Coleção pessoal de Edu110175
aprendi
Coisas de um poeta operário
Em sua vidinha pequena e medíocre
Na solicitude de seu labutar
Nesse cotidiano que sempre sofri
Na ponta da escrita
Na ponta da escrita
Por tantos meios de comunicação
Afastei-me de ti
Ó poesia
Doce amarga inspiração
Que principalmente as madrugadas
Vem me visitar
Com o coração machucado
Assim
Como estou
Sou Eduardo
Só você poderia
Poesia
Fazer-me um dia
Um suave melodia
Dessa minha melancolia
Que noite e dia
Irradia
Pela ponta da caneta
Meus sonhos florescem
Meus amores vivem
Nascem e morrem
Emoções acordam
Na ponta desta escrita
Na ponta dessa escrita
A poesia facilita
A verdade que se irradia
Poesia
Pura , doce, acredoce poesia
Poeira devanescente
Assim se vai
Mais um dia
Escrevendo versos
Vou vivendo
E assim talvez
Sentindo inútil
Num mudo fútil.
Ruínas de mim
Eduardo Flávio Jacob - Escritor araxaense
Num giro de olhar desgovernado
O coração vem e vai
Em devaneios múltiplos
Em poesia encarnado
Em ruínas escancarando
A vida , a morte, a sepultura
Mesclando o podre e o sublime
E versos virgens e podres escarrando
E não adianta subjulgar-se
O nada vence o tudo
Num fluxo irremediável
De piora
Com o tempo tudo piora
Esmorece, morre apodrece
Conto nos dedos
O que não se conta
Estórias são histórias furtivas
E versos são suspiros reprimidos
Pelas paixões cativas
De mais a mais
Tudo acaba, bem ou mal
Tudo tudo
A carne , e até o osso vira pó
Pó de osso,
Fim de verso
E nesse ócio que são
As ruínas de mim
Olho para trás e vejo
Olho por olho dente por dente
E o povo nesse dilema
Vai seguindo em frente
E digo agora, já não mais na tristeza,
agora sem inspiração
que quando se vive na beleza
inspiração já não se tem no coração
A era de incertezas aberta pela pandemia aguçou o sentimento nas pessoas, que passam, nesse primeiro momento, a ter mais contato com cursos online com o objetivo de aprender coisas novas, se divertir e se preparar para o mundo pós-pandemia. Afinal, muitos empregos estão sendo fechados, algumas atividades perdem espaço enquanto outros serviços ganham mercado, e a vida segue.
No futuro, depois do fim desta pandemia do Covid-19 e depois do fim das restrições tudo deverá investir em estratégias para engajar os consumidores de modo profundo, criando locais que tragam a eles a sensação de estar em casa, ou não. Afinal tudo são incetezas.
A pandemia acelera o futuro, antecipa mudanças que já estavam em curso, como o trabalho remoto, a educação a distância, a busca por sustentabilidade e a cobrança, por parte da sociedade, para que as empresas sejam mais responsáveis do ponto de vista social.
Mas a Flor-poesia,
Qualquer cor seria poesia,
Desde que os olhos de quem visse,
Descrever a emoção que irradia.
E tem também o “eu operário”,
Todo dia em busca de salário,
Amigos, colegas, também operários,
Em busca das coisas simples,
E em dívidas em tudo
Até com sua própria língua
Língua portuguesa
Operário.
Ao esquentar seus pratos,
Os operários também,
Sonham com suas amadas,
E soluçam aos prantos,
Por não terem ninguém.
Ouvindo baladas bregas,
O intelectual operário,
Sofre enquanto chove,
Em seu mundo interno,
Poesias, versos e
Dos colegas intrigas.
Operários são formigas,
Cada um no seu destino
De só viver para o trabalho,
Até parece castigo,
Trabalham e quase nunca
Tem as realizações
Como suas Francas Amigas.
Operários, um poeta do pão de cada dia,
Um ser, viver, trabalhar,
Um fazedor da vida em poesia,
Nessa vida, um eterno poetar.
ABRIR CAMINHOS
O segredo de poeta é assim,
Um não ou um sim.
Faz da vida um belo carinho,
Ao invés de seguir rastros,
Cria caminhos.
A poesia desbrava,
Acalma até os mais loucos,
Sendo que ela mesma,
É a ramificação da própria loucura,
Mas a poesia em tese,
Também é o bem e a cura,
Sendo dor, amor,
Paixão em corpo-coração.
Ao invés de revés,
De seguir e imitável,
Criar, inventar o inimitável,
Sonho de minha ultima quimera,
Ser Furor geram me dera,
Sou apenas poeta,
E isso me basta.
E esses caminhos,
Que estradas são estas,
Propaladas em tapetes secos,
De poeiras em grãos sonhos,
Escrevendo versos em off-Road,
E estacionando no infinito,
Desejo de abrir caminhos.
Poetando,
Me ponho a singela brandura,
De ser ao mesmo tempo,
Um bravo e um conformista,
Mas o que importa,
A esta altura.
Mescladas de um pouco de tudo,
Poesias são assim,
Como o Brasil,
Miscigenação,
De festas a velórios,
Certos velórios mais são festas,
E certas festas mais parecem,
Velórios, tudo
Mesclado em sombras mórbidas,
Que a escuridão alua,
Da cor descorada,
Temperada com chuchu e
Melancolia,
Isso é um Brasil
É poesia.