Coleção pessoal de claudio300

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Sou das horas que me vejo atento ao que sinto e a elas devo respeito.

Pode ser curto o espaço em minha cama disponível, mas ela não é grande coisa mesmo. Para me fazer carinho e tolerar meus sonhos, a Loucura já me é suficiente. Já me basta.

Por isso Solidão, peço encarecidamente, que suporte o fardo de me ver apenas quando se faz necessário encontro. Peço que acredite quando declaro minhas dores em ter-te presente, e minha alegria quando me vem em boa hora. Não encare como despedida, pois algo assim não é de todo mal. Mas não suporto mais essa overdose que o tempo insiste em remoer.

Sorte que no papel,
Os pensamentos ganham pulmões
E vestem-se com o perfume do amanhã.

Se ainda sangra?
Não sei.
Devo esperar até que volte o pensamento.
No momento está fechada.
É Birra por não ter mais o que amar...

Os vultos dos fantasmas se alojam na mente
E na hora do próximo passo, nos puxam para trás.

De que me valeria fazer sentido o eu,
Se o contigo ainda era um enigma.
Grito a todos que não tenho pressa
Que me venha ao tempo que achar preciso
Pois confesso, que de vez em quando meus joelhos vão ao chão.
E se amar é um processo lento,
Quero que demore tempo suficiente para que envelheça a solidão...

Ele esteve em todos os minutos do ponteiro, pendurando-se nos momentos, transpassando dores e afugentando velhos inimigos. A impaciência às vezes o desdobra. Coloca-o no bolso e carrega até a última hora. É de todo lerdo para os que sofrem, cruel para os que esperam e esperança para aqueles que, com sorrisos, dançam sobre sua ausência.

Este é o Tempo.
Este ancião de roupas velhas e olhos lacrimejantes.
Este ser, que possuindo a rapidez e a fragilidade nas mãos, continuará dizendo:
— Esperem por mim. Irão se perder se eu não lhes mostrar o caminho.

O tempo é gotinhas de chuva
A vida é o chão...

Quando era apenas ar
Sonhava em ser ventania.
Por enquanto sou brisa
Desejando ser asas...

Que belos significados possuem as cores.
Um coração é vermelho, quando ama a dois.
O meu é verde,
Por que ainda ama sozinho...

Se servir de conselho, abrace o vento que te cerca. Junte todos os anjos que lhe permitem sorrir. Os meus são sons, palavras, imagens e sentimentos. E mesmo duvidando do que me chamam, sou em cada poro um pouco de cada, em cada riso, a porta de entrada para tudo aquilo que posso guardar.

Hoje eu acordei com o gosto da noite em minha boca
E uma leve sensação de ingratidão.
Sabe-se lá quem dormiu comigo.
Se foi a sombra de um Sim,
Ou o vulto de um Não...

A felicidade é mesmo algo bem sutil.

Fica quietinha no seu lugar,

Aproveitando cada canto reservado à ela

Entre uma ponta e outra da mão...

Não levem a sério o peso que demonstro nas cordas velhas debaixo da pele,
Que percorrem quilômetros de corpo, levando rosas como fluidos.
Ainda não acordei para meu verdadeiro tempo.
Ainda durmo.
E sonho.
Não necessariamente nessa ordem.

Os olhos tendem a serem caixinhas de lembranças.
Pequenos filmes ficam alojados nas pálpebras.
E quando fechados nas horas oportunas,
Deixam escapar o enredo da trama, que líquido, escorre pelo rosto.
Redesenhando o roteiro e expulsando velhos personagens...

Vida eu tenho. Resta saber quem a de cuidar.

Essa loucura me ataca feito fera. Na doce intenção de me diferenciar. Por isso sangro (no sentido vida da palavra). Tenho moldado em mim um homem que não conhece o desprezo, que segura nas mãos um acaso certo, irmão gêmeo do destino.

A insanidade me vem como outro mundo. Outro nome pra mim. Um apelido talvez.

Meus pés só tocam o chão quando necessitam andar. E me preocupo com isso. Como posso desmembrar meus punhos para escrever e não ter coragem de pisar em um chão de realidade? Essa fantástica índole me criou por toda vida.