Coleção pessoal de cauech

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Ridendo castigat mores - rindo castiga-se os costumes.

Os que rastejam jamais serão capazes de ver horizontes.

Enquanto o mundo renasce na inclusão social, as deslumbradas marionetes do entreguismo dormem sonhando com Miami Beach.

Eles matam gente aos milhões nas guerras e dão medalhas por isso. Metade das pessoas deste mundo vai morrer de fome enquanto a gente fica por aí sentado vendo TV.

“Te amo de todas as maneiras possíveis. Sem pressa, como se só saber que você existe já me bastasse.”

Quando a gente gosta, a gente começa emprestando um livro, depois um casaco, um guarda-chuva, até que somos mais emprestados do que devolvidos. Gostar é não devolver, é se endividar de lembranças.

A imprensa brasileira sempre foi canalha. Eu acredito que se a imprensa brasileira fosse um pouco melhor poderia ter uma influência realmente maravilhosa sobre o País. Acho que uma das grandes culpadas das condições do País, mais do que as forças que o dominam politicamente, é nossa imprensa. Repito, apesar de toda a evolução, nossa imprensa é lamentavelmente ruim. E não quero falar da televisão, que já nasceu pusilânime

A pior ditadura é a ditadura do Poder Judiciário. Contra ela, não há a quem recorrer.

O pior tipo de sequestro que existe, o sequestro da realidade. Enquanto no sequestro comum o indivíduo é retirado de sua realidade, no sequestro midiático a realidade é que é retirada do indivíduo, que vive completamente alienado do que acontece em seu entorno, e repete, como papagaio, o lixo informativo que lhe é despejado diariamente pela mídia corporativa, sendo as Organizações Globo a mais poderosa delas.

Não,
eu não estava
em 11 de Setembro.

Não poderia estar
porque era um natimorto
acéfalo em Hiroshima.
Esfacelado por sua bomba
em Nagasaki.

Não estava
em 11 de Setembro
porque era uma menina
navaja,
comanche, sioux, apache.
Menina estuprada por seus soldados
de olhos e casacos azuis.

Sinto muito,
mas em 11 de setembro
os abutres se alimentavam
de minha carne pouca
em Ruanda, ou qualquer
cidade de Etiópia,
Serra Leoa e Angola,
para saciar sua sede de ouro
e diamante.

Exatamente
em outro 11 de setembro
minhas mãos eram decepadas
num espetáculo macabro
de um estádio em Santiago do Chile.
E minha democracia morria
sob seu bombardeio.

Em 11 de setembro
eu era o alvo fácil
de um fuzil sérvio
que você fabricou.

Era um menino
com a pele queimada
por seu napalm no Vietnam.

Talvez não acredite,
mas em 11 de Setembro,
eu era mais um camponês
assassinado por Trujilo,
Stroesner, Somoza, Banzer...
Ou qualquer outro de seus mercenários.

Infelizmente em 11 de Setembro
eu me prostituía
nas Filipinas,
Tailândia, Havana
ou qualquer praia.
Pelos cassinos,
assistindo aos seus jogos
de destinos.

Por isso
não poderia estar
em 11 de setembro,
e também por que a bota
de um soldado de Israel
esmagava a dignidade
de meu pai palestino.

Talvez não seja uma
razão bem forte,
mas naquele momento
de um 11 de Setembro
havia uma descarga elétrica em minha genitália
numa sessão de tortura de seus carrascos
do Rio de Janeiro,
Buenos Aires ou Montevidéu.

Sei que nada justifica
minha ausência em 11 de Setembro,
mas não sei como
se justifica sua onipresença
em tantos outros setembros.

E é por isso,
somente por isso
e algumas coisas mais,
que não pude estar em 11 de Setembro.
Justamente em 11 de Setembro.

Talvez não acredite,
sei que não vai acreditar,
mas confesso que desejei
ver a história mudar
como você disse que aconteceria.
Mas a verdade é que ela se repete
em todos os dias, meses e anos
de um único setembro.

Em todo o mundo
um sempre mesmo setembro
me violentando.
Como refugiado afegão,
faminto do Gabão,
soterrado
nos escombros de Bagdá,
torturado em Guantánamo.

Todos os dias, durante todos os meses
a cada ano
de um só setembro...

Por isso é preciso que desde já
você entenda que não poderei estar
em outro 11 de Setembro.

Talvez também não
em outro 11 de Setembro.

Talvez nunca, enquanto
um 11 de Setembro
não mudar
esse sempre mesmo fato
de todos os setembros,
todos os dias
e momentos
do mundo.

Se acontecer, por favor,
entenda as razões
dessa ausência
em 11 de Setembro.

Talvez não aconteça,
espero que aconteça.
Não quero que aconteça.

Mas mesmo sem
uma desculpa convincente,
peço antecipado
que me perdoe por não estar,
não chorar em 11 de Setembro.

Não em 11 de Setembro

Para ela, povo é aquele movimento social articulado a partir de interesses concretos e definidos, inclusive de classe social, que reage para defender seus direitos quando são atacados – e por isso ela identifica povo com a democracia.

Já a ralé, no sentido político, é formada por uma massa de cidadãos de várias classes, alimentados por uma “ amargura egocêntrica” que produz uma forma de “nacional tribal” e também o “niilismo rebelde."

Não existe a história da civilização, mas sim a institucionalização da barbárie.

Hoje compreendo que a causa principal de tamanho sofrimento era que eu nunca imaginara que ele pudesse morrer antes de mim. Como se a morte respeitasse uma ordem de passagem

As pessoas não gostam de admitir que muito do seu sucesso na vida é devido ao puro acaso. As pessoas preferem acreditar que são brilhantes. Mas quantas pessoas trabalham tão duro, têm tanto talento e falham completamente? A maioria das pessoas se recusa a admitir que o sucesso gira em torno do acaso porque isso prejudicaria a sensação que elas têm de que podem controlar o próprio destino. Eu sempre entendi que tenho muita sorte.

As instituições tentam preservar o problema pro qual são a solução.

O Analfabeto Político

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio dos exploradores do povo.

Se não estás prevenido ante os meios de comunicação, te farão amar o opressor e odiar o oprimido.

Há homens que lutam um dia e são bons, há outros que lutam um ano e são melhores, há os que lutam muitos anos e são muito bons. Mas há os que lutam toda a vida e estes são imprescindíveis.

Dizem, que em algum lugar, parece que no Brasil, existe um homem feliz.

Cuidado para não chamar de inteligentes apenas aqueles que pensam como você.