Coleção pessoal de fernando_cesar_4

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⁠Grandeza de alma convém a todo mortal, mesmo aquele abaixo do qual não existe nada, pois o que é maior ou mais corajoso do que enfrentar a má sorte?

⁠Temos de inculcar princípios capazes de extirpar por completo as falsas convicções em vigor.

⁠Para lutar contra uma loucura tão violenta e tão largamente difundida a filosofia tornou-se mais complexa, teve de ganhar um acréscimo de forças proporcional ao acréscimo de males que combate.

⁠Por isso eles perdem a coragem e estremecem cada vez que olham a sua grandeza à beira do abismo: eles conhecem os caprichos da fortuna, e sabem que quanto maior é a altura mais fácil ainda é a queda.

⁠Rejeita as falsas opiniões sobre o bem e o mal, em seu lugar forma opiniões corretas e a preceptística nada terá que fazer.

⁠Duas coisas há que sobretudo contribuem para nós dar força de ânimo: fé na verdade, a confiança em nós mesmos.

⁠Abster-se e suportar.

⁠Façamos com que a nossa vida,à semelhança dos materiais preciosos, valha pouco pelo espaço que ocupa, e muito pelo peso que tem.

⁠O homem feliz, insisto, é aquele que nenhuma circunstância inferioriza; que permanece no cume sem outro apoio, além de si mesmo, pois quem se sustenta com o auxilio dos outros está sujeito a cair.

⁠O único bem autentico é aquele que nunca se deteriora.

⁠Afrontemos então com coragem as eventualidades, estejamos conscientes de que, aconteça o que acontecer, não será decerto tão grave como a opinião pública pretende fazer crer.

⁠Tenhamos diante dos olhos todos os fatores que determinam a condição humana, consideremos no nosso espírito não a frequência de cada fator, mas sim a intensidade máxima que ele pode atingir, amenos que queiramos deixar-nos abater e abrir a boca de espanto ante alguma desgraça menos usual como se ela fosse inédita.

⁠O nosso espírito deve prever todas as circunstâncias, deve pensar não no que sucede habitualmente, mas em tudo quanto pode vir a suceder.

⁠Um homem que entende o dever como limite rigoroso ao poder, pode exercer o seu poder sem perigo para os demais.

⁠Diz estas palavras aos outros, para que, ao dizê-las, as escutes também, escreve-as, para que, ao escrevê-las, também as leias, tirando de tudo proveito para a tua formação moral, para a repressão das paixões nocivas. Estuda, em suma, não para saberes mais, mas para saberes melhor!

⁠Até quando laborareis em erro? Quereis que os remédios cessem antes das moléstias? Repetirei tantas mais vezes a minha pergunta, teimosamente, porquanto vós persistis no erro. Quando num corpo insensível um simples toque provoca a dor, é sinal de que o remédio está a atuar. Portanto, mesmo contra a vossa vontade, eu continuarei a repeti-la. Algum dia vos chegarão aos ouvidos estas palavras duras; já que não quereis ouvir a verdade individualmente, então escutai-a em público.

⁠Corrige os teus costumes, reanima o que em ti esteja débil, reforça o que não é assaz firme, domina as tuas teimosias, reprime quanto puderes as tuas ambições, privadas e públicas.

⁠A vida só estará de acordo consigo mesma quando a ação não desmentir o impulso e quando o impulso for a medida do valor de cada coisa, mostrando-se mais ou menos intenso conforme essa coisa merecer que a procuremos.

⁠Seria preferível a situação de um homem que tivesse um único vício bem declarado do que a de quem os tem todos, embora atenuados.

⁠É mais perigosa a violência de uma multidão, mesmo de anões, do que a de um só gigante.