Coleção pessoal de cristianeps

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Cadê a sua educação ?

Hoje falei para uma atendente bancária: "Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar !"

Estava eu, em frente a uma mulher de meia idade, solicitando educadamente que ela fizesse uma transferência de valor para um outro banco. A atendente, num tom de voz pretensioso e alterado afirmou-me que a conta que eu estava mostrando para ela estava errada e negou-se a efetuar a transferência.

Percebi um certo desconforto nela, algo a incomodava e não era eu.
Pensei então que o dia estava sendo ruim para ela e que talvez ela pudesse ter razão quanto ao número da conta bancária e fui ao outro Banco para confirmar.

Confirmada a conta, nada de errado, voltei ao banco para realizar a transferência, peguei nova senha, esperei e tive a sorte de ser atendida pela mesma mulher.

Digo sorte porque falam que o raio não cai duas vezes no mesmo lugar: é mentira!
Cinco estações de trabalho, cinco atendentes: duas vezes, no mesmo dia, atendida pela mesma pessoa...

Ela me reconheceu e gritou: "Já não falei que esta conta está errada!?"
Eu respondi calmamente e baixo: "Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar ! E mais, educação enferruja por falta de uso. Por favor, faça a transferência porque acabo de confirmar a conta!"

Depois disso, não lembro mais de ter ouvido a voz dela. Mesmo assim, antes de ir embora, agradeci e disse: "não se esqueça de ser feliz !"

E eu ? Saí de lá e fui tomar sorvete !

É, eu soube que Jesus disse ter saído de sua terra por que nela ninguém acreditava que ele era o profeta, ele precisou ir para outras terras para se firmar.

Acho que é assim que acontece com todos... na semana passada aconteceu comigo!
Uma pessoa próxima resolveu fazer algumas fotos... mas achou que sairia caro (isso porque eu e minha sócia demos 50% de desconto)... a desculpa para não fazer foram os gastos - apesar de gastar horrores com outras coisas ou pagar pessoas menos próximas para ajudá-la a fazer 'coisinhas'...rs!

É interessante esse fenômeno, quanto mais íntimo é alguém menos acreditamos em seus conhecimentos! Depois desse episódio, fiquei pensando se isso não é um reflexo de nossa própria desvalorização. Temos uma ideia internalizada de menos valia. Acreditamos lá no fundo que não somos grande coisa, sabemos que não conhecemos tudo.

Claro que isso é uma suposição. Uma outra hipótese é: nós conhecermos os pontos vulneráveis desse “santo”. Quando vivemos muito próximos vemos suas falhas e fomos ensinados a não confiar no que falha... Quem está distante dá a impressão que não erra, acho até que por isso achamos que 'a grama do vizinho é mais verde', como não convivemos com ele vinte e quatro horas por dia não o vemos falhar, então os achamos perfeitos, a perfeição que não temos e que nosso “santo” tem.

Para fazer milagre um santo não pode enganar-se, nós exigimos isso, e isso só acontece na nossa imaginação, quando a criatura está longe de nossa vista, vemos sua vida intermitentemente, só as partes que aprovamos, então ele torna-se autoridade em algo. Se chegamos mais perto, provavelmente nos decepcionaremos.

Vou lhe dizer uma coisa, não existe santo que não se engane, e mesmo falhando fazemos milagres, esses eventos não são exclusivos da perfeição, são movimentos naturais da existência.

E para terminar proponho ainda uma variação do provérbio “Santo de casa não faz milagres”, para “O santo de casa já fez milagres lá fora”.

Vamos aprender a confiar no santo de casa e valorizá-lo como ele merece!

Sempre acreditei que é muito melhor sermos o que realmente somos a viver como as pessoas acham que deveríamos ser.
Tem muita gente por aí que acredita fielmente nas próprias convicções e julga o outro pelo que vê e, assim, já afirmam que conhece determinada pessoa.
Quem já não se surpreendeu com alguém na vida?
É claro, que às vezes as surpresas são boas e, às vezes ruins.
As surpresas boas serão sempre bem-vindas!
Bem, nem sempre o que vemos do outro é a realidade, falo por experiência própria.
Já me apaixonei por um lindo que era um idiota, já desgostei das ‘caras e bocas’ de uma pessoa que hoje é uma grande amiga, já me vi julgando sem conhecer, falando coisas do tipo: ‘ridícula’, ‘metida’, ‘sem noção’, rs... sem falar nos outros adjetivos pormenores.

Metida, brega, rica ou pobre... eu sou o que sou e talvez, meus gostos mudem, mas minha essência – não!
Eu gosto de novelas, filmes de comédia, dar risada alta, fazer compras, viajar, andar descalça...sair desarrumada - não (rs).

Adoro surpreender as pessoas ao meu redor e deixá-las indecisas, do tipo - quem é ela ?

Já vi pessoas me analisando dos pés a cabeça, já vi gente sorrindo quando na verdade queria me esganar, já vi gente na minha frente fingindo não gostar de mim, mas por dentro me admirando pelas atitudes que tenho...é isso mesmo, eu sinto. Porque sei que coragem não me falta - falo e faço o que eu quero, fora as exceções.

Ontem ao surpreender alguns, fiquei eu surpresa comigo mesma, pela desenvoltura de conviver, mesmo que por alguns momentos, com pessoas que eu achava que não teria conexão comigo, pela diferente forma de pensar, agir e se comportar diante do mundo.

Pela forma como eu agi, sei que fui o assunto principal do final da noite e que muitos estão se perguntando o que me fez mudar, sem saber que eu não mudei, só fui com estas pessoas, um pouco do que sou com os meus amigos.

Espero de coração que as pessoas, assim como eu, diminuam com os pré-julgamentos, amadureça a ideia do diferente – sem essa de melhor e pior, aprender a enxergar melhor quem nos cerca. Sem criar expectativas e nem pôr nossas esperanças sobre as pessoas.

Quanto à minha mudança, posso lhes garantir: estou sempre tentando ser uma pessoa melhor do que o dia anterior... às vezes, eu não consigo, mas muitas vezes eu sou muito melhor do que eu.