessoas apenas o que elas possam oferecer, sem culpa, sem obrigação. Somente o que vier do coração.

O que eu mais quero é dizer "eu te amo". Quero largar os estudos da madrugada para ir correr te confortar depois de um pesadelo. Quero levantar cedinho e te levar café, torradas e muitos beijos de bom dia. Quero sussurrar no seu ouvido "conta comigo". Quero te inspirar nos dias tristes e festejar nos felizes. Quero levar seu cheiro por onde quer que eu vá, seu sorriso até nos sonhos para me inspirar, mas seus beijos quero para sempre lembrar. Não me importa o quão longe estiver, até lá irei. Não importa o tamanho do teu sonho, não importa o tamanho do teu desejo, não importa, vou com você na busca de tudo o que quiser. Se temeres segurarei sua mão, se caíres a levantarei, se fraquejares a carregarei, pois comigo você jamais parará. Há anos me preparo, por tanto tempo a aguardo, para enfim, quando chegar estar tudo no devido lugar. Talvez eu jamais chegarei perto de ser perfeito, mas saiba que de mim terás todo dia o meu melhor: que seja ser o melhor amigo, melhor namorado, melhor companheiro, melhor confidente, melhor conselheiro, melhor homem que possa precisar. Estenda seu coração, pois quero o cuidar.

Agradeça pelos nãos, pelos foras, pelas traições e decepções porque elas vieram de pessoas que certamente nunca te fariam feliz de verdade.

Faz-de-conta

Não respondo teus e-mails, e quando respondo sou ríspido, distante, mantenho-me alheio: faz-de-conta que eu te odeio.

Te encho de palavras carinhosas, não economizo elogios, me surpreendo de tanto afeto que consigo inventar, sou uma atriz, sou do ramo: faz-de-conta que te amo.

Estou sempre olhando pro relógio, sempre enaltecendo os planos que eu tinha e que os outros boicotaram, sempre reclamando que os outros fazem tudo errado: faz-de-conta que dou conta do recado.

Debocho de festas e de roupas glamurosas, não entendo como é que alguém consegue dormir tarde todas as noites, convidados permanentes para baladas na área vip do inferno: faz-de-conta que não quero.

Choro ao assistir o telejornal, lamento a dor dos outros e passo noites em claro tentando entender corrupções, descasos, tudo o que demonstra o quanto foi desperdiçado meu voto: faz-de-conto que me importo.

Jogo uma perna pro alto, a outra pro lado, faço cara de gostosa, os cabelos escorridos na rosto, me retorço, gemo, sussurro, grito e poso: faz-de-conta que eu gozo.

Digo que perdôo, ofereço cafezinho, lembro dos bons momentos, digo que os ruins ficaram no passado, que já não lembro de nada, pessoas maduras sabem que toda mágoa é peso morto: faz-de-conta que não sofro.

Cito Aristóteles e Platão, aplaudo ferros retorcidos em galerias de arte, leio poesia concreta, compro telas abstratas, fico fascinada com um arranjo techno para uma música clássica e assisto sem legenda o mais recente filme romeno: faz-de-conta que eu entendo.

Tenho todos os ingredientes para um sanduíche inesquecível, a porta da geladeira está lotada de imãs de tele-entrega, mantenho um bar razoavelmente abastecido, um pouco de sal e pimenta na despensa e o fogão tem oito anos mas parece zerinho: faz-de-conta que eu cozinho.

Bem-vindo à Disney, o mundo da fantasia, qual é o seu papel? Você pode ser um fantasma que atravessa paredes, ser anão ou ser gigante, um menino prodígio que decorou bem o texto, a criança ingênua que confiou na bruxa, uma sex symbol a espera do seu cowboy: faz-de-conta que não dói.

Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo
quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando
melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro
antes, durante e depois de te encontrar.
Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de
lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar.
Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é
covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque
sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência,
pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu
lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua
desajeitada e irrefletida permanência.