Coleção pessoal de ARRUDAJBde
Nesta dita sociedade atual, adoramos os mortos, e esquecemos de cultuar a vida no presente temporal.
Terra-Mulher
A Terra sangra em silêncio, como a mulher que cala o grito. Desmatam-lhe os seios verdes, como quem arranca o abrigo.
Árvores irmãs separadas, como filhas em cárcere doméstico. O machado é verbo cruel, que fere sem dialético.
O ar, antes canto de vida, agora é voz maldita, soprando tortura invisível na mente que se agita.
A seca é prisão da essência, privatizam o ser, o sentir. A água, que era ventre livre, já não sabe mais parir.
Ordenham sem consentimento, deixam-na na mão errada. O leite vira lucro sujo, a alma, moeda trocada.
Rios contaminados choram, como corpos invadidos à força. O falo doentio penetra, sem amor, sem remorso, sem corsa.
E a carne — ah, a carne vendida — tem preço, tem código, tem dor. Como o corpo da mulher na vitrine, sem nome, sem alma, sem cor.
Mas há fogo sob a pele da Terra, há raiz que resiste ao corte. Há mulher que se levanta inteira, mesmo depois da morte.
Assim como uma flor desabrocha e murcha, assim também são os momentos da vida — belos, breves e únicos.
A escolha pelo veganismo não é apenas alimentar, mas existencial. É uma ruptura com a lógica da dominação.
O veganismo, enquanto boicote político, oferece uma forma efetiva de erodir o capitalismo e outros sistemas de dominação.
A ânsia de aprender de tudo
Tem me deixado cada vez mais solitária
Abro os olhos e enxergo a bagunça disso tudo
E questiono a mim mesma por que escolhi tamanho fardo?
Eu sinto você habitar dentro de mim.
Foi o que eu disse para ele.
Como o vento que entra pela janela,
Os fatos seguintes na Universidade
E tudo isso que sinto e sei dentro de mim,
Que também faz parte de quem é você.
Você é parte dessa nova história construída no éter de meus pensamentos profundos.
