Coleção pessoal de armeniz_muller

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⁠Socorro, mamãe!...

Cadê você, querida mãezinha! e aquele meu aconchegante colinho protetor?
Quem me dera poder voltar aos meus tempos de criança, mesmo quando ali então uma criancinha carente de quase tudo... Menos do amor, carinho e proteção de minha sacrificada mãezinha tão querida.
Que pecado! Logo ela, tadinha... Que após tanta dedicação e magnânimo afeto maternal, voluntariedade e sofrimento sacrificial, bem logo também passaria a ser gradual, desumana e egoisticamente desvalorizada, como tantas sacrificadas mãezinhas mundo afora... Será que sem ao menos perceber ou querer, eu também acabei sendo mais um desses quase monstros familiares, dentre tantos desamorosos filhos frios e mal-agradecidos, esses que “modernamente” tanto os vemos pelaí?
Por outro lado, eu sei, hoje isso mui bem sei!...
...Que a cada vez que autorizo meu passado a continuar assim vivíssimo em mim, mais e mais estou reafirmando esta minha já folclórica covardia e desalento para enfrentar os amedrontadores desafios do presente.
Sei também que de tais prementes e positivos enfrentamentos, sejam ou não vitoriosos e retumbantes, dependem minhas futuras performances...
...Performances tais, todas certamente aditivadas com suas próprias cotas de sacrifícios, mistérios, decepções ou galardões.
Como também não posso esquecer que o mero fato de aceitar conformadamente seguir vivendo no passado, oh vida, oh céus! Seja no âmbito mental, material, sentimental ou espiritual, isso tudo representa para mim uma espécie de zona de conforto, retrógrada e psiquicamente perigosa zona de conforto...
...Isso eu também sei.
Afinal, de uma ou de outra maneira, tudo ali no meu remoto passado já foi superado...
...E hoje trago gravados em caracteres de ouro provado em meu coração, ou mesmo a ferro quente nos lombos, ai, ai, ai, os seus benéficos ou maléficos resultados.
Primordialmente, almejando continuar a viver até o cumprimento natural do meu tempo secular determinado pelo Senhor...
...Finalmente reconheço que, mesmo assim respaldando-me saudosa e perigosamente no meu passado, dia após dia devo seguir reinventado a minha própria história.
Até mesmo porque viver o futuro do próprio passado, isso é relativamente fácil...
...Mas construir racional, corajosa e carinhosamente o nosso inexorável futuro, principalmente se isso for feito a partir de um presente assaz pedregoso e quase desalentador, isso sim confirmará em cada libertadora individualidade um esperado valor amorosa e humanitariamente evolutivo!...

Sigamos assim...

Armeniz Müller.
...Oarrazoadorpoético.

Entregando os pontos?!...

Reconheçamos que algumas pessoinhas são mesmo de amargar!
Amargar... Amargar...
Adorando tudo e todos contrariar.
Assim, nem adianta mais brigar!
Brigar... Brigar...
Até um e outro, em pensamentos descabelar.
Ufa! Pois então, e aqui entre nós
Não são mais de quarenta anos de vida conjugal...
...Entre tantos amorosos conluios, briguinhas e cumplicidades!
Acertos, cumplicidades, chameguinhos e novos desacertos?
E sendo assim, nestas longevas alturas de nossa vida conjugal, vejam só isso...
De que nos serviriam ainda mais manhosos confrontos pessoais
Em busca de ineficazes soluções disto ou daquilo
- O mais das vezes apenas contrariedades pessoais... -
Adrede sabedores que esse amargor todo nunca vai mudar!
E que o mais racional seria deixar...
...Nossas próprias vidas se resolverem naturalmente.
Será que estou muito errado ao pensar assim?!?

Armeniz Müller.
...Oarrazoadorpoético.

⁠ Envelhecidas tristezas!...

Só agora que me alistei efetivamente entre eles, os idosos, começo a entender sua tristíssima tendência de aceitarem forçosa, gradual e conformadamente a imposta solidão no âmbito familiar; ou de então emudecerem ainda mais tristemente a maior parte do tempo, e nas poucas vezes que venham a falar, quase gritem para serem ouvidos em seus amedrontados pleitos pessoais...
...Quando isso quase sempre ocorre, disso não tenho mais dúvidas! nem tanto pela natural surdez progressiva das suas idades longevas, mas pelo triste fato dos seus filhos e demais jovens e adolescentes não lhes darem mais ouvidos e consideração humana, nem os enxergarem familiar e comunitariamente.
Seria modernamente natural isso de nós, os idosos, sermos tratados cada vez mais familiar e socialmente como invisíveis, aos olhos e entendimento de quase todos os demais seres viventes que nasceram depois da gente?
Pessoalmente, não posso concordar com tanto descaso, desrespeito e desamor pelos seres humanos avançados em idade...
...Até mesmo porque muitos desses maltratados e desrespeitados chefes de família idosos, concordantes ou até mesmo circunstancialmente contrariados, seja por amor, compaixão ou em mera obediência aos bons instintos de humanidade, comumente aplicam seus parcos benefícios sociais tão dificilmente alcançados, no continuado sustento e apoio financeiro e educacional a tantos filhos maduros já em idade, mas ainda irresponsáveis e imaturos, enquanto temperalmente embrutecidos e desumanamente egocêntricos e egoístas.
E então, cadê o poeticamente tão decantado amor familiar?!?...

Armeniz Müller.
...O arrazoador poético.

⁠Rascunho, não!...


Sejamos bem sinceros: Você escreve com aquelas letrinhas lindas e formosas das professorinhas, tão bem feitinhas que até fazem sonhar acordado, ou também rascunha assim feia, rápida e grosseiramente como eu?!...
Reconheço que careço de melhorar bastante, se pretendo seguir um pouquinho adiante...

Armeniz Müller.
...Oarrazoadorpoético.

⁠Quinze maneiras de afastar as pessoas do nosso convívio...


1. Falar demais...
2. Ser exageradamente sincero...
3. Mostrar-se por demais generoso com os "de fora"...
4. Ser frio e calculista demais...
5. Perguntar demais...
6. Mostrar-se negativo em quaisquer circunstâncias...
7. Reclamar de tudo e de todos sempre...
8. Viver choramingando necessidades...
9. Cumprimentar com olhar fugidio, sem manter os olhos nos olhos...
10. Oferecer aperto de mão frouxo...
11. Ser fofoqueiro...
12. Criticar demais...
13. Ser avarento...
14. Ser egoísta...
15. Pedir dinheiro emprestado e não pagar.

Aprendizado da sabedoria popular, com alguns pequenos acréscimos meus...
...Sem qualquer intenção de afastar alguém!

Heheheaiaiaiaiiii...

Armeniz Müller.
...Oarrazoadorpoético.

⁠Melhoras (de saúde...) conjugais!...

""" Minha sempre e sempre amada,
e mais ainda temidamente obedecida babezinha!
A você que ora se encontra um tantinho adoentada...
Desde o mais profundo recôndito amoroso
deste meu velho (e etariamente desfavorecido...)
Mas jamais endurecido coração!
Da tua saúde amorosa, emocional, física,
laboriosa, mental e familiar (ufa!)
Aqui desejo ardentemente...
...O mais pronto e completo restabelecimento!
Até mesmo para que então naturalmente saudável,
dedicada e bem-disposta
Preste-se ao que der e vier!...
Enquanto novamente assaz resolutiva
e assim-assim durona de roer!
Heheheaiaiaiaiiii...
Alicerçados neste nosso
mais que provado amor-quarentão
Juntos, juntinhos e inseparáveis!...
Possamos voltar a brigar, espernear
e ranzinzar normalmente. """

Armeniz Müller.
...Oarrazoadorpoético.

⁠Solitária independência financeira!...


""" Deveras, uma tristonha independência...
...Mas isso poderia assim acontecer?!?
Então...
...Por que será que amiúde assim ocorre
com tantas pessoas
“Escolhidas” por inesperadas independências financeiras
Seja através de seguros e pensões por morte de entes queridos...
...Ou até mesmo de remotas premiações lotéricas!
Entretanto, vemos que muitas dessas
Nem sempre verdadeiramente afortunadas (?) pessoinhas...
...Parecem apenas sobreviver assim
como tantas frágeis plantinhas!
Tristemente abandonadas entre as ervas daninhas
Que invadem tudo através do descaso,
incompreensão e anestesia precoce do amor
Em certos jardins e ambientes familiares...
Quando ambos deveriam ali mesmo continuar
Perenemente belos, floridos, refrescantes e assaz convidativos!
Pessoinhas que repentinamente veem-se livres como os pássaros
mas não felizes e cantantes como eles!
Quando tantas vezes sonham, sonham...
...Até mesmo acordadas sonham!
Em retornar aos seus antigos “cativeiros” sentimentais...
...Onde ali eram algo assim
como pessoinhas intermitentemente felizes!
E assim bem logo despertam abruptamente...
Quando tal súbita e quase impositiva independência
Muito além das nuances puramente materiais...
Ameaça fazê-las sucumbirem quase até o chão da vida...
Diante de tantas e tantas inopinadas
e não antes buscadas liberdades
Entremeadas por alongados períodos
Da mais completa carência afetiva!...
...E da mais aflitiva e entristecedora solidão.
Mais triste ainda, quando tais inopinadas independências
escancaram-lhes tantos caminhos ilusoriamente possíveis...
...Em direção da verdadeira e preciosíssima felicidade!
Felicidade essa que independe de quaisquer fatores
ou engessadas condições de convívio...
...Mas apenas de mentes límpidas
e corações amorosamente sinceros!
Mentes e corações amorosamente receptivos
e predispostos a fazer o bem...
...Sem ao menos olharem a quem. """
Armeniz Müller
...Oarrazoadorpoético.

⁠Acordes angelicais!...

Quando a vi...
...Ali tão alegre e maravilhosíssimamente sorridente!
Quase menina ainda...
...Bem logo percebi!
Que aquela felicidade toda...
...Oh vida, oh céus!
Bem poderia ali estar...
...Antecipando nossas próprias vidas!
Vidas futura, compreensiva e vitaliciamente vividas a dois...
...Vidas sonhadoras!
Enquanto vidas incrivelmente amorosas.
União conjugal perenemente segura,
pois então uma união dia após dia alicerçada
Em vidas condignamente colaborativas!...
...Enquanto amorosamente realistas.
Vidas que assim vividas, certamente serão coroadas!
E multiplicadas no ponto mais valorizado...
...Do caminho mutuamente escolhido.
Caminho esse quase misteriosamente traçado....
...Para levar a enlaces divina e eternamente naturais.
Assim premiando ambas as almas...
...Que se uniram livre e apaixonadamente!
Sob acordes retumbantemente angelicais...
...Perante o Altar da inquestionável vontade do Senhor.

⁠Voltando a enxergar!...

""" Almas turvas...
...Corações ressentidos!
Quantos de nós sinceramente gostaríamos
Que não fôssemos assim em tantas ocasiões?...
Mas que, bem ao contrário, limpidamente sinceros e amorosos Aplicássemos em prol de nosso próprio estado de espírito!
E de tantas outras criaturas sofredoras...
Todas as nossas assustadoras
e quase inacreditáveis energias mentais...
...Aliadas a bons sentimentos!
Sentimentos tais que quase certamente ainda os possuímos
Mesmo que algumas vezes sob a malignamente ameaçadora interferência de um certo limo interior...
- Limo esse ruim, espiritualmente escorregadio e desanimador -
...Que estranhamente tanto insistimos em cultivar
Nos mais profundos recônditos!
Destas nossas almas melancolicamente turvas...
...E corações quase sempre duros e ressentidos.
Felizmente, nosso Bom Deus sabe a dosagem exata
Dessas nossas energias mentais e bons sentimentos
Aplicáveis em caridosas missões humanitárias!
No seu divinamente estipulado tempo.
Assim aplicando-os sempre e sempre em prol de alguém
Que sofrida, mas pacientemente
Souberam esperar até que mudássemos um pouquinho que seja para melhor...
...Quem sabe assim também contribuindo para humanizar-nos verdadeiramente.
Doravante, amorosa e quase divinamente espiritualizados
- E então profundamente transformados -
De almas límpidas e corações amorosamente translúcidos
Passaremos a enxergar clara e afetuosamente ao nosso redor...
...E também dentro de nós mesmos!
Quiçá mesmo, assim melhor compreendendo nossa breve passagem por esta vida secular... """
Armeniz Müller.
...Oarrazoadorpoético.

⁠Ainda estas "minhas" palavras!...

Tenho de reconhecer que o meu problema crucial com as palavras e expressões idiomáticas, essas nem sempre amorosas criaturinhas semânticas pra lá de teimosas, persiste...
Ora bolas! Pois não são elas que insistem porque insistem em me manter assim, praticamente seu refém gramatical, nos mínimos textos que me proponho a escrever? Pior, bem pior ainda, quando tamanho problema crucial ressurge-me recorrentemente nos exatos momentos em que elas, quase feitas inteligência artificial, sozinhas, acreditem-me, desandam a formar pequenas (?!) frases, expressões idiomáticas, estrofes, parágrafos, períodos e capítulos, tudo isso...
...Quando, então, sem ao menos me permitirem maiores e ultranecessárias reflexões, tais abusadíssimas e muitas vezes mal-comportadas palavras revestem-se-me dos mais diferentes, perigosos e emotivos sentimentos. Dentre esses, dois sentimentos especialmente perigosos nesta moralmente derrapante modernidade social que ora vivemos: Os sentimentos de justiça e de empatia pelos (as) chefes de familia desempregados (as), assim como pelos pacíficos e ordeiros cidadãos produtivos de baixa renda, esses que não se enquadrando em quaisquer grupos protegidos por demagogas quotas ou corporativismos sociais, governo após governo, seguem sempre e sempre explorados pelos gananciosos empresários e por seus próprios representantes políticos, mal conseguindo sobreviver assim irresponsavelmente abandonados à própria sorte pelas instituições oficiais, justamente essas que mais deveriam protegê-los, inclusive preparando-os para as cada dia mais terríveis competições legais pela sobrevivência, e quiçá uma posição digna - mesmo que ainda humilde - nos massacrantes degraus da pirâmide social brasileira.
Viram só como essas danadinhas do universo semântico paralelo que vivem a minha espreita, logo tomaram-me a frente até mesmo aqui, quando um tantinho só me encorajei a falar a seu respeito? Quem mesmo queria aqui fazer tamanha reflexão sobre a sofrível situação social das camadas mais humildes da sociedade, essas assustadoras multidões que parecem receber ínfimas considerações oficias apenas e tão somente nos períodos eleitorais?
Isso até me parece vingança! Ah, estas minhas amiguinhas da onça...

Armeniz Müller.
...Oarrazoadorpoético.

⁠Uma rapidinha! antes que o ano acabe...

Assim comumente e "modernamente" fúteis, vaidosos, egoístas, gananciosos e libidinosos pra dedeu, como poderíamos buscar, alcançar e manter humana, ainda que minimamente, os ultranecessários pontos de equilíbrio sentimentais, racionais e até mesmo passionais?!...

Feliz Ano Novo! a todos os meus poucos mas valiosíssimos leitores e amigos, que dedicaram algum precioso tempo na leitura destes meus singelos escritos e pensamentos assimmeioassim poéticos.



Armeniz Müller.

...Oarrazoadorpoético.

⁠Olhos divinamente sorridentes!...


Sisudos e calados, circunstancialmente isso até podemos ser... mas amargurada e quase constantemente carrancudos e mal-humorados, isso não!
Quantas vezes, nas ruas, recebemos e imediatamente retribuímos tantos olhares maravilhosissimamente sorridentes! Nas ruas... Mas será que em nossas casas isso assim também acontece frequentemente? Falemos a verdade, tendo nossos botões por testemunhas...
Infelizmente, percebemos que no seio das famílias tal benfazeja interlocução facial e pessoal não acontece exatamente assim, pois enquanto alguns dos seus membros esbanjam amor, alegria e quase constante bom-humor, assim operando verdadeiros e quase divinais milagres de disposição pessoal e de interlocução familiar... Outros, quase sempre os que até se aceitaria fossem um naquinho mais sisudos que os demais, acabam extrapolando seus direitos naturais, e prepotentes e quase diuturnamente carrancudos e de péssimo humor, esses tais, infelizmente, só fazem mais e mais precipitar, estragar e agravar catastroficamente tudo que porventura já estivesse ruim e caminhando para a contrariedade em termos de relacionamentos pessoais ao talvez mesmo sagaz, cruel ou intencionalmente, acelerarem e aprofundarem as até então quase naturais discussões ou pequenas desavenças do cotidiano conjugal ou familiar.
E você... De qual lado você costuma se posicionar durante uma ou outra ocasião semelhante?
Sabendo-se, até mesmo amarguradamente vindo a saber, que a solução verdadeiramente eficaz dos males da vida não reside no uso contínuo do cigarro, do álcool, das drogas lícitas ou ilícitas, e menos ainda nas acaloradas e horripilantes discussões irracionais ou na entristecedora desistência de tudo, muitas vezes até da própria vida...
Que tal seria pelo menos um segundinho antes dos momentos mais rispidamente apelativos e agressivos, buscarmos proteção mútua e solução continuada numa boa dose da mais sensata e cordial comunicação possível?
Eu mesmo, e isso não poucas vezes me acontece, quando começo a me sentir bastante amuado e borocochô, sem entorpecente ou estimulante externo algum costumo criar belas e divertidas imagens mentais, assim convivendo por pequenos mas enriquecedores lapsos de tempo com pessoinhas imaginariamente alegres, cordiais e sorridentes! Como isso me faz bem... embora o melhor mesmo é quando isso me ocorre real e naturalmente, pelo maior tempo possível.
Como é reconfortante poder constatar como um sorriso espontâneo tem o quase divino poder de iluminar semblantes e ambientes... Aliás, e que tal seria hoje ainda, e quem sabe mais frequentemente, passar a ganhar e retribuir sinceramente luminosos enquanto humana e espiritualmente estimulantes e acariciantes sorrisos, brotados da própria alma?
Gente alegre, amorosa e generosamente agradada e ajudada, resultam em amizades natural e perenemente conquistadas!
Um felicíssimo e abençoado Natalício de nosso Senhor Jesus Cristo, para todos os cristãos portadores de corações receptivamente amorosos, enquanto intimamente fervorosos e bondosamente generosos.

Armeniz Müller.
...Oarrazoadorpoético.

⁠Cadeias de confiança!...

Você tem talento! Todos temos pelo menos um talento nato... Você já se deu conta disso?
Quanto a mim, eu mesmo muitas vezes me estranho ao me pegar questionando-me a esse respeito, sempre que me encontro sozinho comigo mesmo, o que é muito comum com as pessoas da minha idade...
Tenho mesmo a nítida impressão que o meu eu interior, alma ou espírito... Nem sei bem como poderia definir com absoluta assertividade tal característica, que em mim resulta neste fator preponderante nas minhas reflexões mais intimistas, tantas, elas que quase sempre resultam nestes meus pequenos escritos... O que sei, isso sei e piamente nisso acredito, é que este meu fator preponderante que me estimula e impulsiona esta minha quase autodidata atividade literária seja admiravelmente mais velho, calejado, experiente e misericordiosamente humano que eu mesmo.
Nisso, muito acima de quaisquer confissões e expressões religiosas eu realmente acredito e aceito como sendo o talento que me coube conservar e desenvolver, sempre e sempre em prol de alguém circunstancialmente carente de algumas palavras firmes, mas absolutamente direcionadas para a travessia segura em circunstanciais águas profundas. E esse alguém, hoje, pode ser justamente você que ora me lê... Mas certamente amanhã será você quem poderá ser chamado para amparar e orientar alguém, seja com meras palavras, como assim me coube, ou exemplos ou ainda através de atitudes proativas. Aliás, nisso também eu acredito, pois fosse ao contrário, e como formaríamos as necessárias cadeias de confiança para resgatar, amparar e estimular tantos e tantos a também se disporem a galgar os difíceis degraus que levam a uma vida realmente digna, enquanto próspera no quilate prometido e definido pela própria divindade, isso que sabemos uns e outros terem sido separados para administradores, poetas, profetas ou incansáveis produtores de bens, alimentos, ensinamentos e ou saudáveis entretenimentos. E esse alguém também poderá ser você, por que não?...
Todos fomos contemplados com pelo menos um talento. Característica beneficamente nata essa, o talento, que bem conservado, desenvolvido e explorado, certamente proporcionará uma vida digna e próspera para nós e nossos círculos familiares, afetivos, produtivos e comunitários. Quiçá mesmo proporcionando-nos uma vida integralmente proativa e mutuamente feliz!
E então, você concorda comigo que todos nascemos com pelo menos um talento para ser descoberto através de saudáveis e repetitivamente incansáveis atividades, e até mesmo através de misericordiosas observações de outrem, e que bem cuidado, desenvolvido e explorado em benefício próprio e dos que nos cercam, logo, bem logo se transformará em nosso próprio pão, modo de vida e sucesso?
Quem já não ouviu ou presenciou desenvolvimentos humanos tais, onde algumas criancinhas circunstancialmente carentes, ao crescerem desenvolveram-se tanto que se tornaram astros do esporte, artistas, cientistas, robustos técnicos e mesmo salvadores de vidas ou de almas? Que tal seria aprimorarmos nossas amorosas observações a partir de nossos próprios filhos? Os meus, bem ao contrário de mim, saíram todos no rumo das ciências exatas, e assim se formaram e vivem bem contentes. Assim, se pra eles está bem, pra mim está bem, bem, berembembém... Então, euzinho mesmo, gente do céu! E não conheci em corpo, alma, espírito e travessuras próprias da idade um certo padeirinho lapeano que ainda imberbe se atreveu a começar a ler, ler e estudar, logo começando a escrever até os próprios pensamentos, assim objetivando de alguma forma ajudar robustamente todos aqueles que se dispusessem a ler seus pequenos escritos, hoje espalhados pela vastidão do planeta através da internet?...
E que dizer do verdadeiro e eterno protagonista do Natal Cristão? Aliás, mesmo que em virtude da assustadoramente crescente desumanização dos povos alguns não mais acreditemos piamente nas modernas apresentações natalinas, pelo menos observemos que ali, apesar da chocante pobreza, havia uma família protegendo-se mutuamente... e que até mesmo os animaizinhos ali presentes não estavam aprisionados.
Feliz Natal a todos os que ainda cremos no Senhor Jesus Cristo, como nosso Salvador espiritual.
Armeniz Müller.
...Oarrazoadorpoético.

⁠Avante!...

Porque melhor, bem melhor
Será continuar a caminhar...
...Avançando sempre!
Sempre e sempre...
...Sempre avante caminhando.
Mesmo que em algumas circunstâncias
Sofrida ou penosamente avançando passo a passo...
...Braçada após braçada!
Venha a cair...
Sempre e sempre será melhor levantar-se
Endireitar o corpo e voltar a avançar.
Pois mesmo passo a passo, braçada após braçada avançando...
...Nesse sacrificante esforço todo, acredite!
Isso tudo será melhor, bem melhor
Que desalentada ou covardemente
Deixar-se vencer...
...Ou ainda pior: aceitar retroceder.

Armeniz Müller
...Oarrazoadorpoético.

⁠Ah, esses nossos amores!...

Tá chovendo
e muiiito frio...
...Lá fora!
Mas aqui, bem juntinho
do meu bem...
Tô quentinho e sou feliz, agora!
E tudo isso
está mui bem,
berembembém
Desde outrora...
...E quiçá ainda assim estaremos até muitas outras au(ro)ras.

Eu sonhando em frente de minha vidraça matutina, todinha respingada de chuva...

Armeniz Müller.
...Oarrazoadorpoético.

E logo aí vem o Natal...

⁠E assim é...

Quero acreditar, como isso bem quero, que excetuando-se os amores doados incondicionalmente, nos demais amores, mormente aqueles amores perigosamente abrasivados pelas paixões, as palavras ditas nem sempre traduzirão o que realmente vai pelos mais profundos recônditos desses coraçõezinhos assim abrasivados enquanto diuturna e falseantemente apaixonados.

Armeniz Müller.
...Oarrazoadorpoético.

⁠Filhos, filhos e mais filhos! mas filhos de quem mesmo?...

Filhos, filhos e mais filhos! Ainda falando em filhos egoístas e aumento de miséria social... Concordemos que racional mesmo seria não tê-los, ao invés de mergulhar de cabeça raspada nesses sacrificantes, frios e empobrecedores relacionamentos familiares, tantos deles sem quase nenhuma comunicação amorosa, seja através de palavras ou gestos de aninhamento, proteção e acolhimento.
Entretanto, em tendo-os que lhes demos a melhor criação e educação possíveis, isso que num futuro próximo certamente em muito os ajudará a serem condignos e produtivos cidadãos.
Por outro lado, o velho lado da ilusão, roubalheira e enganação oficiais, mas a quem mesmo poderão sair os "lucrativos filhos" da nova administração petista?... Aqui, sem quaisquer intenções de desrespeito pessoal a quem quer que seja, concordemos também que se esses tais "ninhos" já eram multidões nos malfadados tempos dos prometidos cem dólares do salário petista, doravante formarão ninhadas e mais ninhadas de seres famintos buscando sobreviver a qualquer custo, quando assim serão gerados com o ilusório "patrocínio oficial" de cento e cinquenta reais per capita até seis anos. Isso quase provoca saudades daqueles "estranhos" tempos, quando então , pelo menos prometia-se aumentos de salários e não de esmolas, como agora acontece. Será que a fórmula atual rende mais para os seus criadores, ou assim pretende-se amancebar completamente as classes menos preparadas para enfrentar as crescentes exigências do mercado de trabalho? Nisso não podemos esquecer o avanço tecnológico no campo, nem as terríveis condições das transações bancárias e correspondentes contratações de seguros para garantir safras mínimas de sobrevivência aos pequenos sitiantes... Acredito que resida nisso o principal motivo do incessante êxodo rural na direção das periferias das grandes cidades. Cada grande máquina que chega, são pelo menos vinte famílias descartadas...
Na verdade, tristíssima e desumana verdade, tal aumento das proles famintas serão custeados com o suado dinheirinho dos poucos verdadeiramente trabalhadores, esses pequenos herois cotidianos, os quais nem sei como ainda insistem porque insistem em se esforçar diuturnamente para conquistar o seu próprio sustento.
Atualmente, quanto mesmo estaria custando gerar, criar, educar e manter um filho até a idade adulta dentro de casa?
Sem esquecer que dentre todos os filhos, os piores - pústulas ou futuros psicopatas caseiros - nem ao menos aceitam ponderar sua saída do ninho familiar, onde.ali permanecem sugando seus pais ou avós até a chegada dos próprios cabelos brancos. Isso ainda se torna um tanto quanto tolerável, quando aceitam seguir nos estudos tradicionais, então esforçada ou penosamente alcançando suas primeiras graduações, mestrados ou doutorados...
Embora no âmbito da maioria esmagadora daqueles que detestam a Escola e a rígida disciplina familiar, todos esses infames ali permanecem sugando e até roubando os quase sempre miseráveis benefícios sociais de suas mães, pais e avós, até que finalmente sejam "deserdados" mortiferamente dos seus aquecidos ninhos familiares pelo crime organizado.
Finalizando, será sempre a sociedade organizada quem pagará essas demagógicas contas oficiais - aqui incluindo as financiadas e politicamente refinanciadas esmolas oficiais, as eleições gerais a cada dois anos, os desmoralizantes fundos partidários, os suspeitíssimos orçamentos secretos e as criativas roubalheiras institucionalizadas - arcando ainda com todos os demais altíssimos custos e desastrosas consequências sociais das más formações familiares, mormente as que comumente acontecem nas desumanamente empilhadas periferias das cidades, isso tudo através do elevado custo de vida e dos recolhimentos compulsórios, periódicos e anuais de altíssimos impostos federais, estaduais e municipais, sem esquecer as incontáveis taxas e tarifas oficiais e privadas, culminando com o horripilante pagamento de pedágios milicianos, quando não estritamente enclausurados dentro das próprias habitações... Enfim, todas as camadas da sociedade organizada acabam sendo vítimas do despreparo e da ganância oficial, bem como do incontrolável aumento da criminalidade.
Para fixar mais facilmente esta minha presente reflexão social, lembremos de tantos e tantos desses espertíssimos, pra não dizer safados, indivíduos que a cada dois anos - absurdo isso - abraçam alegremente suas carreiras políticas, essas que logo, logo, se transformam em polpudos empregos vitalícios para eles e seus familiares e amigos do peito, antes ainda de todas as atrocidades oficiais "possivelmente" cometidas com sua ativa ou passiva participação, sempre e sempre contra os interesses e a própria dignidade dos decrescentes cidadãos de inatacável perfil moral. Esses representantes dos eleitores também são ou foram filhos de alguém.
Nem sei bem porque, mas agora mesmo veio-me à memória a volúpia da classe política por obras e mais obras, bem como aquela passagem bíblica dos animais manchados...

Sinto muito.

Armeniz Müller.
...Oarrazoadorpoético.

⁠Num piscar de olhos!...


Significado
(1986)

No poema

e nas nuvens

Cada qual descobre

o que deseja ver.

(Helena Kolody)


Lembrando esse e muitos outros dentre milhares de magníficos textos e poesias da maior e mais amorosa poetisa paranaense de todos os tempos, a saudosa professora Helena Kolody, não pude me furtar de refletir profundamente nos seus ensinamentos.
Assim, mais de uma dezena de vezes relendo seu alertador poema sobre as nuvens a inspirar sonhadores, poetas e amantes, aqui quase autodidaticamente tentei também fazer meu pequeno e humilde ECO com a incomparável mestra.

Assim escrevi:

Num piscar de olhos!...

Seja na formação e agilíssimos movimentos
das brancas nuvens no céu
Ali retratando as mais variadas figuras
Que se nos vão pela mente e coração!
...Bem como no acelerado e inexorável transcurso
de nossas próprias vidas. ..
Podemos perceber
e quase naturalmente alcançar
Exatamente aquilo que física, mental,
espiritual
E voluntariosamente nos dispusermos
a ali enxergar e meticulosamente perseguir.
Mesmo que inicialmente assim,
apenas vaporosas imagens sensivelmente atinadas...
Logo, logo, a depender de nosso mais profundo querer!
Poderão representar belas realidades sacrificialnente perseguidas e conquistadas.
Tais acalentadoras visões mimam e enternecem corações...
Mas consequentes decisões primordiais desde ali tomadas
devem ser firmes e imediatas!
Firmes e imediatas, mas pacienciosas...
No trilhar dos necessários e árduos caminhos
Da criteriosa educação, preparação técnica e projetos
Seguidas de execução, conquista, manutenção e especializações periódicas
Pois assim como tais nuvens aceleradas no céu...
...Nossas vidas também costumam passar num piscar de olhos.

Armeniz Müller.
...Oarrazoadorpoético.

Juro que ainda há pouco, nas nuvens formadas no céu de Curitiba, vi um bebezinho brincando alegremente com seu ursinho de pelúcia...

⁠Equilíbrio passional!...


Humanamente falando, tal equilíbrio poderia existir numa disputa ou mútua entrega libidinosamente passional?
Como é difícil manter o equilíbrio em toda e qualquer situação que envolva sentimentos ou libido... Imaginemos então alguém tentando, tentando, e mais ainda tentando manter o equilíbrio mental numa explosiva e espinhenta vida passional...
Caso isso seja possível, e disso eu mesmo duvido muito, como isso poderia ser alcançado pacificamente por um casal sensato?
Afinal, tendo alguém o infortúnio ( qual seria mesmo o antônimo desse termo assustadoramente entristecedor? ) de vir a ter um leão ou uma terrível onça pintada como par, concordemos que esse (a) pobre e desafortunado (a) amante tem o inalienável direito de um dia poder vir a encontrar como companheiro (a) vitalício (a), alguém possuidor de enorme alma translúcida e quase divinamente anjelical. Pois caso insista na situação anterior, não se afastando do iminente perigo de explosão relacional, de uma ou outra maneira estragarão suas vidas, e certamente sofrerão até a morte, essa que assim sendo infelizmente não tardará.
Embora todos os terceiros (os de fora), saibamos antecipadamente como isso costuma acabar, até mesmo porque é notoriamente sabido que a natureza humana é composta por perigosíssimos turbilhões de fogo nos mais profundos recônditos sentimentais das pessoinhas passionalmente apaixonadas... Isso que as impedem completamente de raciocinar e tomar decisões sensatas quando tomadas pelo frenesi das paixões.
Assim sendo, mesmo aceitando serem diuturnamente amparados e ou "paparicados" por um primor de criaturinha anjelical, serão aquelas primeiras criaturas ( o leão ou a onça pintada...) que continuarão mantendo o seu sangue passionalmente fervente e viril até lá pela quarta idade, ou catástrofe final.

Sinto muito...

Armeniz Müller.
...Oarrazoadorpoético.

⁠Eu, um mero pensador?!...

Qual proveito humanitário poderia advir do mero pensar, pensar, até quase os neurônios queimarem pensar, mas nenhuma atitude natural ou eficaz jamais tomar em prol de alguém que necessite de nossa ajuda, mesmo que isso seja apenas circunstancial?

E quase assim foi...

Realmente, parece-me que foi ontem ainda...
E eu ali, sentado na minha cadeirinha de jardim
Sob aquele acariciante sol de inverno...
Pensava, pensava, e mais ainda pensava.
Refletia sobre os milhões e milhões e milhões
( quem sabe até mais...)
De seres humanos à beira da miséria ao redor do planeta!
Certamente pessoinhas indefesas em relação a tudo
Que possa representar riscos a sua dignidade humana...
Pessoinhas assim tão desalentadas!
A ponto de nem mais se encorajarem
Sequer a se comunicar com alguém e pedir ajuda...
Então não pude me furtar de concluir
Que alguma atitude precisava ser tomada
Com urgência urgentíssima...
Alguém de muito poder ou fortuna carecia de se comparecer imediatamente de tais pessoinhas sofredoras!
Alguém sim, mas quem?
Será que eu mesmo poderia vir a ser útil a elas de alguma maneira,
enquanto ali permanecesse confortavelmente sentado na minha cadeirinha de jardim debaixo daquele acariciante sol de inverno?
Eu mesmo, debilmente, começava já a entender que não podia aceitar simplesmente ficar ali na minha cadeirinha a pensar, pensar e mais ainda pensar...
Quase já me afogando em minhas vãs boas intenções, comecei a sentir desconfortáveis comichões!
Comichões que não eram provocados pelas ágeis e produtivas formiguinhas do meu florido jardim...
Quando mais triste ainda é saber que bilhões de seres resfolegantes também estão vivendo uma vida melhor, e poderiam estar assim como eu, apenas e tão somente pensando, pensando, sem tomar nenhuma atitude eficaz para ajudar a resolver tamanha delicada situação de risco a própria humanidade daquelas sofridas pessoinhas.
Pensar, pensar, pensar e tão somente lamentar a má sorte alheia,
sem tomar uma atitude sequer para aliviar seu sofrimento...
...Ou ao menos tentar ajudar alguém a se reerguer, mesmo sofrivelmente, para uma vida melhor?
Foi então que alguém balbuciou algumas palavras em frente ao meu portão:
- Será que o senhor pode me ajudar com qualquer coisinha, pelo amor de Deus?
Imaginem que atitude eu deveria tomar, justo naquele momento em que eu tanto pensava nas milhões e milhões de pessoinhas passando fome ao redor do planeta...
Será que aquela judiada pessoinha, em sofrível situação de rua, seria uma delas vindo até mim? Então elas não estavam apenas lá nos confins do mundo, como a televisão me fazia crer, mas estavam ali em carne e ossos, mais ossos que carne, tadinhos, também na frente do meu portão?...
Enquanto o sinhozinho se afastava um naquinho mais aliviado no seu alongado sofrimento, lembrei que alguém já afirmou que o céu deve estar superlotado de gente que passou a vida inteira quase se afogando num mar de boas intenções, sem nada fazer concretamente para minorar ao menos momentaneamente as misérias dos que nada têm...
...Ou seria um outro lugar, beeeeeem mais quente que o céu, que estaria assim, apinhado de gente bem-intencionada?!?

Pensemos nisso...

Armeniz Müller.
...Oarrazoadorpoético.