Coleção pessoal de cristianapoloo

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⁠Sempre romantizei a tristeza, assim como, a solidão. Talvez, porque faça tanto sentido pra mim.
Há lugares Inabitáveis por tolos, acha-se territórios onde não sentimos necessidade, em sentir-se necessário. É tão livre a solidão, intelecto pode ser associado a melancolia, de uma forma tão plausível, que chega a ser comovente.
São tempos de informações inúteis e, aglomerações virtuais, sedentas por algo inexistente.
É impossível não amar o que todos nós nos tornamos.

⁠O frio me assombra
Em um duelo com minhas veias
Que fervem meu corpo
Lágrimas secas escorrem
Esperanças vazias se evacuam
Cada nascer do sol
Em mim ocorre um velório
Engolido, pelo próprio lençol
As vezes um sorriso contraditório

Pessoas gritam silenciosamente
Meu orgulho me tornou um prisioneiro
Somente eu tenho a chave
Que ousa se esconder dentro do que penso
Trêmulo de medo
Coragem se sonegou
Eu não tenho forças para empunhar uma espada
Apenas deixe-me debaixo de um escudo
Eu perdi a vontade de rimar
Mais uma vez, outro choro
Mais um dia, outro dia

⁠Tropeçam sobre meu corpo, ali jogado, ferem minha alma que já anda tão desiludida. E quando ninguém vós exerga? E quando nem mesmo você se sente?
Vazio e invisível, assim nos vêem, assim nos sentimos, em meio a multidão tão distante, que vaga ao nosso lado. Perdidos, sem saberem o que, ou quem procuram, dias tristes, noites longas, fotos sorridentes. Felicidade escassa, misantropia em evidência!

⁠Perecemos, anexados aos nossos sonhos, o que resta são apenas o corpo e, alguns momentos de efemeridade. Quantas pessoas desiludidas vagam por anos, esperando apenas para serem enterradas? Uma vida, um sonho e, anos de decepções! Em qual momento você parou de se sentir vivo? E por qual motivo vaga como se existisse a possibilidade de algo ser restaurado?
A gente já perdeu, nós já estamos perdidos! Me pego dia pós dia sem um desígnio, e sinto que isso me mantém frustrado.

⁠Criar uma essência própria, fundamentada na mais pura liberdade, é o propósito de vida mais encantador segundo Simone de Beauvoir! Quando você sobrepujas o nível material, no momento em que nada mais te define ou situação nenhuma te sujeite, você sentira a real liberdade e consequentemente irá se deparar com um novo conceito de felicidade, que vai além do estar ou possuir.
São tempos dificultosos para quem é Diógenes e, tornam-se dias duvidosos pra quem é Hamlet, mas são tempos de absorver o que há de melhor em cada distúrbio como fez Van Gogh.

⁠Quando a luz não emite mais o mesmo brilho, um reparo é primordial. Isso vale pros sonhos, isso serve pra alma!
Granjeio motivos pra mim mesmo não se apagar, e readquirir o brilho que à tantos já cativou.

⁠Esforços em vão, andando a passos largos em direção a uma morte quiçá, tão ordinária quanto os batimentos que pulsamos em vida. Se dermos sorte, o único vestígio que deixaremos, será nosso nome. Por isso não se trata de sobreviver, tão pouco acumular! Sobeja apreciar momentos efêmeros, pois o prazer é algo estimulante e, no fundo vivemos, única e exclusivamente por ele.

⁠Amor Fati
Eu já vivi tudo isso! A vida é um eterno retorno.
Toda dor, mortificação e, melancolia devem receber uma apreciação digna! Como é hospedeiro tamanho sofrimento, de que modo posso ignorar a beleza dessa notável, mas por vez indesejável solidão?

Bens
⁠Tenho acumulado, o mais raro dos tesouros. Algo que jamais poderemos ver a olho nu, nem será capaz de ser tocado.
Estou apegado ao desapego material e, a alienação moderna que nos leva ao esclavagismo.
Mais do que possuir, conhecer ou até mesmo ser, minha vida se resume em sentir. Como é fascinante a imprevisibilidade, do modo que, me domina a sensação de ser livre ao invés de estar seguro.
Até a total liberdade assusta, mas somente na mesma podemos entender quem somos. Subsistimos e, logo com isso nos tornamos seres sedentos, para sentir o pulsar do real significado de viver.

⁠Tudo passa! Pessoas, situações, prioridades, motivações e até mesmo quem você é.
A turbulência é concreta, porém se faz ser necessária. Mais indeclinável ainda, é a compreensão de que voos longos, são feitos de decolagem, momentos agitados, tempos de bonança e aterrissagem.
É primordial, entender os momentos de partir e de se acomodar, mas mais do que isso, é indispensável compreender os meios e as situações que há de se facear.

⁠Certa vez algo resplandecia dentro de mim, um brilho tão farto, que sobrepujava o meu eu interior, e as pessoas se esforçavam para estar à minha volta. Hoje um andejo apagado, e eu mesmo tento fugir daquilo que me tornei, em meio à tantas direções incertas, a exclusiva certeza é que não sei como voltar.

⁠Seja a leveza que você merece, dedique seu tempo pra você e encontre o equilíbrio entre os sonhos e a gratidão. Não pare de almejar tranquilidade, mas não esqueça os pesadelos já superados!

⁠Todo coração se aflige, nem todo coração suporta tamanha aflição.
Os dias são cada vez mais pesados para pessoas intensas, pois até a mais pura das almas vem enfrentando a solidão sombria em meio as multidões distantes.
Ofereça o que lhe transborda, coração aflito também pulsa intensamente.

⁠A coragem morre inúmeras vezes por dia, e não existe nada de errado em isso acontecer. Ser corajoso, se trata de saber entender que não se pode ter coragem o tempo todo, e que está tudo bem em sentir medo.
Não venda uma imagem mentirosa pra você mesmo, se permita sentir amedrontado, provoque sua coragem.
Sentimentos comuns te fazem atraente, humanamente falando.

⁠São incontáveis, e mesmo assim não nos acostumamos.
São tão normais, e mesmo que sejam sempre lagrimamos.
Cada despedida de alguém, de um sonho, do que fomos ou de quem poderiamos vir à ser, é tão dolorida como se fosse a primeira.
Amaldiçoada seja a despedida, maldita seja a saudade!

⁠Colecionando momentos, se abrindo para novos sentimentos. Decepções e alegrias na balança, e o equilíbrio necessário para seguir, então é alcançado.
Perdas e ganhos além do material, o seu interior transcende o que você carrega. O que desejamos adquirir é o que nos aprisiona! Desejo que sinta-se atraído por algo que seja concreto, mas com solidez além de qualquer matéria prima.

⁠Mas e no futuro? A velhice assusta, e me impede de viver.
Desde cedo vejo-te acumulando bens, trocando prioridades, prostituindo-se em troca de um salário. Sofro de um mal, cujo o que dou importância está na contramão da alienação!
Mas e no futuro? Eu desejo não estar cantando Epitáfio do Titãs dentro de um falso conforto financeiro.
Mas e no futuro?

⁠Eu apenas vago, estou perdido e gritando em silêncio! A distância pra mim poder me encontrar, é muito longa pra percorrer. Existe atalho, mas é sombrio, amedronta qualquer um que chegue perto. A dificuldade aumenta quando você não está mais sozinho, no momento que ela chega pra te fazer companhia, ela te derruba, e você não é forte pra combater. O primeiro passo então é se isolar, nesse momento ela já te possui por completo e se torna sua melhor pior amiga. Você terá longos conflitos com ela, mas não vai ganhar nenhum.
Quando esboçar reação, tome cuidado, a segunda queda nem o colchão pode amortecer. Você começa a aceitar a convivência, e então o amanhã já não é mais tão importante, nem o hoje. O agora é só o agora, tudo vira apenas detalhe, e nesse momento você começa a temer a sí próprio!
Ela é traiçoeira, te oferece paz e tranquilidade de maneiras perigosas, só ela pode acabar com a dor que ela causa, e ela sabe disso. Se algum dia, ela te chamar pra dançar, fuja, ela vai fazer de tudo pra te seduzir, mas é a maior das ciladas, e pode ser a última.

⁠Lembro-me daquela tarde chuvosa, em que prometi para o meu eu interior, que jamais iria deixar alguém usurpar de mim, minha paz, meu equilíbrio mental e a resiliência que a minha alma pertence.
Coraçãozinho leve, pensamentos saudáveis e uma xícara de café! O "Expírito" preso, agora espírito livre, que livra e que leva, que traz e quer paz, onde reina bonança, e boa esperança.

⁠O ser humano narcisista moderno, é apaixonado pela alienação. Se não fosse, tomaria alguma atitude para sair de uma bolha que faz ele sair de casa todos os dias por algo que não faz ele feliz.
Isso torna normal o suicídio ético, termo definido em uma palestra do professor Leandro Karnal, que é a romantização do trabalho árduo, o famoso "estou me matando de tanto trabalhar", o que causa a escassez da frase "estou me matando de tanto ser feliz".