Coleção pessoal de confissoes

Encontrados 19 pensamentos na coleção de confissoes

Quem vai te abraçar?
Me fala quem vai te socorrer
Quando chover e acabar a luz
Pra quem você vai correr?

E quem vai me levar
Entre as estrelas, quem vai fazer
Toda manhã me cobrir de luz?
Quem, além de você?

Nem foi um sorriso, foi um sinal

E eu não sou nem metade da metade da metade do que eu quis ser de verdade.

Eu fico imaginando sua casa e seus amigos. Com quem você se deita, quem te dá abrigo. Eu me lembro que eu já contei com você

Depois de você,os outros são só os outros e só !

"Enquanto eu sorrir ainda posso esquecer."

"Um certo ar cruel de quem sabe o que quer."

É que ela ainda tem meu coração, por ela ainda morro de paixão, por ela vai meu som, meu ar, meu chão, se ela não voltar vou me perder.

Quero tudo novo de novo. Quero não sentir medo. Quero me entregar mais, me jogar mais, amar mais.
Viajar até cansar. Quero sair pelo mundo. Quero fins de semana de praia. Aproveitar os amigos e abraçá-los mais. Quero ver mais filmes e comer mais pipoca, ler mais. Sair mais. Quero um trabalho novo. Quero não me atrasar tanto, nem me preocupar tanto. Quero morar sozinha, quero ter momentos de paz. Quero dançar mais. Comer mais brigadeiro de panela, acordar mais cedo e economizar mais. Sorrir mais, chorar menos e ajudar mais. Pensar mais e pensar menos. Andar mais de bicicleta. Ir mais vezes ao parque. Quero ser feliz, quero sossego, quero outra tatuagem. Quero me olhar mais. Cortar mais os cabelos. Tomar mais sol e mais banho de chuva. Preciso me concentrar mais, delirar mais.
Não quero esperar mais, quero fazer mais, suar mais, cantar mais e mais. Quero conhecer mais pessoas. Quero olhar para frente e só o necessário para trás. Quero olhar nos olhos do que fez sofrer e sorrir e abraçar, sem mágoa. Quero pedir menos desculpas, sentir menos culpa. Quero mais chão, pouco vão e mais bolinhas de sabão. Quero aceitar menos, indagar mais, ousar mais. Experimentar mais. Quero menos “mas”. Quero não sentir tanta saudade. Quero mais e tudo o mais.

Não tenha medo do sofrimento, pois nenhum coração jamais sofreu quando foi em busca dos seus sonhos.

O Medo do Amor

Medo de amar? Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos. Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe por quê.

O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade.

E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro.

Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos.

Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo.

Strip-Tease

Chegou no apartamento dele por volta das seis da tarde e sentia um nervosismo fora do comum. Antes de entrar, pensou mais uma vez no que estava por fazer. Seria sua primeira vez. Já havia roído as unhas de ambas as mãos. Não podia mais voltar atrás. Tocou a campainha e ele, ansioso do outro lado da porta, não levou mais do que dois segundos para atender.

Ele perguntou se ela queria beber alguma coisa, ela não quis. Ele perguntou se ela queria sentar, ela recusou. Ele perguntou o que poderia fazer por ela. A resposta: sem preliminares. Quero que você me escute, simplesmente.

Então ela começou a se despir como nunca havia feito antes.

Primeiro tirou a máscara: "Eu tenho feito de conta que você não me interessa muito, mas não é verdade. Você é a pessoa mais especial que já conheci. Não por ser bonito ou por pensar como eu sobre tantas coisas, mas por algo maior e mais profundo do que aparência e afinidade. Ser correspondida é o que menos me importa no momento: preciso dizer o que sinto".

Então ela desfez-se da arrogância: "Nem sei com que pernas cheguei até sua casa, achei que não teria coragem. Mas agora que estou aqui, preciso que você saiba que cada música que toca é com você que ouço, cada palavra que leio é com você que reparto, cada deslumbramento que tenho é com você que sinto. Você está entranhado no que sou, virou parte da minha história."

Era o pudor sendo desabotoado: "Eu beijo espelhos, abraço almofadas, faço carinho em mim mesma tendo você no pensamento, e mesmo quando as coisas que faço são menos importantes, como ler uma revista ou lavar uma meia, é em sua companhia que estou".

Retirava o medo: "Eu não sou melhor ou pior do que ninguém, sou apenas alguém que está aprendendo a lidar com o amor, sinto que ele existe, sinto que é forte e sinto que é aquilo que todos procuram. Encontrei".

Por fim, a última peça caía, deixando-a nua: "Eu gostaria de viver com você, mas não foi por isso que vim. A intenção é unicamente deixá-lo saber que é amado e deixá-lo pensar a respeito, que amor não é coisa que se retribua de imediato, apenas para ser gentil. Se um dia eu for amada do mesmo modo por você, me avise que eu volto, e a gente recomeça de onde parou, paramos aqui".

E saiu do apartamento sentindo-se mais mulher do que nunca.

Pensamentos de taxímetro09/10/2012

Peguei táxi porque estava atrasada. Expliquei o endereço escondendo o sotaque para ver se dessa vez o taxista, agora sem rosto, me levaria para o endereço sem muitas voltas nessas ruas cinzas e idênticas de São Paulo. Queria chegar logo e na hora, mas isso seria impossível porque quando sai de casa faltavam exatamente dois minutos para o horário marcado. Demoro esse tempo para descer as escadas. Mas, vai, pega o caminho sem muito trânsito nesse horário, eu não faço ideia, só me leva daqui. Pela Alameda fulano sei lá o que. Essa mesmo.
Nesses momentos me sinto adulta. Mas ainda sim, sozinha. Nessas ruas cheias de desconhecidos apressados. Fico olhando de longe, através da janela. Imaginando onde eles vão e de onde eles vem. Rapazes, garotas, crianças, algumas árvores solitárias e cachorros de raças que eu nem sabia que existia Aí, que saudade da minha cadelinha que ficou em Minas. Se ela tivesse aqui seria mais fácil. Sinto falta de abraçá-la no meio da noite. Da festa que a casa vira quando chego de qualquer lugar. Odeio esse silêncio que fica. Odeio ter que tomar cuidado com a chave.
Vim pra cá porque não queria ser mais uma pessoazinha perdida no mundo. Mas a única coisa que essa cidade tem feito é me fazer sentir assim. Conheço pessoas diferentes todo santo dia. Mas ainda sim, cada vez acho elas mais rasas e iguais. Não lembro nomes, endereços ou o número do celular. Eu nem sei mais direito quem sou eu. Me desconheço, no espelho, no restaurante, na fila do metrô. Tenho medo de me esforçar demais tentando entender as coisas. Já ouvi histórias de pessoas que não aguentaram a pressão e desistiram dos seus sonhos. Eu no futuro me mataria no presente se fizesse isso agora. Eu no passado não fazia ideia disso tudo.
Não gosto dessa música que está tocando na rádio. Mas o dia tá lindo e eu adoro o sol que bate na minha cama pela manhã. Ele faz o meu quarto parecer cenário do filme. Adoro minha bagunça. Todo mundo pergunta como eu consigo sobreviver assim. E eu penso, como vocês conseguem viver com tanta espaço?
Algumas ruas daqui já contam histórias. Aquele beijo. Aquela vez que sai da balada e comi qualquer besteira com o pessoal em um restaurante com nome engraçado. Aquela reunião no prédio vermelho que nunca deu em nada. Naquele momento, respirei fundo e lembrei das outras coisas boas que estavam acontecendo ao mesmo tempo na minha vida. Das lembranças que andavam preenchendo outras lembranças. Enchi meu coração de esperança e minha mente de novas ideias.
A vida às vezes é deixar um pouco pra lá. Sem apagar ou se apegar. Matar a saudade, mas do futuro. O destino precisa de um pouco de espaço para um simples abraço. Abrir a janela dos nossos sentimentos e deixar o vento mudar a ordem das prioridades. Até parar de ser um esforço e se tornar uma certeza. Pode custar, um real, uma noite ou um texto, mas no final vale a pena.
É mesmo impossível escolher o que me fará feliz. Mas é possível afastar o que me faz triste. Simples, o resto às vezes não é só o que sobra. O resto pode ser o que temos e no final das contas, nos completa.
Meus pensamentos foram interrompidos pelo taxista confirmando o endereço.
- Isso, naquele prédio espelhado com letreiros. Quanto deu?
- 34,70.
- Não precisa do troco. Até!
- Boa dia, menina!

Ás vezes 1 minuto destrói 23 horas e 59 minutos.

O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso.

“Na verdade eu não sinto raiva de você, na realidade eu só te agradeço por ter me machucado e ter saído da minha vida sem dizer um adeus, pois foi graças a você que tornei muito mais forte.”

Bastaria as pessoas serem mais sinceras, honestas e humildes, que veríamos comportamentos maravilhosamente diversificados, personalidades espontaneamente interessantes, equívocos rapidamente resolvidos, decisões amplamente mais libertas, preconceitos instantanemente eliminados e atitudes surpreendentemente menos egoístas.

Eu não sei o que eu significo pra você, só espero significar algo bom.

Destino é para os perdedores. É só uma desculpa idiota para esperar que as coisas aconteçam ao invés de fazê-las acontecer.