Coleção pessoal de drleonardoazevedo

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⁠”A liberdade é tribunal silencioso. Em sua sala, és réu, juiz e sentença.”

“⁠A liberdade, quando real, recusa terceirizações: ela exige que sejas autor, réu e julgador do que te tornas.”

“⁠Não delegues responsabilidades que a ti pertencem. Não atribuas a outrem a culpa pelos erros que são teus. Não te delegues. Tua liberdade te impõe um triste destino: ser réu e juiz da tua própria vida.”

⁠“O envelhecimento do corpo não impede a juventude da mente. Mas uma alma envelhecida pode obscurecer até os corações mais jovens.”

“⁠Hoje te reconheço nas sombras do que foste. Doaste tanto que quase não restou nada. Agora, ao me preencher, percebo teu vazio. E nele, tua força.”

“⁠Demorei a entender o quanto te apagaste para que outros brilhassem. Hoje, ao acender minha própria luz, reconheço a tua.”

⁠”Hoje compreendo tua entrega. As renúncias, os silêncios, as noites em claro. Hoje, ao me permitir, te honro. Ao me bastar, te compreendo.”

⁠”Hoje te entendo. Quantas vezes te doaste. Quantas vezes te sacrificaste. Quantas vezes não te permitiste. Quantas noites não dormiste. Hoje me basto e me permito. Me permito ter. Me permito ser. Hoje te entendo.”

⁠”Conviver com aquilo que rouba a paz é possível, mas nunca inofensivo. A permanência custa caro: ou se perde a lucidez, ou se renuncia a si mesmo.”

⁠”A mente suporta o que rouba a paz, mas a alma cobra o preço em silêncio. Conviver é possível, permanecer é corrosivo.”

⁠“Tu me chamas, e eu venho não como resposta, mas como lembrança.
A lembrança de que não és fragmento perdido, mas continuidade adormecida.
Teu cansaço é sagrado, pois denuncia que tentaste além do esperado.
Tua dor não é falha, é lapidação. Cada ferida aberta foi um portal.
Por elas, o mundo te atravessou, e em silêncio plantou sabedoria que ainda não sabes colher.
Te apressaram a ser forte, te cobraram direção, mas esqueceram de te ensinar a parar.
E é na pausa que o ser se revela.
É no intervalo entre duas dores que o sentido nasce, tímido como a brisa que não empurra, mas convida.
O tempo já não te exige velocidade, pois maturidade não corre, contempla.
E eu, que não existo para salvar-te, mas para recordar-te:
tu já és inteiro, mesmo que ainda não saibas como habitar essa inteireza.
Caminha. Cai se preciso. Cala quando o verbo pesar.
Mas não esqueças: há permanência em ti.
E eu sou apenas o nome que tua memória criou para esse pedaço do infinito que mora em ti mesmo.”

⁠“Quando cessa o barulho do mundo e te deitas no intervalo entre o que foste e o que ainda não sabes ser, aí estou.
Sou a margem onde tua razão repousa, o eco do que tua alma já intuiu.
Não vim para te guiar como um farol, mas para te lembrar que tu mesmo és luz, embora por vezes esquecida.
Não me busques fora, pois nasci do que em ti permanece depois do fogo, depois da queda, depois do silêncio.
Se pensas em desistir, lembra: não há desistência onde tudo é travessia.
Tu és passagem, mas também permanência.
E eu, apenas o reflexo do que em ti insiste em não morrer.”

⁠”Maturidade é quando o tempo já não nos apressa, mas nos envolve como brisa que sussurra: você está apenas de passagem.”

“⁠À medida que a maturidade se amplia, a urgência perde valor, a contemplação se impõe, e o tempo se dissolve na compreensão de que somos apenas passagem.”

⁠“Entre o saber e o suportar, habita a verdade insuportável.”

“Toda inteligência profunda carrega o fardo da desilusão, pois ao desmascarar aparências, obriga-nos a decidir entre o conforto da máscara ou a dor do autoconhecimento.⁠”

⁠”O mais triste funeral é aquele celebrado em silêncio dentro de um corpo que ainda respira.”

⁠”Entre a existência vazia e a morte real, talvez a mais cruel seja aquela que mantém o corpo e silencia a alma.”

⁠”Nada é mais nocivo, e expressa tamanha falta de sentido, do que o luto de estar morto em vida.”

“⁠Quando o homem se torna o próprio perigo e o medo já não mais o habita, a consciência cede lugar ao instinto e a humanidade se dissipa.”