Coleção pessoal de drmarcioribeiro
Quantas vezes podemos sofrer?
Quantas vezes podemos sofrer enquanto vida estiver? Não sei ao certo, varia de indivíduo.
Eu já passei várias vezes e aparentemente vou continuar passando, não sei se a vida faz essas coisas pra aprendizado, mas, eu ainda não aprendi nada e não sei se terei tempo.
Mas, se falando de amor, que é o que devemos levar adiante para todos os seres humanos que encontrarmos, cito um trecho do meu livro: “Quando se ama.”
No contrário das ondas, no andar contra o vento, no desespero da dor.
Na insônia de minhas noites, na solidão das minhas dores.
Eu amei na inutilidade que meu ser devora, na ausência de saúde em mim, no pensar de uma canção de outrora, no pesar de quem não fui bastante, na incerteza e desprezo do meu choro em pranto.
Amei sem poder amar, mas, amei!
Resquícios de mim…
Hoje é o último dia do mês de fevereiro num ano bissexto. Seria uma data para rever algumas questões sobre mim.
Pensando bem, não me vejo revisando o meu passado, lá tem dor, tem agonia, lá é de onde eu vim porque não queria ficar ali.
No entanto, onde estou é realmente o lugar que quero ou gostaria de estar? Não tenho respostas.
Talvez seja melhor em tom de oração pedir ao bom Deus que me ampare e me envolva em seus braços, me fortaleça e me direcione rumo ao futuro, eu quero estar lá, eu quero ver Cristo voltar, eu quero ser salvo.
Sim, é o contrário do que tenho vivido, a depressão me despedaça, me faz fraco, sei do tamanho de Cristo, sei que o mesmo lutou por mim, me deu a graça, minha fé se abalou, não sou mais o mesmo, não tenho direção, não me encontro.
Acabei acreditando em minhas próprias mentiras, fantasiei um mundo onde eu tinha o controle das coisas, por fim, rogo a Ti Jesus que perdoe meus erros, me faça nova criatura e coloque em mim o espírito de servidão, que eu esteja sendo pastoreado pelo Seu Espírito Santo.
Me encontra Senhor, me salva. Amém!
Ainda sobre o que restou em mim…
Numa sexta-feira, começo do terceiro mês do ano e eu estou aqui, estático, sem rumo, decadente.
Só me resta novamente olhar para o alto e entender que de lá vem minha redenção, que de lá vem meu perdão.
Bondoso Deus, me alimenta com seu Espírito Santo, perdoa meus atos falhos, conduz-me pelo caminho estreito, refaz minha vida, molda o meu ser da forma que Te agrada, salva essa alma decadente e transforma-me em alguém digno de receber seu perdão.
No mundo há caos, o inimigo está fazendo o que ele sabe fazer, não nos damos conta de apegarmos mão um pouco a Ti para que possamos lutar contra as investidas do mau.
Te peço meu Deus, usa de Sua misericórdia e visita cada canto desse planeta, consola os que choram, concede força ao que levam a Sua palavra para que marchem falando em Teu nome.
Concede o Seu perdão a quem queira, quebra as correntes e dá ânimo aos que choram, precisamos de Ti Senhor. Carecemos do teu amor.
Te peço, porque hoje eu só peço, em nome de Cristo, amém.
Feitos de barro
Independente de tudo, não existe lugar que possamos viver livre de alguma “complicação”, famílias, igrejas, qualquer lugar que exista pessoas, teremos dificuldades, agora como vamos lidar?
Já ouvi dizer que “é melhor lidar com animais do que com humanos”, a quem essas palavras saltaram a boca esqueceu de aprender que também somos animais e certas vezes irracionais.
Atentemos para o olhar para outro como se tivéssemos olhando para o espelho, somos falhos, mas, não vemos essa imperfeição, somos imaturos, mas, não vemos essa criança ressentida, somos tolos, mas, é difícil enxergar um palmo a nossa frente.
Saber usar a empatia nos faz menos anti empáticos a vista do mundo que dizemos não servir, mas, estamos postos nele, do outro, que insistimos em subjugar, mas, somos tal como eles.
No final somos todos feitos do mesmo barro.
Sobre adversidade
As vezes faço o que quero, as vezes faço o que tenho que fazer… Vocês já estudaram sobre a formação das pérolas ? Pois bem, O processo de formação das pérolas começa quando uma partícula estranha — um parasita ou um grão de areia — entra no molusco. Como mecanismo de defesa, o molusco libera várias camadas de nácar para envolver o invasor. As pérolas são resultado do acúmulo de nácar.
Nos momentos mais apavorantes de nossas vidas demonstramos desespero, agonia, raiva, e o que era ruim acaba muitas vezes ficando pior, ao contrário de nós, a ostra se defende criando algo mágico, algo lindo.
Precisamos desse exemplo nas nossas vidas, precisamos fazer coisas bonitas na inquietação de nossos problemas, precisamos parar, respirar e pensar, a solução na maioria das vezes é algo que vai mudar nossa vida, nosso estado, nosso futuro e acreditem para um lado lindo e pacífico chamado paz.
Fuga
É simples e simplesmente esplêndido a nossa forma de eternizar amores, reviver a mesma paixão, sermos melhores para o outro e assim, para nós mesmos.
Nessa luta incansável contra o tempo, precisamos entender que somos responsáveis pelos rumos de nossas vidas, decidirmos com cautela e parcimônia os direcionamentos dela, somos feitos de amor e sempre seremos amor, se assim quisermos.
Porque ao passo que passamos por tantas coisas, tantas lutas, tantos “eus”, nunca poderemos fugir de nós mesmos…
Um amor não vivido ou quem sabe mal vivido
Um amor não vivido ou quem sabe mal vivido... Enfim o que mudaria?...
Não sei se isso importa pra alguém, nem mesmo sei se importa pra mim mesmo. Só sei que não é bom o sentimento de saber que sua vida, suas atitudes, seus sonhos e realidade pode interferir em varias outras vidas, seja pra bom ou ruim, enfim você se ver com uma vida linda e cheia de graça...
E ao invés de vive-la você percebe que pra vive-la necessita realizar escolhas e escolhas das mais simples as mais complexas... sempre terão resultados negativos ou positivos...
Por exemplo: Um garoto olha pra uma garota e ela o olha de volta em fração de segundos, no dia seguinte eles ficam juntos, por coincidência a sua amiga que a acompanhava fica com um amigo meu pra não ficar sozinha...
De repente paro de ficar com a garota e meu amigo continua com a garota que o foi apresentada.
Resultado: Os dois se casam, geram 3 filhos, são felizes, eu escolhi recuar.
Conclusão: Um simples olhar e ação pode gerar grandes coisas, positivas ou negativas, mas o fato é que escolhas sempre serão escolhas e jamais poderão apenas realizar...
Hoje escrevo sem rumo, sem pé nem cabeça, apenas escrevo o que me passa pela cabeça, mas uma coisa é certa, minha mente se encontra em um estado de transição entre o querer e o fazer, pensar e agir, amar e ser amado, ferir e ser ferido, aceitar ou não aceitar...
Hoje escrevo como quem se pergunta, e se eu morrer hoje ?
A resposta é óbvia: Alguns escolherão lembrar, porque eu fui importante, outros “esses são” as incontáveis variáveis incontroláveis que nunca saberão o que é o amor.
Sobre tudo…
Donos de tudo, de tudo mesmo, mas, tudo esvai-se, devaneio e me volto, tudo, é sério.
Tudo desejo, tudo quero, tudo posso, tudo espero, tudo é meu, tudo encanto, tudo vou, tudo encerro, tudo corro, tudo é pressa, tudo ordeno, tudo erro.
Num mundo em que tudo é nada, lá vou eu pintando a minha estrada, não sei ao certo pra onde vou, não sei nada do que encontrarei, não sei, só sei que me perdir.
Não sei, realmente não sei como vim parar aqui, ah, eu lembro, eu me trouxe, mas, não sei quando e nem como. Aqui estou, será que é sonho, uma quimera, é muito raro, muita miséria.
Um preço pago por linhas tortas, eu escrevi e Deus se importa, quer corrigir e eu proíbo, quer me unir, só eu consigo, assim pensando vou me perdendo de hora em hora, mais me prendendo, a um caos tamanho, um cais vazio, barcos partiram, ninguém me viu.
Puxo as correntes, nunca termina, a minha âncora enferrujou, olho pro lado, mais preso estou, ainda uma corda num cais me amarra, minha tristeza não se compara. Mas, me recordo, não sei, nunca naveguei, que barco é esse, eu enlouqueço, apenas eu.
Contos sobre mim parte 44 - A beleza do envelhecer…
Sobre quem eu sou, de marcas latentes, forjado em batalhas, com choro e dores, sorrisos que atraem, certeza de ir quando não mais quero ser, solitude de mim e do que quero fazer, sou cheio de graça, sinceros abraços, sou tido por muitos de poucos eu sou, nascente poente, ouvir o som das águas e aqui me encontrei.
Sobre quem quero ser, não mais água ardente, um pouco de tudo, não tudo de vez, quero andar entre as águas, cria brio e coragem pra nascer e crescer, quero ouvir som de pássaros, andar em seus braços, jamais perecer, a paz das montanhas, amores me ganham e vim pra vencer. Vencer meu passado, vencer o outro lado, vencer, só vencer, e aqui já me basta, se lá estarei, terei a certeza de que entre belas as feras desceu e eu flor que nasce, desboto entre laços pra ser cor de vida, naturalidade me encontro em meus passos pra ser quem eu sei.
Sobre quem eu fui, não sei, não recordo, só sei que discordo, pois, não o quis ser, encontro outro mundo, desvio, vagabundo, ali não sou eu, a fé me abraça e eu todo dela sou feito de luz, prazer que me toma, cintila, retoma, me enche de risos por ter bem crescido sabendo que sou, quem eu quero ser, mas, profundamente quem fui não me lembro, se fui já não sou e isso me basta, pra ter um abraço “do eu que tornou”, de tudo um pouco, calado, translouco, fadado e romântico, me torno galante sem lembrança alguma do ser que eu fui.
Márcio Ribeiro
Sobre o tempo
O tempo me perguntou: O que tem feito? E em resposta eu respondi: Nada, além de te acompanhar.
Ele que é impiedoso, conduz a nossa vida de forma demarcada, seja, segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos e até décadas, ele nos aprisiona do seu jeito e nós somos levados a quebrar essas grades que nos aprisiona e soltar-nos, livre, leve e cheio de amor nossos melhores sonhos, por fim, uma resposta, em meio a todas as barreiras que o o tempo nos impôs.
Amadurecemos e o tempo não se dá conta, podemos ser e nos fazer melhores, podemos reinventar a vida e a forma com que lidamos com fracassos, com ilusões, com choro, com dor, com a esperança, podemos amar a mesma pessoa várias, diversas vezes da mesma forma, do mesmo jeito, com o mesmo olhar do primeiro encontro, com o mesmo gosto do primeiro beijo, com a mesma vontade, intensidade de viver pra sempre, não sabemos até onde vamos, mas, podemos escolher com quem ir.
Eu evolucionei
Eu evolvi, quando deixei de me cortar
Eu evolvi, quando deixei de me importar
Eu evolvi, quando deixei de me aportar
Eu evolvi, quando deixei de me doar
Eu evolvi, quando deixei de desfazer-me
Eu evolvi, quando a "mim" foi dado zelo
Eu evolvi, quando a "mim" veio o amor
Eu evolvi, quando a "mim" vieram inteiros
Eu evolvi, quando a "mim" não era dolo
Eu evolvi, quando a "mim" pairava sonhos
Eu evolvi, quando não mais ali fiquei
Eu evolvi, quando não mais ali “quietei”
Eu evolvi, quando não mais ali fui porto
Eu evolvi quando não mais me veio abuso
Eu evolvi, quando não mais me era só
Eu evolvi, quando minha alma foi meu corpo
Eu evolvi, quando minha dor já era extinta
Eu evolvi, quando minha mão se fez abraço
Eu evolvi, quando minha calma foi bastante
Eu evolvi, quando minha paz se fez completa
E eu tão solto, mente aberta, me fiz mais dono de mim.
Voltando a escrever
Boa tarde,
Passaram-se exatamente 47 dias sem escrever no diário, primeiro que eu não estava encontrando o aplicativo, me fez falta.
Foi um final de ano muito triste, perdi um filho, um irmão e até o momento não tenho motivação nem pra ir a terapia, me isolei em casa, não tão somente pelos eventos recentes, mas, por tudo que me ocorreu nos últimos 24 anos, verdade que os últimos 9 anos me fizeram conhecer o mais profundo do abismo. Como sair disso não sei, mas, deixemos o passado mais distante de lado.
No dia 05 de dezembro recebi uma notícia triste, meu filho de apenas 2 anos e 9 meses caiu no lago num sítio da família e veio a óbito por afogamento, isso destruiu o meu ser, fiquei em estado sólido, imóvel. A vida estava me dando mais um dos seus golpes seguindo a lei de murphy. Aquele momento eu descobrir que não importa o quanto de sofrimento você tenha acumulado, pode piorar.
Descobrir também que meus problemas de saúde não são “nada” perto da dor que é te perder meu filho.
Meu filho não estava preparado para partir e nem eu para perdê-lo.
Vou ficar com sua voz dizendo: “Bença pai!” E em reposta eu falava: Deus lhe abençoe; rapidamente você continuava: “Te amo” e eu quase como um reflexo dizia: “Te amo meu pai”, daí você me dava um selinho e isso bastava.
Era a expressão de amor mais pura que alguém pode receber.
Eu tive o privilégio de ser seu pai por 2 anos e nove meses, você foi um presente que a vida me deu e de repente me tirou, mas, estou certo de que Cristo olha por nós, que Ele mesmo te receberá nas mansões celestiais e providenciará nosso reencontro.
Eu fiz questão te deixar uma bola junto ao seu túmulo, era o que ele gostava de fazer “jogar bola”, só precisava de uma bola pra ser feliz.
E eu ali tomado de dores físicas, psicológicas, de toda natureza, bastou 15 dias para receber novamente uma notícia ruim, meu irmão também nos deixou, ele quebrou a perna e foi fazer uma cirurgia, até aí tudo certo, minutos após teve uma insuficiência respiratória e veio a falecer. Outro golpe duro é difícil de aceitar, mas, diz o poeta e o compositor: “Do jeito que a vida é."
A vida por si só toma a dianteira das nossas vidas e vai nos decepando aos poucos.
Agradeço ao bom Deus por ter me presenteado com você meu irmão…
Fazia 20 dias que tinha sepultado meu filho e tive que me fazer forte pra sepultar meu irmão, foram e tem sido dias tão difíceis.
Eu nunca gostei do mês de dezembro "e algo pessoal". Dezembro é comemorado o aniversário de Cristo, da minha mãe, de duas irmãs, do meu filho e inclusive o meu.
Mas, também é o mês em que perdi meu filho, meu irmão e tantos outros queridos.
Meu irmão passou por muita coisa nos últimos anos, da morte a vida, do renascer em águas batismais, do acreditar mais em Cristo e se colocar como servo fiel.
Meu irmão era a felicidade em pessoa, herdamos do nosso pai, e assim eu quero lembrar dele, nossas resenhas, nossos momentos de diversão.
Vou ficar com as palavras de Cristo para tentar seguir e sair desse marasmo que me encontro. Disse-lhe Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Você crê nisso?” João 11:25-26
2023 foram de dores, de lamentos e eu já não sei como será 2024.
Encontro com o amor
Antes de você, aprendi a abraçar sofrimentos: "Sofro, mas levanto", essa frase não deveria fazer parte do contexto sentimental de ninguém, carregar o amor, seja próprio ou alheio deveria ser algo simples, deveria ser um processo natural, algo mágico.
E se eu disser que o amor é assim, pois é, ele é simplesmente esplêndido, nós, que temos o “maldito dom” de distorcer o que é bom e transformá-lo em mal, mas, em sua essência o amor não muda.
Experimente senti-lo, experimente entregá-lo, experimente compartilha-lo, experimente apenas, “simplesmente” amar.
E eu que acreditei, desacreditei e voltei a acreditar, e eu que escolhi ser somente amor, se fui aceito pelo outro ? Não sei, é sobre mim, é sobre variáveis controláveis e o outro não é, ao menos quando olho dos olhos meus.
Não se pode controlar a inquietação, maldade ou “desejo” do outro, quem disse isso ? Prazer, eu sou o amor.
Seja feito de amor, seja o amor de alguém, para que alguém seja o seu, seja a pessoa certa para a pessoa certa.
Felicidade…
O que é ser feliz? Essa individualidade que nos cerca. Ser feliz é pessoal, singular, as vezes plural. Cantada a felicidade é viver em boa companhia, já dizia Saulo Fernandes. Vivida ela é um ato de rebelião contra tudo o que te traz mágoa, porque felicidade está na prateleira de alguma loja de departamentos, na mais contemporânea época, pode-se encontrar nas ondas da internet, pode ser voraz, nociva e leve, mas, tem uma coisa que jamais deixará de ser, o seu próprio ego.
Sem sentido…
Hoje foi um dia bem atípico, acordei com uma sensação de morte, não que eu saiba ao certo como é essa sensação, afinal, eu nunca morri.
Mas, tinha algo de errado, meu corpo falava através das dores, eu ignorava e caminhava a enfrentar meus medos e construir algo para o “futuro”.
Não sei ao certo, mas, as dores aumentavam e eu num gritar de socorro me prendia aos cacos que ainda me restam.
As lutas de sempre estavam ali, mas, como Lei de Murphy não falha, havia de piorar.
Anoiteceu e eu me dei conta de como tem sido minha vida, minhas lutas, sim, minhas lutas, eu sozinho choro, eu sozinho resolvo meus dilemas, eu sozinho grito desesperado, eu me viro em ser alguém do servir, servir apenas de encosto.
Daí a pergunta, não é verdade que diz o ditado que melhor só do que mal acompanhado!
Eu não tenho muitas escolhas, minhas decisões me trouxeram até aqui, aí recorro a canção de Chico Buarque e Edu Lobo “A história de Lily Braun”… E lembro das estrofes:
Nunca mais romance
Nunca mais cinema
Nunca mais drinque no dancing
Nunca mais “X”
Nunca uma espelunca
Uma rosa nunca
Nunca mais feliz…
Aí você deve está se perguntando “que porra esse doido quer dizer?”… Talvez nada, depende do entendimento, talvez tudo, depende do entendimento.
Hoje pensando sobre o amor…
Sobre o amor.
É indiscutível que o ser humano retrocede, primeiro estágio é se apaixonar pelo conceito que ele próprio formou com relação ao outro.
Nesse momento, não existe defeitos, só qualidades, fúteis, mas, qualidades: Bonito(a), cheirosa(o), inteligente etc, não tem espaço para defeitos, na verdade ninguém se apaixona pelos defeitos do outro…
Mas, ao caminhar juntos descobrem que assim como ele o outro tem defeitos.
A ficha acabou de cair, como conviver com isso? Deveria ser assim, quanto mais as pessoas se conhecessem, mais, o amor tendia a crescer, mas, ocorre exatamente o contrário, entra em cena um amor inventado e projetado sem o processo: namoro, noivado, casamento.
Isso frusta muita gente e acaba trazendo males incuráveis, antes de achamos a princesa ou príncipe, devemos olhar em nós, meus defeitos podem ser relevados? Eu preciso de ajuda, eu posso me permitir construir uma relação saudável a partir do que sou e do que o outro é? Mudar transforma, mas, crescer continua doendo…
Dificuldades…
Anos difíceis não é? Sim, mas, se observarmos todos os anos são difíceis, a diferença desses é que olhamos mais para as dores alheias, sempre é ruim pra alguém, pra um grupo, pra uma família, não importa, o que importa é o quanto nos importamos.
E quando nos importamos tudo muda, quando a solidariedade nos abraça, todos ganham. Somos um imenso quebra cabeças e precisamos do outro para nos formar, para
montagem.
Me coloco lado a lado com a sociedade para fomentar valores que são a essência da nossa empresa, queremos ajudar ainda mais, queremos um lugar melhor e para isso é que fazemos nossa parte, solidariedade é a palavra de ordem e dessa forma, desejamos a todo ser humano nesse planeta que mantenham a esperança acesa, continuem acreditando, afinal o próprio Cristo falou que teríamos aflições, mas, que não desanimemos, pois Ele venceu o mundo.
Um natal de bençãos e que a misericórdia do Senhor seja grandiosa em nossas vidas para que possamos ter um ano novo diferente, um ano novo mais unidos, um ano novo com a esperança renascida.
Nunca se fez tão necessário o olhar para o outro, o amor ao próximo, com seus defeitos, cismas, chatices, “quem é perfeito”? Vou além quem é descartável?
Por muitas vezes eu sou: amigo, psicólogo, pai, irmão, líder, mas, nunca patrão, sabe porque ? Porque eu me importo, eu aprendi a ser assim com um homem semi analfabeto, meu pai, e uma mulher analfabeta, minha mãe. Mais do que riquezas eles me deram sentimentos, amor, carinho, afeto, me deram o que eu precisava para viver nesse mundo e, hoje eu vejo parte deles em mim e eu passo isso a todos os que encontro pelo caminho.
Meu sorriso largo e meu abraço toda manhã ou tarde serve pra transferir um pouco do “bom” que tem em mim... E, sempre prego união, que se olhem e se ajudem mais, hoje eu quero pedir que ao irem deitar reflitam, sobre quem você é para o outro.
Como diz Maria Bethânia na sua canção brincar de viver: E eu desejo amar todos que eu cruzar pelo meu caminho... Como sou feliz, eu quero ver feliz... Quem andar comigo!
Sigmund Freud escreveu: Qual a sua responsabilidade na desordem da qual você se queixa? E eu ouso perguntar a vocês, sim, vocês que trabalham comigo: Qual a a sua responsabilidade na desordem do outro?
Podemos fazer mais, do clichê: “a união faz a força”... Sejam solidários e obrigado pela entrega, pelo empenho, pela luta diária de vocês, longe da família, dos amigos, da vida social, mas, se estão aí é porque vocês sonham e o realizar passa por um caminho estreito.
E nesse caminho eu vou está de mãos dadas com vocês, o mais importante, Cristo vai está na dianteira nos guiando.
Pra hoje? Um poema!
Eu amei
Em mim não existe arrependimento, eu amei, mas, não tive tempo e nem condições de amar, eu amei na adversidade.
No contrário das ondas, no andar contra o vento, no desespero da dor.
Na insônia de minhas noites, na solidão das minhas dores, eu amei na inutilidade que meu ser devora, na ausência de saúde em mim.
No pensar de uma canção de outrora, no pesar de quem não fui bastante, na incerteza do meu choro em pranto.
Amei sem poder amar, mas, amei!
Obs. Esse é um trecho do meu livro: O último dia, do último mês.
Uma frase ou um poema… Parte 1
Lápide
Fiz tudo que o tempo me permitiu fazer, mas, ainda que tivesse tempo, seria tarde pra fazer o que não fiz!
Rarear
Quando o pouco de bom rarear
E a vida for escura e ruim,
Quando o riso se esconder no ar
E o peito doer sem ter fim…
Quando o dia não nascer lá fora
E a esperança se vestir de ausência,
Quando tudo gritar “vai embora”
E o tempo calar a paciência…
É nesse silêncio sombrio e profundo,
Que mora uma força que ninguém vê,
Um brilho que não é deste mundo,
Mas que arde em mim, sem porquê.
Nunca é tarde pra lembrar,
Mesmo entre as pedras do caminho,
Que o sol, sem precisar se mostrar,
Segue aceso, dentro de mim, sozinho.
É chama, é fé, é vontade
De florescer na contramão do vento,
Mesmo que falte claridade,
Sou eu quem trago o firmamento.
Pois quem carrega o sol no peito
Pode enfrentar qualquer fim,
E mesmo em dias de imperfeito,
Ainda há luz… Dentro de mim.
