Coleção pessoal de Denisevalentim

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“Absinto nos canaviais”

Folhas de sabedoria,
Expande todo absinto...
Quão feitiço!
Tentações ao chão limpo.

Embriaga-se quem bebe...
Bebida de ler!
Água ardente de pele...
Contém chamas do prazer.

Canaviais... Esquentam!
Fogo ao açúcar a fazer...
Linhas temperadas que tentam,
Traz-me aos olhos prazer!

Absinto dessas terras...
Letras cursadas em punho!
Feiticeira de cheiro e ervas...
É a poesia que sinto em sonhos.

Por favor... A conta deste amor!

Este som é meu ritmo...
Sim... Letras com teu nome!
A linguagem que entendo,
O número que ligo na fome.

Entrega meus pedidos,
Sacia-me... Fecha porta!
Fica comigo...
Este pedido não se anota.

Retira a minha roupa...
Com teu olhar me rendo!
Incendeia meu corpo,
Deixa teus vestígios...

Quero de tudo um pouco,
Teu amor, mimos e perigos...
E do mundo me desligar.

Vou roubar tua paz!
Aprisiona-me no teu peito,
Como feitiço que não se desfaz...

Deixa-me de amor tonta!
Saciada de amor, tudo aceito...
Inclusive, no fim de tudo... A conta.

“Desejável lua”

Quando te vejo o sol brilha...
Às carregadas nuvens passam!
O ar é uma sonora trilha,
E as horas lentas nos abraçam...

Paramos de amor o tempo,
Colorindo-nos...
Há dias de cor preta alvejada!
Abraçamo-nos em arco íris lento...
De infinitas cores desejadas.

Sobre o céu lindo a nos encantar!
Deixamos vida real sem nossa vista
Prevendo estrelas nos acompanhar...

Que brilhe a lua no seu reino noite...
Já reinamos todo o dia a dois!
E incansáveis...
Admitimo-nos também Boca- da- noite!
Assim então, desejável lua... Sois.