Coleção pessoal de aroldoarantes

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A morte chega lentamente para quem não se arrisca. A vida passa acelerada enquanto o olhar do desejo pisca. O prazer está nas entrelinhas.

O instinto humano é traiçoeiro, pois anseia o que lhe é proibido.Nada que seja certeiro, aguça o seu sentido. Buscamos o verso corrompido.

Quem não se entende, não se compra e nem se vende. Fica ali inerte, e de inércia o nada está repleto. E de nada, ninguém quer ficar perto.

Precisamos de mais humor, menos complicação; mais verdade, menos enrolação; mais liberdade, menos correção; mais Deus, menos religião!

Sou todo dor, em cor e solidão. Vivi amor, mas não passou de ilusão. O espelho é meio devorador! Sinto falta de mim, devolva-me, por favor!

Livrai-me de tudo que me atrapalha, de tudo que me acomoda, de tudo que me trava, de tudo que não me cobra. Livrai-me enfim do não e do sim.

Sons e tons me traduzem. Por que os acordes ouvem meus silêncios mais ocultos e me ecoam no vento, livre, na eternidade de alguns segundos.

Não sei precisar o quanto te preciso. Esse triste olhar
completa o que não digo. Não sei calcular o tanto que me assalta, esse não falar que vem da sua falta. E o nó que cega e seca o encanto, vem da dor que cerca e aperta o meu pranto. E a gota que escorre e morre no tempo, vem da rima que corre e mora aqui dentro.

Encena teu beijo em meus lábios, como se fosse a primeira vez, quem sabe assim, insensatez, eu acredite novamente em seus ensaios.

O desejo que habita o meu viver, é tão forte que desafia o então. A vontade que invade o meu ser, não cabe apenas em algum refrão.

De repente me vi de joelhos, meio deprimido. Desliguei os meus aparelhos. Câmbio, desligo!

Os meus silêncios são gritantes, as minhas ausências delirantes, e o meu sorriso, um mero disfarce, pra esconder o meu olhar.

Hoje não tem rima, fecharam-se as cortinas, nesse momento o tempo desandou, a música parou e os versos me escapam entre os dedos.

O amor não resta. Nada mais me interessa! Mas a dor se insinua, dói, triste a dor que não cessa, não passa, não cura!

Haviam passados e haviam futuros. E eu parado no mesmo lugar. Passados que nunca tinham passado e futuros que nunca iam chegar. Haviam erros e haviam certezas. Aquilo tudo a me calar. Erros que não haviam curado e certezas que nunca iam ficar.

Beijos amargos de uma amarga vida, dizem à boca pequena, que não existe poema, que dê jeito em sua rima.

O teu verbo é tão indecente, que semeia a serpente na flor. E tuas asas cortam como dentes, transformando o teu sangue em vapor.

O mundo anda sem nexo, destoando do reflexo, acho que precisamos de menos côncavos e mais convexos, mais encantos e menos complexos.

Ser-te, é ter-te e ver-te com a sede, tão verde, de quem não tem.

Se me despir dos seus versos não existirei além do beijo, simplesmente me esfacelarei com a falta de sonho, me desintegrarei eternamente.