Coleção pessoal de edineysantana

Encontrados 7 pensamentos na coleção de edineysantana

Amanhã a Mega Sena vai pagar o maior prêmio da sua história, serão R$ 200 milhões, da última vez que acumulou joguei e tive a sensação que iria ganhar, ninguém ganhou. Ganhar a Mega Sena me faz sonhar com o cheiro de comida de minha mãe, com ir ao bar com os amigos de sempre, visitar os lugares da minha afeição, andar com leveza pelos sonhos que me acompanham sempre. Sonhar em ficar milionário fez me faz pensar como deve ser viver de maneira simples como eu vivo, mas com os bolsos cheios de dinheiro.
Dinheiro resolve boa parte dos nossos problemas, e se é para encarar o cinza da vida que seja ao menos com grana. Dinheiro em si não vai fazer de nós pessoas felizes, mas certamente é uma boa companhia para os dias tristes, não sejamos tolos, sem grana pouco somos, desgraçadamente o dinheiro é senhor das nossas vidas, sem ele, já escrevi, até o pastor, homem santo, vira a cara para o fiel pobre que não pode pagar o dizimo.
Tenho muito respeito por aquelas pessoas que largam tudo e dão uma banana para o mundo capitalista e vão viver a vida seguindo o conselho dos passarinhos, respeito os caras que se trancam em um mosteiro e são felizes vivendo com o mínimo ou os monges franciscanos que fazem votos de pobreza, mas não sou assim, também não sou um típico materialista, mas reconheço que hoje até a quina me faria mais feliz.
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É um erro confundir tolerância com subserviência. O tolerante não é um escravo voluntário dos desejos de outra pessoa, o tolerante é alguém que pacientemente espera que o ouro reveja seus conceitos e entenda que o diálogo é o melhor dos mundos, e é sempre bom lembrar que paciência tem limites. O copo do tolerante mesmo sendo cheio por um conta-gotas também transborda.
O tolerante quando diz “não” é definitivo, porque antes desse “não” disse todos os “sims”, estendeu a mão, mostrou outros caminhos, buscou o diálogo. O tolerante vai dizendo adeus aos poucos, nas briga, não discute, não ofende, um dia vai embora e ponto final. O tolerante enxerga algo de bom no intolerante, acredita que esse algo bom um dia possa aflorar, o tolerante acredita em si e também no outro, lamenta quando percebe que o outro só acredita em si mesmo.

Em uma belíssima canção, Roberto Carlos canta que quer ter um milhão de amigos. Quantos amigos você tem? Tem certeza de que são seus amigos? Na maioria das vezes chamamos de amigos meros conhecidos e colegas de trabalho; colegas de trabalho parecem muito com amigos. Se você perder o emprego e algum colega de trabalho continuar te chamando para aquelas festinhas, uma viagem, ligar para saber se precisa de alguma coisa, certamente ele é seu amigo, se não, esqueça. Amigos tem a gentileza de perguntar se precisamos de algo, mesmo que seja ele quem precise, amigos lembram-se de você nos detalhes que encontram quando estão andando pelas ruas, quando assistem jornal.
Amigos não caem do céu, nem são aquele monte de gente das redes sociais que vivem do outro lado do país e você sente falta como se sentisse da própria mãe, amigos não são perfeitos, alguns são até sacanas, mas estão sempre por perto( mesmo que virtualmente), amigos não trocam você por um abacaxi de saias ou calças, amigo sabe ser presente sem ser intruso, amigos resistem ao tempo, amigos resistem ao silêncio, amizades morrem como morre tudo nesta vida.
Acabou a amizade? Paciência, guarde as fotos, cartas, filmagens, quem sabe um dia se reencontrem e se a memória não ajudar, abra o álbum de fotografias, coloque vídeos antigos. Se tudo passa amizade também passa, se tudo finda é porque alguma coisa de boa também pode nascer.
Se você encontrar amigos e só falam sobre o passado é um sinal que a amizade acabou, o que só emociona pelo passado não tem mais razão de ser no presente. O mais importante é manter-se aberto a novas amizades, novas oportunidades de oxigenar a vida, se isso não for possível, é bom sempre lembrar: quem tem a si mesmo nunca se sente sozinho.

Existe uma fronteira entre a loucura e o cinismo? Sim existe, tudo que alguém clinicamente diagnosticado como problemas mentais faz, o faz privado de autocensura,por tanto se cometer um crime é imputável, já o cínico faz tudo de caso pensado, o cínico não é um inocente apaixonado por uma causa e que por ela comete crimes, o cínico é racionalmente criminoso.
Dezenas de artistas brasileiros, mesmo com tantas evidências jurídicas, mesmo com tanta gente sendo presa, mesmo com os desmandos de centrais sindicais que usam dinheiro do trabalhador para financiar manifestação de apoio a agentes públicos investigados por todo tipo de crime contra a máquina pública assinaram manifesto de apoio ao governo, quando deveriam assinar um manifesto de apoio ao país.
Vivemos tempos cínicos, de pessoas que agem com cinismo digno de grandes déspotas. Jornalistas cretinos criam teses mirabolantes para defender criminosos, juristas usam das fendas do direito brasileiro para tentar inocentar bandidos sangradores do patrimônio público. Todos cínicos, cretinos, se escondem atrás da suposta defesa das minorias, dos pobres, mas são eles mesmos o mais alto grau podre das elites do país, cínicos de todas as horas e hordas.
O Brasil não é defendido por grupo algum, nem de direita, nem de esquerda, todos cretinos, querem sangrar, pilhar o país, são cafajestes de primeira grandeza. O país não é nem citado por essa gente em suas manifestações, nem na manifestações dos vermelhos pagos pelo dinheiro público, tão pouco pelos amarelos que nem de longe lembra o amarelo da nossa bandeira.
Nosso país agoniza, é refém dessa horda, se encontra encurralado. Se você deseja um país honesto e saudável, vamos juntos em um movimento alternativo, tomar as ruas, propor uma reforma política, econômica e jurídica decentes, algo que nos livre da fome desses abutres, cruzamento da esquerda fascista e direita delinquente.
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É preciso cuidado para quem abrimos nossos corações, como lidamos com a realidade, o valor dado às coisas fúteis. É preciso saber escolher os caminhos bons para andarmos. Tudo que há na vida tem valor, a luz e escuridão. Fingir que não há problemas, que a vida é perfeita a partir do que acreditamos ser “perfeito” não vai resolver a situação, é preciso acreditar na velha máxima:” Tudo flui”, Heráclito estava certo, tudo passa e tudo é breve, por isso mesmo cada segundo das nossas vidas devem ser dedicado a leveza de viver e quando a alma cansar, não esquecermos que se há vida o tempo bom pode sempre vencer o tempo mal.

Em qualquer situação: feliz ano novo!
Um ano novo de conquistas, de amores plurais!
Feliz ano novo para você que neste ano vai colher os frutos bons do que foi plantado no ano que se vai!
Feliz ano novo para quem acreditou em si, para quem não culpa pessoa alguma pelas suas perdas, feliz ano novo para quem não se deixou tomar pelo ódio, pela soberba!
Feliz ano novo para você que mesmo diante da dor, xenofobia, racismo não perdeu a ternura, o amor e o coração solidário! Feliz ano novo para o sol que nos ilumina, para as flores que enfeitam a vida, para quem não vive só para si, para quem tem a vida como única bandeira, feliz ano novo para quem tem como único partido o amor ao próximo, feliz ano novo para quem caminha e não fecha portas, para quem é ponte e não muralha, feliz ano novo para a alegria dos encontros, para quem não separa as pessoas em castas, raças ou gênero, feliz ano novo para quem se sente parte do gênero humano, feliz ano novo para quem ama pelo amor, para quem estende a mão, para quem tem como religião a solidariedade, feliz ano novo para quem agradece ao dia pela luz, a noite pelas estrelas, ao sol pelo calor, a terra pelo alimento, a chuva pela água, feliz ano novo para você que encontrei e fiz algo de bom, feliz ano novo para quem quer um país feliz, para quem ama esse país, para quem vai fazer a diferença na grandeza de amor e amor profundo, feliz ano novo para quem não confunde amor com escravidão, perdão com justiça, feliz ano novo para você seja lá em que lugar você viva, que língua fale, feliz vida!!!
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Finalmente assisti " Depois da Cuva", filme que se passa em Salvador. O filme mostra uma geração se descobrindo e aprendendo a viver com a liberdade logo após o fim da ditadura. No começo achei o filme sonolento, melancólico e até mesmo chato, mas depois notei que isso era o prato que foi servido para minha geração nos anos de 1990, mesmo que o filme se passe entre 1984 e 1985.
O filme é o espelho da minha geração, geração ressaca que sem alento acreditou em utopias caducas e que fora do Brasil fez merdas tão criminosas quanto a ditadura militar aqui dentro, mesmo quem não foi partidário foi influenciado pela cultura forjada entre Karl Marx e a queda do muro de Berlim.
A escola que aparece no filme não difere da escola que estudei meu segundo grau, chata, repetitiva e repressora que nos dava alento apenas pelos bons professores que se tinha, mas era castradora da liberdade que deveria-se desfrutar em um período de reencontro com a democracia.
O talento, criatividade que muitos da minha geração demostravam foram sumariamente abortados tão somente pela condição social ou política de cada um.
Minha geração foi melancólica, ébria e utópica. O sentimento é de ressaca, os socialistas e comunistas cultuados no filme foram os mesmos que cultuei e hoje no poder são conservadores ao extremo, parasitas do poder, acusam todos que não são como eles de conservadores, mas no fundo são adeptos do autoritarismo ideológico, fora do que acreditam não há "salvação", de suas bocas saem soberba e arrogância que apontam para ideia de um mundo único,não há nada neles que apontem para um mundo plural. Muitos da minha geração vestiram essa roupa sem constrangimento algum, no Brasil o grande intelectualismo é o do estômago.
Tudo isso pode ser discutido em " Depois da chuva", quem foi jovem na Salvador dos anos de 1990 ou melhor na Bahia desse período e não concordava com a ideia de monocultura afro-brasileira, que parecia mais uma caricatura do legado cultural dos países africanos foi asfixiado , não havia nenhum interesse em preservar traços culturais das nossas raízes africanas, por trás de tudo havia uma indústria do entretenimento e política para exercer o controle em todos, em Salvador quase todas as rádios tocavam o mesmo tipo de música, nas escolas não havia formação ou informação cultural o resultado era um sociedade abobalhada e perigosa, cesurava tudo que não a espelhasse, minha geração pagou para ver e viu: censura , ódio, derrotas impostas pelo poder político a cultural.
Em " Depois da chuva" nota-se também o erro clássico da minha geração: acreditar em uma visão única seja cultural ou política, sem querer eramos quase iguais aos que com severidade impôs o lixo cultural que lentamente sufocou toda beleza e alegria de uma estado memorável como a Bahia.
Hoje observo a história se repetindo, se no passado eramos censurados pela roupa ou cabelo, agora uma mulher que alise seu cabelo pode ser censurada por aquelas que acreditam-se libertárias e não conservadoras, a história se repete, o melhor é que depois da chuva sobrevivemos para contar a história, nossa visão da história que não é a única,mas é a nossa.
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