Coleção pessoal de CarlosVieiraDeCastro

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⁠Enquanto a gente não se revolta, não há meio de o mundo dar outra volta.

⁠Poesia, é um estado de alma.
Escrevê-la, é um ato de coragem.

⁠A estabilidade da paz no mundo de hoje, é quase como um bolsa de valores.
Agora, em alta; passados milésimos, em baixa profunda.

⁠Antes de metermos a pata na poça, arrumemos primeiro a poça, para podermos meter a pata.

⁠Quando se quer tapar o sol com uma peneira, é bruta asneira que vai dar em tormenta, porque a peneira derrete ou rebenta.

⁠Um dia, sim um dia - não será tanta a noite no mundo -
ainda acredito.

⁠A jactância, a fanfarronada, a vanglória de alguns galifões de crista baixa, geralmente é só e felizmente bem absorvida, assimilada, por seres de memória curta e nada dada ao sentido do pensar.
Depois, é só ler como vai o pensamento, a reflexão, a atuação em palco da vida de tanta massa humana que preenche espaço deste século XXI e que pensaríamos ser o futuro mais risonho da humanidade terráquea.
Como a gente boa, sem querer, se engana.

⁠Sete dias de paz em todos os dias, semanas e anos do mundo e é só

multiplicar, pelo dobro, pelo menos.

⁠As guerras, sobretudo as maiores das outras demais guerras, nascem inexoravelmente da miópica cegueira dos soturnos cérebros desmiolados, os tais que se consideram ser iluminados pelos deuses com pés de barro.

Que nojo, que náuseas e dó me metem todos aqueles que nesta sociedade em declínio vertiginoso, ainda não arranjaram uma unha de vergonha em irem à missa de tais sumidades tirânicas.

⁠Quando a imaginada ficção se torna realidade nua e crua na vida da gente, de que vale duvidar da verdade?

⁠Não nasci para ser santo, mas também não quero morrer diabo.

⁠Se a vida é feita de muitas páginas e peripécias, façamos dela a nossa história escrita.

⁠A solidão, por força da sua presença constante na vida da gente, acaba por tornar-se uma amiga inseparável.

⁠Afirmam que a idade verdadeira da gente mede-se pelo cérebro de cada um.
Peço perdão às doutas opiniões:
Eu, pela medida do meu cerebelo já velho como árvore de vida, nesse raciocínio, ultrapassei os cento e trinta, há longos anos.

⁠Tantas vezes dizemos coisas desacertadas, só porque tivemos preguiça de acertar o relógio do nosso pensamento e emoções.

⁠Um dia, perguntei à solidão:
- Quem te acompanha mais?
E, ela logo me respondeu:
- Tu!
(tu... que sou eu, este, o cujo dito.)

⁠Escrever, por vezes, torna-se um martírio sobretudo quando, sem querer, dizemos o que somos, sem maldades, nem filtros.

⁠Um poeta, necessita mais de inspiração e simplicidade do que regras estabelecidas por quem, se calhar, nem o era, não o é, e nunca o será, naturalmente.

⁠Eu nunca seria um ser humano consciencioso, se não fizesse perguntas a mim próprio antes de responder aos meus semelhantes.

⁠Até hoje, ainda não consegui descobrir o mistério do silêncio, do olhar e da fala dos humanos. Só sei dizer, que os únicos seres de sangue quente que conheci ao longo do meu atribulado viver e souberam ler e entender as palavras não ditas pela boca dos meus olhos, foram os cães que tive e amei.