Coleção pessoal de demetriosena

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⁠DELEGANDO A SAUDADE

Demétrio Sena - Magé

Dessa vez me deixei esperar que sentisses
a saudade que sempre fui eu que senti,
porque minhas crendices de afeto profundo
se tornaram a praia da minha renúncia...
Sei que nunca virás, o teu orgulho é pétreo,
pois te pus num altar do qual nunca desceste,
como nunca venceste a ti mesma por nós;
só me coube calar; nunca ter a razão...
Finalmente arrisquei-me a te arrancar de mim,
ao dar fim à procura que só era minha,
sabedor da blindagem no teu sentimento...
Resolvi dessa vez me dar voz de silêncio,
pra deixar teu silêncio te pedir a voz
e mostrar quantos nós tu ataste aqui dentro...
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JANJA: CIDADÃ DE PRIMEIRA CLASSE

Demétrio Sena - Magé

Uma das frases mais infelizes que já ouvi, no jornalismo moderno - ou que deveria ser moderno -, veio do âncora que mais admiro, na atualidade. Ao afirmar que "Janja só perde a linha porque o marido permite", César Tralli aderiu à clássica forma de machismo e misoginia mais difícil de combater, porque se oculta no duplo sentido. Quando (e se) alguém disser ao Tralli que ele foi machista e/ou misógino, sua defesa será cinicamente simples: que só se referiu a protocolos de poderes instituídos, e quis dizer que a primeira dama comete ou diz impropriedades, porque o presidente não a orienta sobre os comportamentos e as falas protocolares.

Por outro lado, o presidente Lula foi completamente feliz em sua resposta, não sei se ao Tralli ou a mais comentários desta natureza. Cravou, em redes sociais, que Janja fala o que quer, porque não é cidadã de segunda classe. Tal fala, o presidente poderia repetir em qualquer ambiente, sem precisar explicar contexto algum, porque não contém dubiedade, camuflagem ou esperteza. Janja é uma cidadã livre, independente, uma mulher autossuficiente como tal, que tem direito aos acertos e erros de suas atitudes e manifestações, sendo ou não, esposa de presidente.

No caso de sua fala, na China, sobre o Tik-Tok, Janja quebrou, sim, o protocolo. Mas aproveitou a melhor oportunidade que alguém poderia ter, de falar sobre os danos causados por essa rede social que tem sido amplamente utilizada para empoderamento da truculência, dos preconceitos mais arraigados e dos ideais perniciosos da extrema direita, especialmente no Brasil. O presidente da China sentiu o impacto das palavras de Janja e afirmou que as autoridades do Brasil podem ficar à vontade para tomar quaisquer decisões pertinentes a respeito do assunto.

Muitas mulheres, inclusive ligadas à esquerda política, e por isso defensoras do empoderamento feminino e seu lugar de ação e fala, vêm criticando a primeira dama, por sua liberdade, justamente nesse campo. Elas concordam que Lula deveria cercear e mandar Janja "calar a boca". Mantê-la na linha, sem arroubos de protagonismo, porque "o astro é o seu marido; não ela". Sobretudo, nosso complexo de vira-latas traumatizados com pedradas e chutes do primeiro mundo parece exigir de todos nós, o medo perpétuo de falar grandes verdades... e das mulheres, a perene avaliação prévia dos homens, de seja lá o que for que dirão em público.

Isto não é sobre a primeira dama. É sobre a mulher, na sociedade contemporânea.

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⁠CACTO E CAQUI

Demétrio Sena - Magé

O caqui que caiu cá no cacto,
fez um pacto tático com ele;
que caiu, porque cair caiu bem,
pois intacto, alguém o comeria...
No impacto prático, o caqui,
diz que aqui só caqui é consumido,
porque coco, sumido do consumo,
não é rei da cocada, já faz tempo...
E o cacto, amigo do caqui,
fez do pacto e sua ruptura
com crítica e sólida solidão...
Pacto do impacto compacto,
é que cacto e caqui castigarão
quem comer o caqui que aqui está...
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⁠VERSOS ANTI-CURRAL

Demétrio Sena - Magé

Um governo está sempre devendo ao país;
não entendo quem ache que tudo está bom;
só um povo infeliz enaltece a quem paga,
sem sentir os efeitos de pagar impostos...
Multidões sempre sofrem com desigualdades;
há governos melhores por comparação,
mas nenhuma nação é feliz por completo
nem há povo que tenha por que festejar...
Os heróis que aclamamos debocham de nós;
temos voz emprestada pra brincar de gente
nessas frentes de lutas por cidadania...
Nosso voto recente nos livrou dos bichos
que roíam direitos e cavavam caos;
mas louvar menos maus não nos dignifica...
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⁠PACTO

Demétrio Sena - Magé

O nosso pacto,
era que algo
tão compacto
não causaria
tanto impacto...
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⁠SOBRE OS "DONOS" DO BEM PÚBLICO

Demétrio Sena - Magé

Ao "decretarmos" que um espaço público aberto... "é publico!", para justificarmos uma possível utilização particular, sem nenhuma solicitação formal prévia para liberação desse espaço, somos totalmente arbitrários e contraditórios. Afinal, tornamos privado o que é público e suprimimos para todos mais, o direito de ir, vir e utilizar.
A rua, por exemplo, é pública. Todos podem transitar, sentar em uma calçada e até ficar no meio dela, em pé, olhando para o céu. Mas ninguém pode cercá-la para um evento, sem antes recorrer ao setor de ordem pública do município, para consulta prévia de viabilidade sobre dia, horário, som, trânsito, natureza do evento e muitas outras questões. Isso, todos podem fazer, utilizando critérios lineares estabelecidos pelo poder público.
Fazer obras na rua, na calçada ou em uma praça; pôr barricadas e quaisquer outros impedimentos, para dificultar acessos... desmatar para qualquer fim, as áreas públicas de preservação ambiental... invadir escolas públicas (ambientes sempre desrespeitados pela população) para realizar atividades não agendadas, tudo isso é proibido. É privatizar arbitrariamente o público; tomar para si, como pessoa ou grupo, definitiva ou provisoriamente, o que é de toda a população.
O que me deixa intrigado, é que essas pessoas arbitrárias, truculentas e "brabas" que usam ruas, calçadas, praças, escolas e outros bens públicos, como seus, não invadem também, delegacias, fóruns, áreas ambientais vigiadas e quartéis. Esses espaços também são públicos, mas neles, os mesmos trogloditas miam.
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⁠SENTIMENTO DE EXCLUSÃO

Demétrio Sena - Magé

Meu sentimento de exclusão é algo inexplicável. Isso me deixa em conflito, porque não é só um sentimento, eu sei, no mais mais profundo em mim... mas não consigo apontar os atos em derredor, que fazem me sentir excluído. Só me sinto e calo, porque no contexto e na ambientação do meu sentimento, é sábio não agir. É prudente me calar. Prudente, neste caso, chega a ter o sentido de bom "pro dente".
Quando criança, eu tinha muita facilidade para ser "curto e direto" sobre meu sentimento contínuo de exclusão. Afinal, todos eram curtos e diretos nos motivos contundentes que me davam para sentir-me assim. Ninguém tem medo nem se constrange de fazer uma criança ou um adolescente chegar à conclusão de que não lhe cabe nenhum pertencimento em um grupo, ambiente ou clã. É fácil fazer isso, onde os outros também fazem.
Excluir um adulto perceptivo, conhecedor básico do sentido da exclusão, é mais complicado. Especialmente nestes tempos de tantos discursos e algumas leis anti-exclusão. Até nos ambientes familiares, onde geralmente ninguém aciona judicialmente ninguém por preconceito, exclusão, separatismo, as pessoas têm cuidado. Não sabem quem assumiria com elas os próprios atos impulsionados pelos mesmos sentimentos que todos veem como vilania, no outro.
Conheço desde cedo, externa e internamente, a exclusão. Externamente, há casos em que a lei resolve, se valer a pena, depois dos constrangimentos. Internamente, não, porque a presunção do afeto em torno, apesar da exclusão, aciona o meu afeto. E como tudo o mais também fica no campo da presunção, pois em tudo há uma linha tênue que gera dubiedade, resta o sentimento questionável de exclusão.
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⁠COMO TE AMO

Demétrio Sena - Magé

Por te amar como amo, cresci como gente;
porque antes amava sem essência e tino;
vim achando a tu'alma e descobrindo em mim
que o destino foi feito pra me fazer teu...
Eu te amo com graça que o tempo somou
sobre todas as somas de nossas vivências,
a minh'alma tomou, gole a gole, na taça
do meu sonho afetivo, as essências das horas...
Por te amar como amo, tudo vale a pena;
cada cena da saga que traçamos juntos
e fizemos dos juncos um cesto profundo...
Vim te amar como amo, nas idas e vindas;
nos aindas e jás desse jazz de viver
para ver flor e fruto em estação propícia...
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⁠A LUA E SEUS AMANTES

Demétrio Sena - Magé

A lua é o eterno clichê dos poetas, fotógrafos e namorados. Aos olhos comuns, é sempre a mesma, em suas únicas quatro poses... ou fases estáticas, até a próxima mudança em sua solidão no deserto celeste noturno... algumas vezes matinal... outras vezes crepuscular... mas sempre a mesma.

Fotografar os desempenhos lunares é ato repetitivo e de pouca originalidade, se não explorarmos o cenário de um céu semi-nublado, por exemplo... pois as nuvens, sim; essas nunca são iguais. Ou se não aproveitarmos interferências terrenas como torres, árvores, postes, insetos ou pássaros noturnos que a "cruzam"... quem sabe até trabalharmos sobreposições com outras fotos também autorais.

Não sendo assim, fotografaremos as mesmas poses lunares que já infestam a web. Isso
nunca será plágio, se realmente a fotografarmos; porque a lua, tanto quanto a rua, é pública... mas é de pouca originalidade, simplesmente apontarmos para ela e dispararmos o velho clique precipitado.
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MEDO DO ⁠CLARO

Demétrio Sena Magé

Eu tenho medo do claro;
meu corpo todo estremece,
porque me sinto inseguro...
é justamente no claro
que a escuridão aparece...
e me dá medo do escuro...
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⁠LUA INTERROMPIDA

Demétrio Sena - Magé

Não há tempo capaz de calar a saudade;
uma falta que nutre um buraco sem fim;
como sei que viver é missão nos imposta,
digo sim ao caminho e faço meu melhor...
Mas não há um só dia sem saudade sua,
na certeza do tempo que não foi bastante
para vermos a lua com todas as fases,
após todas as fases de tantas vertigens...
Foram poucos os anos de colo tardio;
sem aquelas corridas por sobrevivência,
contra o frio, a doença e a fome total...
Seu amor foi o mundo que valeu a pena;
foi a nossa vontade maior de vencer
e viver por mais tempo nossa lua nova...
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⁠INQUIETAÇÕES LEIGAS SOBRE A BIPOLARIDADE

Demétrio Sena - Magé

Entendo e respeito a bipolaridade no seu aspecto não massificado. No aspecto que não virou moda (dizer poucas e boas quando quer, depois virar anjo; ser gentil agora e daqui a pouco agredir, sem nenhum peso na consciência; perder a consciência... amar e odiar, fazer o bem e o mal como quem troca de roupa).

Tenho como certo, que bipolaridade causa variação de humor: alegria e depressão num piscar de olhos; tensão e calma; medo e coragem, pontuais ou vertiginosos. Mas não causa variação de personalidade nem de caráter. A pessoa não é ora vilã, ora "mocinha" ou "mocinho". Bem educada agora, sem educação logo depois... honesta e desonesta, boa e má, gentil e perversa, capaz e incapaz de amar e ter bons sentimentos.

Não acredito em bipolaridade calculista, planejada, utilizada como vingança e afago, a depender da carência ou não carência do momento. Bipolaridade não é manipuladora e a pessoa nem tem esse controle, pois é bipolar; não psicopata.

O laudo de bipolaridade não pode ser uma "carta branca" para quem deseja romper com os compromissos de afeto, ética e bom senso, pois o bipolar não é incapaz mentalmente... nem com as suas prerrogativas de responsabilidade social e humana... ou com a intenção de ser sempre acolhido, respeitado, e só acolher e respeitar quando lhe "der na telha".

Não tenho formação em área que diagnostique. Só vivência e observação para intuir que a bipolaridade é interna. Extravasa, sim, é sentida pelo outro, mas não de formas intencionais e má fé. O bipolar não é um psicopata; porém, um psicopata pode ser bipolar. Aí sim, ele usará o diagnóstico, não como bipolar, mas como pessoa de mau caráter; personalidade manipuladora e perniciosa.

Posso ter dito um monte de incoerências... fazer o quê? Só espero que o possível texto incoerente seja bom o bastante para fazer entender minhas inquietações leigas com o assunto.
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⁠LADRÕES DE TALENTOS

Demétrio Sena - Magé

Aspas não bastam. Elas indicam que o texto (prosa, verso, letra de música...) ou fragmento não é seu, mas não honram autoria. Como muita gente não sabe a razão das aspas, vejo má fé na citação escrita e oral, pois a pessoa conta com isso para passar como autor(a) perante quem ouve ou lê, e por outro lado, defender-se dos possíveis flagrantes: "Ué; mas eu pus as aspas!".

Qual é o problema de muita gente, com a citação de autorias ou do franco desconhecimento delas, com a citação 'autor desconhecido'? Alguém acha mesmo que autores e autoras, ainda que não saibamos quem, não merecem isso? Será que uma pessoa fica realmente satisfeita, em seu íntimo, quando alguém elogia "sua obra", que não é sua? Não há nenhum desconforto em seu ego fraudulento, ao ocorrer isso? Não consigo ver ingenuidade ou descuido em quem não respeita o que é do outro; seja esse outro, famoso, desconhecido ou incógnito.

Nestes tempos, fala-se tanto em mérito, e no entanto, em algo tão simples esse mérito é sonegado por quem deseja "méritos desmerecidos". Ganhar louros (muitas vezes até dinheiro e troféus) com o talento alheio não tem outro nome, para mim. É mau caratismo que os velhos truques como aspas, camuflagens (o plágio) e outros recursos não têm como disfarçar.
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⁠HONESTIDADE FORMAL

Demétrio Sena - Magé

Tem gente "toda certinha" com os impostos devidos ao governo, mas toda errada com pessoas comuns a quem deve desde nem sabe quando. Que sempre foi fiel com as mensalidades do clube que frequenta; entretanto, é desonesta com a pessoa que lhe vendeu algo de uso pessoal porque precisava de um dinheiro extra em poucos dias.... e continuou precisando.

Há muita gente incapaz de fazer um "gato" na sua energia elétrica, o que é muito bom... mas não tem qualquer drama de consciência por dar pequenos golpes que representam grandes prejuízos a amigos, alguns afetos ainda mais próximos e até estranhos casuais. É fiel com o banco e sempre deixa quem precisa para depois e depois. Nunca deixou de pagar religiosamente o dízimo em sua igreja, porém jamais socorreu um semelhante necessitado, nem de suas relações mais estreitas.

Conheço gente que jamais prejudicaria o patrão nem a empresa na qual é funcionário... por outro lado, prejudica sem nenhum drama os colegas de trabalho, muitas vezes para obter benesses e privilégios do patrão. Tem o nome limpo no SPC, no SERASA, nas outras instituições sócio-financeiras, e tem nome sujo com as pesssoas à volta.

É o tipo de gente que só é gente na formalidade. Só é correta quando prevê consequências. Respeita CNPJ, só porque aprecia manter a fachada para não se sabe que ou quem. Mas menospreza CPF, se não for o seu, porque acredita que nenhum CPF alheio é necessário para sua lavagem de falsas austeridade e cidadania.
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⁠VOLTE PRO MUNDO

Demétrio Sena - Magé

Perdeu aquele sorriso espontâneo; a simpatia que a todos cativava. Já não sorri. Só ri. E quando só ri, fica entre o riso espremido, repetitivo e o só riso exagerado e nervoso. Afora o grupo uniforme que segue com fervor doentio, todo mundo é mau, se não for do meio. Esse preconceito extremo tirou o brilho de seus olhos. E a liberdade para pensar, sentir e viver sem "orientação superior" ficou suspeita e perigosa. Melhor nem tentar.

Cultura, se não for específica do seu meio, não presta. A sociedade "cá fora" está toda contaminada, segundo as orientações que recebe. Merece viver, "comprar, vender, casar, dar em casamento, ser influente na sociedade"... ou ter o sinal da besta, só quem segue a mesma cartilha. Perdeu-se, pelo medo incutido, de se perder. Converter-se ao evangelho de forma tão equivocada, foi o fim de quem se deixou levar, com tanto pavor, pelos mitos do arrependimento por ter nascido e vivido até então.

Volte pro "mundo". As nuvens onde você vive são de fumaça tóxica e matam sua essência. Pessoas de verdade aguardam seu despertar para uma realidade vencível... sem exércitos sobrenaturais e utopias do "poder do alto" para compensar o quanto você virou usufruto dos golpes baixos de líderes religiosos unidos aos poderes político-partidários, para dissecação do seu eu, em nome de um nós espinhoso e cheio de nós.
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⁠DIGNIDADE PESSOAL

Demétrio Sena - Magé

Olhe; não tenha medo de se misturar com um amigo, por causa de um patrão, ex-patrão ou qualquer pessoa que você bajule por posição social - real ou fictícia -, que não goste desse seu amigo. Pense que, a pessoa que você bajula não tem medo de ser vista com você e com qualquer outra pessoa que você ame ou deteste, pois sabe que não perderá sua bajulação por nada nem por ninguém deste mundo. Além de ser uma questão de afeto e de sinceridade, é também uma questão de foro intimo e de um dedinho de dignidade pessoal. Pense nisso.
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INDIGNO ADEUS

Demétrio Sena - Magé

Com franqueza teria resolvido;
na doçura; contudo, com franqueza;
meu ouvido acharia o coração,
pra mostrar a grandeza do seu ato...
Bastaria fluir palavras limpas
que viessem direto lá do fundo,
com o mundo ajudando a traduzir
sua essência, o sentido, a retidão...
Tudo pode ajudar, se for sincero,
a fazer digerir uma verdade
sem alarde nem tanto alarme falso...
Dizer tudo com todos os matizes
nos faria felizes na tristeza
desse adeus que perdeu dignidade...
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⁠FALSAS POLÊMICAS

Demétrio Sena - Magé

Seria perfeito, se ninguém tentasse polemizar com futilidades como fofocas de vidas pessoais, agressões públicas gratuitas a seja lá quem ou o que for, para mostrar valentia. Muito menos com perseguições a pessoas comuns... talvez até conhecidas em suas comunidades, porém comuns. Polêmica, mesmo, a gente faz com instituições duvidosas de qualquer segmento e com figuras públicas, em assuntos de amplo interesse nacional ou pelo menos regional, quando tais figuras cometem algo danoso à coletividade. A polêmica verdadeira critica e denuncia o que fere ou subtrai os interesses coletivos, a dignidade social, e o seu objetivo é o bem estar de todos. Ou seja; o interesse de quem polemiza de boa fé não é exatamente polemizar. É contribuir para uma sociedade mais humana e cidadã. O resto são picuinhas. Pequenices de quem quer aparecer, de maneiras forjadas e inconsequentes.
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⁠NOTÍCIA URGENTE

Demétrio Sena - Magé

Na manhã desta quinta-feira, uma bala perdida foi vítima de um formigueiro, às margens da Rodovia Rio - Magé, altura de Suruí. Fomos informados de que as formigas estão bem - e felizes, pelo achado que as alimentará por muitos dias. Isso nos faz sonhar com um tempo longínquo em que todas as balas perdidas, especialmente na cidade maravilhosa (e perigosa) do Rio de Janeiro serão açucaradas e farão bem a tanta gente; digo; formiga... tempo de muita formiga com a boca cheia de bala e nenhum ser humano com a boca cheia de formiga. Só assim poderemos brincar livremente com as palavras... sem nenhuma ironia.
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⁠DESPETALADO

Demétrio Sena - Magé

Foram muitas as mágoas; não contaste,
porque sempre fechei a tua conta;
fiz de conta que a conta não contava
pro excesso de afeto ativo em mim...
Pus bandagens floridas nos meus cortes,
perdoei minhas dores com silêncios,
minhas mortes com chances que me dei
de viver pra te dar mais uma chance...
Houve um dia; dia desses qualquer,
em que pude me achar no turbilhão
desse teu malmequer em minha flor...
Recolhi meus perdões e tive o brio
que o vazio de ti já renegara
com o teu tanto faz pra meus descontos...
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