Coleção pessoal de arthur_barros_1

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Talvez eu seja enganado inúmeras vezes... Mas não deixarei de acreditar que em algum lugar, alguém merece minha confiança.

O justo é tranquilíssimo, o injusto é sempre muito solícito.

Não ouse roubar a minha solidão, se não fores capaz de me fazer real companhia.

É difícil libertar os tolos das amarras que eles veneram!

A vida do insensato é ingrata, encontra-se em constante agitação e está sempre dirigida para o futuro.

A morte não significa nada para nós: quando somos, a morte ainda não chegou e quando ela chega, não somos mais.

É difícil deixar oculta a injustiça que cometemos; mas ter segurança de que ela permanecerá oculta é impossível.

Quem afirma que a hora de dedicar-se à filosofia ainda não chegou, ou que ela já passou, é como se dissesse que ainda não chegou ou que já passou a hora de ser feliz.

Deves servir à filosofia para que possas alcançar a verdadeira liberdade.

Ou os deuses podem eliminar o mal do mundo e não o querem ou querem fazê-lo e não o podem; ou podem e querem; ou nem podem nem querem. Se querem, mas não o podem, então não são onipotentes. Se podem, mas não querem, então não são benévolos. Se nem podem nem querem então não são nem onipotentes nem benévolos. Finalmente, se podem e querem, como explicar que o mal continue a existir? (Epicuro, Aforismos)

A falsidade ou o erro está sempre no juntar-se de uma opinião.

Habitua-te a pensar que a morte nada é para nós, visto que todo o mal e todo o bem se encontram na sensibilidade e a morte é a privação da sensibilidade.

Não é ao jovem que se deve considerar feliz e invejável, mas ao ancião que viveu uma bela vida. O jovem na flor da juventude é instável e é arrastado em todas as direções pela fortuna; pelo contrário, o velho ancorou na velhice como em um porto seguro e os bens que antes esperou cheio de ansiedade e de dúvida os possui agora cingidos com firme e agradecida lembrança.

Por que ter medo da morte?
Enquanto somos, a morte não existe, e quando ela passa a existir,
nós deixamos de ser.

A vida do justo não é perturbada pelas inquietações, mas a vida do injusto é cheia delas.

O prazer é o principal bem, ele é a ausência de dor no corpo e de inquietações na alma.

Quando dizemos, então, que o prazer é fim, não queremos referir-nos aos prazeres intemperantes ou aos produzidos pela sensualidade, como crêem certos ignorantes, que se encontram em desacordo conosco ou não nos compreendem, mas ao prazer de nos acharmos livres de sofrimentos do corpo e de perturbações da alma.

Dizia Epicuro a Meneceu:
Os alimentos mais simples proporcionam o mesmo prazer que as iguarias mais requintadas, desde que se remova a dor provocada pela falta.

Se queres enriquecer Pítocles, não lhe acrescentes riquezas: diminui-lhe os desejos.

Alguns dos desejos são naturais e necessários; outros são naturais e não necessários; outros nem naturais nem necessários, mas nascidos apenas de uma vã opinião.