Coleção pessoal de Edu110175

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Escre-vida




Eu quero vida
Quero distância da poesia
Já que eu sei
Ai como sei


Que poesia não é
A poesia da vida nos tira
Nos afasta da existência
Pra viver das ilusões


Simples essências
Na poesia a vida real sede espaço
A uma vida tão somente
Escre-vida


( VIII Coletânea Século XXI )

A mineração

Uma cidade, de nome Araxá,
Ícone da mineração,
Em Minas Gerais
Do triângulo mineiro o coração

Assim que a notícia se espalhou,
A região povoou; Chegou a mineração

Vieram pessoas para trabalhar na mineração
Sem nenhuma preparação,
Pois não trouxeram o que saber,
Nem o que vestir.
Descobriram a grande realidade
Que não imaginavam existir.

Pouco a pouco começou a plantação
De milho e feijão.
O que faltava era comprado
De outra região.

De vários lugares vieram forasteiros
Espertos e trapaceiros,
Por quererem disputar
Cargos a ocupar

Para sua posse na região firmar
Os forasteiros aclamaram Mineração para governar

( IV Coletânea Viagem pela escrita/2018)

Rumos perdidos


Deixar as palavras seguir o seu rumo
Deixar-nos levar pelo silêncio
Talvez assim a gente proceda com aprumo
Talvez assim se evite o inútil dispêndio...

Seguindo por uma tal conduta
Orientadora dos nossos sentidos
Talvez a gente fuja de qualquer disputa
Que por força gera sempre inimigos.

As palavras rumadas são verdadeiras
Não são apenas metáforas e seus jogos
Não têm por missão ser feiticeiras
Nem o seu objetivo será atear fogos

Se cairmos no meio de uma combustão
Ainda que por instantes muito breves
As queimaduras podem ser leves
Mas deixam marcas quer a gente queira ou não.

Andarmos apressados sem nexo
É como caminhar-se à deriva
Tudo se torna tão complexo...
E a vida ainda mais opressiva
Seguindo rumos perdidos

( IV Coletânea VIAGEM PELA ESCRITA/ 2018)

Inexistir



Não quero ser
Assim mesmo que quisesse não conseguiria
Não tenho tanta amargura pra tal literário
Sou mais a minha própria e singela poesia

No Vazio perene e só
Um grito inominável
Urro de imprevisto
O inexistir
Teima em existir


E meus dias se vão
Neste escuro que me fecho e revelo
Solidão
Ser é o maior querer

Olho para o lado
Inexistência
Falta diferente
Alma presente
Em emoções inexistênciais
Existo

( Prêmio CNNP/2017 )

O imortal

E o mortal, olhos à espreita
Em crer indefinidamente
Para no fim, iluminar tudo
De uma luz imortal e transcendente.
Minha alma imortal,
Cumpre da vida a loucura
Seja em vendaval
Ou em uma noite escura

Imortalidade, secreto escondido,
Risonho, lúcido, vidente…
Abandonar o sujo ao bem lavado,
O sátiro da cura luz pendente

Existir como se é,
É ninguém mais no mundo,
E se cada um e todos estão diferentes, isso é pertinente, é imortal

Amargar os lânguidos poemas,
O estrondo dos cativos
Que vai do topo ao chão em um segundo infinito, imortal

Abrir os olhos, ao fechá-los
Para o eterno Silêncio dos Espaços
E no silêncio sepulcral sentir-se o imortal.
( Prêmio Trevo de literatura, poesia agora verão/2018)

Versos não enviados

Escrevi na leitura do coração
Em lapidar inspiração o cume
Ao dispensar a razão
As razões me consomem

Letras letras
Nas entrelinhas da ponta
Nas tantas tintas despontas
Nas imperfeições discretas
Desses versos um dia escritos
E não enviados a ninguém


Semente ao tempo
Somente ao tempo
(Prêmio Poetize/2017)

Versos enviados



E esses agora
Vão pra aqueles versos
Que já foram de mim embora
Versos mais como aos avessos

Me escaparam entre os dedos
E nem sei como foi
Fazer versos com e sem medos
Como ao matadouro caminha o boi

Meus versos perdidos
Estão por aí
Nas vidas nos dias sofridos
E eu nem sei ainda
Como desse tédio sair
Queria tanto meus versos resgatar

Como que uma combinação bombástica
Amor e dor
Num súbito sulfrágio
De poemas , pontes espontâneas
Mas as vezes pinguela
De emoções despedaçadas comparsas


Remanescentes entre o eu só
O eu mais só brio ainda sóbrio
As vezes me vem a enfadonha
Impressão de que vim
E estou no meio desse calor
Nesta existência por puro
Simples estágio de amor
Mas só me vejo nesta vida
A compor...

A poesia é...
Em cada qual,
Tudo que se quiser.

Te sigo...
E te vejo sorrir!
As lágrimas que choro.