Coleção pessoal de ateodoro72

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Quase ninguém sabotaria seus próprios sonhos, se eles fossem ordens do chefe.

Num mundo onde quase tudo pode ser dito, mas quase nada escutado — talvez o bom ou mau-humor seja nocivo aos Donos da Verdade que não conseguem se despir da Toga do Moralismo.


Onde se fala muito e ouve-se muito pouco — o ruído é constante, e o humor se torna muito perigoso.


Talvez o bom ou o mau-humor sejam nocivos apenas aos donos da verdade, esses que vestem a toga do moralismo como se fosse um escudo contra qualquer desconforto.


Não suportam o riso porque o riso desarma, não suportam a ironia porque ela revela, e não suportam o espelho que o humor, em sua essência, quase sempre oferece.


Enquanto o mundo se divide entre os que falam e os que reagem, o ouvir continua sendo o ato mais revolucionário — e o rir de si mesmo, o mais Libertador.


Pois, para os que não conseguem rir de si próprio, as palavras perdem o dom de tocar para alimentar o vício de ferir.

Em honra aos Mestres, o Maior de Minas dá aula — de futebol, de resiliência e de como não se deixar abater pelos Menores que acreditam que a grandeza se sustenta no grito.

Um dos maiores e mais belos propósitos da Fé é constranger o impossível.






Porque a Fé não é ausência de dúvida — é presença de confiança.


Ela não se alimenta de garantias, mas de esperança.


É o gesto mais ousado de quem planta mesmo sem ver o solo fértil, de quem continua caminhando mesmo quando o chão parece ter desaparecido debaixo de seus pés.


A Fé é essa força bruta silenciosa que, ao invés de discutir com o impossível, o constrange com pureza, entrega, insistência e resiliência.


Ela não o vence pela lógica, mas pelo amor.


E quando o impossível, envergonhado, se curva diante da perseverança dos que creem, é ali que o milagre acontece — discreto, sereno, e profundamente humano.

⁠Um dos maiores e mais belos propósitos da fé é constranger o impossível.

⁠⁠Sempre que vejo religiosos divididos, digladiando e se julgando pela Mãe do meu Senhor, lembro o quão fácil foi persegui-lo.


E ainda há quem defenda o Céu com flechas e pedras na mão.


Quem diga amar o Cristo, mas incapaz de reconhecer o amor no olhar do irmão.


Quem cite versículos para erguer muros — e não pontes…


Sem se esquecer dos que se valem do nome de Deus e da igreja para se esconder, aparecer e se promover.


Talvez o maior escândalo da fé não esteja nas diferenças doutrinárias, mas na incapacidade de amar sem rótulos.


Foi esse mesmo zelo sem ternura que O condenou — não o ateísmo, não o império, mas a arrogância de quem julgava conhecer melhor a vontade do Pai.


E assim, em nome d’Ele, seguimos ferindo o que há de mais Divino: o Amor ao próximo!

Que a nossa criança interior não pode morrer, é um fato — que ela não pode matar a criança dos outros — é outro.


Dentro de cada um de nós, habita — ou deveria habitar — uma criança: curiosa, brincalhona, sensível, carente de encantamentos…


É ela quem nos distrai da seriedade cobrada pela vida adulta, nos impedindo de empedernir por completo, e quem nos faz rir de bobagens, sonhar alto e acreditar em recomeços.


Mas há um perigo deveras sutil, quando transformamos essa criança em centro absoluto do mundo: ela deixa de ser símbolo de pureza e se torna instrumento do ego.


Há adultos que justificam suas imaturidades em nome da autenticidade — como se sinceridade fosse salvo-conduto para a falta de empatia.


E assim, ao defender sua própria “criança interior” a qualquer preço, acabam ferindo a dos outros com ironias, indiferença ou desprezo.


A verdadeira maturidade não está em silenciar nossa criança, mas em educá-la.


Ensiná-la que o mundo não gira apenas em torno dos seus desejos, que brincar não é o mesmo que zombar, e que crescer é aprender a reconhecer o outro como extensão da própria humanidade.


A criança interior merece e deve viver — mas sob a tutela do adulto que devemos aprender a ser.


A criança que — graças a Deus — ainda vive em mim, saúda a criança que vive em ti!


Feliz Dia das Crianças, do mundo inteiro e da que vive dentro de você!

Sempre que a saudade desiste de fingir costume e me abraça um pouco mais apertado, o que me consola é a gratidão e a certeza do azar de ter tido tanta sorte.

⁠⁠A terra fica profundamente entristecida com a sua partida, mas com a esperança de vê-la laureada no céu!
Vá em paz!

⁠Ai, credo, deixa de ser duas caras… És linda de dia, maravilhosa de noite!

Apesar do carinho de alguns discentes que ainda resistem à Indiferença — entre o Descuido do Estado e a Romantização do Ofício — o Dia do Professor se sustenta mais em Reivindicações que em Comemorações.

⁠Os que só veem a Felicidade nas Grandes Conquistas, ainda não tomaram Vento na Cara com ela no Carona.

⁠Tão medonho quanto aos seus problemas, é um país acumular a mesma quantidade de especialistas que eles.


O brasileiro, em sua maioria, carrega dentro de si a estranha mania de se achar especialista em quase tudo — é médico nas segundas, repórter nas terças, técnico de futebol nas quartas, teólogo aos domingos, juiz e cientista político em tempo integral.


Opina com tanta convicção sobre o que nem consumiu e sentencia com a segurança de quem jamais se atreveu a se questionar.


Tão ávidos e apaixonados pelas respostas, ignoramos que o mundo subsiste mais pelas perguntas…


Talvez seja tão somente uma forma de sobrevivência intelectual em meio ao caos — ou, quem sabe, um capricho coletivo para não ficar a dever aos políticos que também aprenderam a ser influencers de quase tudo e especialistas em quase nada.


E assim seguimos, palpitando — sempre cheios de certezas — enquanto a ignorância se disfarça de sabedoria e a vaidade faz parecer que já desbravamos e entendemos o mundo, quando mal entendemos a nós mesmos.


Que o Senhor — o Dono da Verdade — nos livre do infortúnio de tropeçar na demonização da dúvida!
Amem!


Nosso país e o mundo precisam subsistir, assim suponho!

⁠Tão medonho quanto aos seus problemas, é um país acumular a mesma quantidade de especialistas que eles.

Em terras abarrotadas de trabalhadores, gente de bem e servos de Deus mijando fora do penico, muito em breve, invocar o Santo Nome de Deus publicamente será blasfêmia.

⁠Sempre que a igreja se deitar com o Estado e seu braço armado, há que se esperar qualquer coisa, inclusive o trisal parir uma aberração.

⁠Suponho que, em meio ao avanço exponencial da informação, manter um tabu será, muito em breve, uma escolha — e não uma imposição.


Já vivemos tempos em que Tudo — desde que alicerçado na sinergia da Maturidade, Responsabilidade, Sensibilidade e Respeito — pode ser dito, mas quase nada pode ser realmente escutado.


A informação se multiplica, enquanto a escuta se fragmenta.


É mais fácil focar na liberdade de expressão irrestrita que calar para escutar!


O excesso de dados não nos libertou dos preconceitos; apenas os sofisticou.


Hoje, romper um silêncio é fácil — o difícil é sustentar um diálogo.


E, entre certezas inflamadas e convicções fabricadas, o pensamento sereno passou a ser visto quase sempre como provocação.


Talvez o verdadeiro desafio da era da informação não seja aprender mais, mas aprender a pensar sem medo e sem culpa, a questionar sem ser condenado, e a permitir que o outro exista, mesmo quando ele pensa diferente.


Porque, sem transpor a zona desconfortável de se questionar, talvez seja mais fácil apodrecer que amadurecer.

⁠E se tivéssemos duas rodovias paralelas — uma sob concessão, tarifada, bem cuidada, com toda infraestrutura, suporte e segurança; e outra, sob os descuidos do Estado — sobre qual você se deslocaria?

⁠Os fortes impõem limites e são respeitados; os fracos bajulam e são usados.


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Estados também têm suas DRs… e elas precisam ser tratadas à luz da sinergia entre respeito, maturidade, responsabilidade e sensibilidade — de Estado para Estado — sem interferência da famigerada ferramenta dos moleques especialistas em guerras palavrosas.

Não há interesses mais confusos e covardes quanto aos que confundem amor com carência, e acabam após saciados.


Porque o Amor Verdadeiro não se esgota quando a fome é saciada — ele nasce justamente quando o outro deixa de ser remédio para a solidão e se torna companhia na inteireza.


A carência só quer preencher um vazio; o amor, transbordar!


Quem ama pela falta, consome, desgasta e até usa o outro.


Quem ama por plenitude, compartilha o que tem de mais inteiro.


Por isso, é tão fácil ver relações que começam com tanta intensidade e terminam em silêncios tão ensurdecedores — eram tão somente gritos de necessidade disfarçados de afeto.


O amor não almeja saciedade, mas sim, permanência.