Coleção pessoal de cauim

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A nossa natureza consiste em movimento; o repouso completo é a morte.

À medida que vamos tendo mais espírito, achamos que há mais homens originais. As pessoas vulgares não fazem distinções entre os homens.

Dois excessos: excluir a razão, admitir apenas a razão.

Pesemos o lucro e a perda tomando por coroa (no jogo de cara ou coroa) que Deus existe. Avaliemos estes dois casos: se vencerdes, ganhais tudo; se perderdes, não perdeis nada. Apostai, portanto, que ele existe, sem hesitar.

Há duas espécies de homens: uns, justos, que se consideram pecadores, e os pecadores que se consideram justos.

A nossa dignidade consiste no pensamento. Procuremos pois pensar bem. Nisto reside o princípio da moral.

Corremos sem preocupação para um precipício, após termos posto uma venda para o não poder ver.

O homem nasceu para o prazer: ele sente-o e não precisa de mais provas. Ele segue assim a razão, entregando-se ao prazer.

A natureza detesta o vazio.

A coisa mais importante para toda a vida é a escolha da profissão: quanto a isso, só o acaso dispõe.

Somos tão presunçosos que desejaríamos ser conhecidos em todo o mundo... E tão vaidosos que a estima de cinco ou seis pessoas que nos rodeiam nos alegra e nos satisfaz.

O hábito é uma segunda natureza que anula a primeira.

Quando a paixão nos domina esquecemos o dever.

Na caridade não há excessos.

A vingança nos torna igual ao inimigo;
O perdão nos torna superiores a ele.

Não há solidão mais triste do que a do homem sem amizades. A falta de amigos faz com que o mundo pareça um deserto.

Evitar superstições é outra superstição.

Gostaria de viver para estudar e não de estudar para viver.

A leitura traz ao homem plenitude; o discurso, segurança; e a escrita, precisão.

Criar é matar a morte.