Coleção pessoal de felipe_mateus_alessi
A natureza humana é uma teia dinâmica de pulsões inconscientes, arquétipos ancestrais e consciência reflexiva, onde o ser humano — simultaneamente moldado por forças ocultas e capaz de ressignificá-las — emerge como artífice de sua própria transformação, entrelaçando história, símbolo e ação.
O homem é um ser consciente e reflexivo, capaz de perceber o mundo, atribuir significados e transformar tanto a realidade externa quanto sua própria interioridade.
A inovação prospera onde há liberdade de criação, mas também suporte para que todos possam participar e contribuir.
Liberdade e igualdade não são opostos, mas complementos necessários para uma sociedade equilibrada.
O Equilíbrio do Progresso
No campo vasto da criação,
onde a mente voa sem fronteira,
liberdade e igualdade se entrelaçam,
como luz e sombra na mesma esteira.
A inovação precisa de espaço,
mas também de solo fértil e abrigo,
pois o talento não floresce ao acaso,
e sim onde há sustento e sentido.
Que o Estado seja o guardião,
não a muralha que prende a estrada,
mas a ponte que liga a ambição
ao direito de cada jornada.
Diversidade é uma riqueza,
a essência viva de uma nação,
quando cada voz tem o seu tom,
Tecemos juntos a inclusão.
E assim, entre o livre sonhar
e a mão que protege a esperança,
cresce um mundo a prosperar,
onde justiça e progresso caminham juntos.
A virtude não está em dominar a natureza, mas em viver em harmonia com ela. Retroceder em políticas ambientais é negar nossa conexão com o todo. Que legado queremos deixar?
O plástico que descartamos hoje não desaparece; ele vira um fardo para o futuro. A verdadeira liberdade está em escolher o que preserva a vida, não o que a sufoca.
A natureza não é um recurso infinito. Ela é um reflexo das nossas escolhas. Quando permitimos o retrocesso ambiental, estamos escolhendo o desequilíbrio, não só do planeta, mas da nossa própria humanidade.
Da mesma forma que senti angústia no nada, acredito que Deus também, quando ele ainda não tinha criado nada, se sentiu só e sem sentido, criando a conexão de amor entre criatura e Criador.
O Nada e o Tudo
No princípio, antes do verbo, o vazio,
Um espaço sem cor, sem forma, sem fio.
No nada, o silêncio é um grito mudo,
E o tempo, ausente, não é nem um segundo.
No nada, a mente flutua, perdida,
Angústia e paz, em dança indefinida.
É negro, é branco, é o oposto do ser,
Um espelho que reflete o não-acontecer.
Deus, talvez, sentiu o mesmo vazio,
Um universo sem alma, sem rio.
E no nada, em sua solidão infinita,
Criou o amor, a conexão bendita.
Somos reflexo de Sua criação,
Mas também criadores, em nossa condição.
No nada, buscamos sentido e essência,
E o tudo emerge da nossa presença.
O nada é pausa, mas não permanência,
Um sopro que dá vida à consciência.
Do vazio, surgimos, e a ele voltamos,
Mas no intervalo, amamos, criamos.
Então, se no nada Deus nos encontrou,
Foi porque no vazio o amor brotou.
E no eterno mistério de tudo e nada,
Está a verdade jamais revelada.
Sou presente, mas também sou memória,
sou o que fui, e o que virá a ser,
um ser fragmentado, em eterna história,
desintegrando-me, para enfim, me refazer.