Coleção pessoal de Ariane28

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Pigmentos

Algumas vezes ou outras
O meu coração , vai acelerar
Algumas vezes ou outras
Eu vou perguntar o porque

Vou sentar no sofá e olhar
A mesa de centro vazia
E vou pensar nos vários porquês ⁠
Vai ser como um flecha

Dilacerante , como o destino
Friamente , dissimulado
Mesquinho ,
Quão mesquinho , destino.

⁠Sem mas

Não, obrigada , não obrigada
Eu me recuso
Todo mundo hoje dia
Ou teem o coração partido

Ou pela metade por um outro alguém
Eu me recuso
Me recuso a ser passa tempo
Ou perda de tempo

Eu me recuso a dividir uma vida
E acabar como estamos
Não obrigada
Eu me recuso

Eu me recuso a ter metade
De corações vazios
Muito obrigada
Mas me recuso



Quando lembrar da dor
Que me causou
Lembre também
Das vezes que eu tentei te entender

Das vezes eu sequei as suas
Lágrimas enquanto segurava
As minhas das vezes
Que eu chorei escondido

E você nunca viu nem ligou
O bom dos seus maus tratos
É que eu nunca vou esquecer
Enquanto eu fechar os olhos

Eu vou lembrar
Vou lembrar que eu me permiti
Sofrer me permiti a dor
Do abandono

Mas você não tem ideia
O que faz doer também
Traz a cura

"Partida"

Quando achar que eu posso voltar
Não se preocupe ,
Pois eu morri
Morri pras tardes de domingo

Morri prós almoços em família
Pras manhãs de café na cama
Morri pras reuniões de família
Natais e aniversário de parentes

Então quando pensar que de
Alguma forma eu quero voltar
Lembra que eu já fui
Já fui , fui nos descasos

Na falta de carinho e cuidado
Fui nas mentiras no abandono
Na traição
Lembra que as lágrimas mudaram

E mataram-me
Então não esquece que eu morri
Morri prós sonhos com você
Matou-me pouco a pouco sem querer

Eu , eu ,eu morri pra mim.

⁠Sem promessas

Aqueles olhos tristes
Aquela alma corrompida
A dor que a fatiga
Aquela dor , aquela

De olhos mortos
De pele pálida
Sem esperanças
Aquela onde a única saída

É conseguir mais um dia
Tirar os sapatos exaustos
Vestir o pijama surrado
E esperar a inércia vir

Um toque de dor sem amor
Um fantasma murmura
(Onde está sua alegria)
Bem a alegria eu não sei

Mas a tristeza ,a tristeza se encontra aqui .

⁠Dedicado a você


Hoje eu sonhei com você
Estranho ,tanto tempo se passou
E eu ainda sonho com você
Lembro das nossas conversas.

Da gente rindo de coisas bobas
E do futuro incerto que talvez
Não teríamos
Conversamos sentados

Por horas em uma grama verde
É difícil saber que eu nunca mais
Vou te ver ,
A morte me surpreendeu

E te levou daqui .

Caminhar

Tudo bem , se minhas lágrimas
Secaram é que eu já as derramei
Tantas vezes que mau posso contar
Um amanhã incerto das promessas feitas .

Um coração cheio do nada
Que o destruiu ,
Velejando pelos meus pensamentos
Abro todas as portas .

Infinitos incontáveis medos
Rum um passo a passo doloroso
Eu me perdi
Eu me perdi de me .

⁠Eu irei

Não se deve impedir alguém
De fazer o que quer
Nem de ir embora quando deseja
Abra a porta e também o coração

A uma dor que paira , entre o querer
E entre não lutar sozinho
Há situação , eminentes
Como campo minado

Cheio de bombas prontas
Pra explodir, abrindo a casca
Eu percebi que a ferida
É muito mais profunda do que aparentava

Ainda sangra , ainda dói
E pode ser que doa
Por dias meses , anos
Ou até a vida toda

A dor vai ficar , a dor sempre fica
Aprendi a gostar dela
Talvez até dimais .

Eclodiu

De dentro, para fora
Explode em uma onda gigantesca
Um coração de alma vagante
Um eu destroçado.

Mil e uma palavras doloridas
Mil e uma maneiras diferentes de ferir
A cada passo nessa escuridão
Imensa é minha inércia

Quais quer que seja , meus
Pensamentos jaz em bolhas
Flutuantes por aí
Aqui morrera eu

Um patético poeta , com manias insanas
E vontade de grandeza .

⁠Decreto

Há quanto tempo , meus cabelos não sentem o toque das suas mãos
Há quanto tempo meu rosto não sente suavidade dos seus lábios

Há quanto tempo , o meu corpo não reconhece mais o seu desejo .
Há que eras seus olhos não tiram mais as minhas roupas

Desde quando sou um tanto faz assim
Por quais motivos, o beijo os cuidados sumiram
Não há desculpas para tamanha crueldade

Não há perdão para tamanha covardia
Desde quando , fazer amor
Ficou tão improvável
A que ponto meus próprios carinhos

Vão me satisfazer .
Até que ponto eu cheguei amando por nós dois
Onde eu estava que não vi.

Sorriso

Naquele sorriso , nascera
O que meus olhos buscavam
Naquelas gargalhadas escandalosas
Que você emitia sem timidez

Em cada curva perfeita
Nas ondulações dos seus cabelos
Me quebrei , quebrei a promessa feita
Nunca me apaixonar dinovo

Mal se esperava a hora de ver te dinovo
Seus olhos anceia os meus
Sua pele quente chamava meu nome
Eu atendia exitar

Por onde andas aquele sorriso
Aposto que sorrindo para outros olhos
Beijando outras bocas
Elogiando outros rostos

Sonhando com meus olhos e corpo. ⁠

Onde está seu coração

Hoje eu tô cheia do nada
Cheia do vazio de olhos parados
⁠transbordando de tantas coisas que não cabe em mim

Do tipo de coisas como ,e agora
Pra onde é que eu vou
Qual ponte devo cruzar
Do que devo encher a minha mente

Esse ar quente de sol e céu nublados
Me desanimam , pessoas me desanimam
Eu sei eu sei eu também sou uma pessoa
Por isso sei que posso me desanimar.

⁠ O que queremos

Naquela casinha velha
Feita de madeira e capim
Encontrei a paz que necessito
Minhas poucas palavras

Nunca serão referidas como solidão
Sólida é o que todos vivem dentro da suas próprias mentes
Claro eu também tem a mente solitária

Mas eu gosto disso
Eu gosto de saber que posso está só
E mesmo assim sorrir
Além do mais fazer esforço para agradar
sempre nunca foi meu forte

Eu posto está feliz, e mais tarde triste
Posso dormir hoje amanhã nem tanto
Isso enloquece a maior parte das pessoas
Não que eu seja melhor nem diferente

Acho que eu só aprendi a entender
Somos milhares diferentes
Todos querendo a mesma palavra
Felicidade
Ninguém quer ser triste

As pessoas não sabem lidar com a tristeza
Elas querem a felicidade eterna mesmo sabendo que não é possível
Elas tem a ilusão de que um dia viveram felizes sem nenhum problema

Infelizmente eu também faço parte dessas pessoas .
Também tenho a ilusão de que viverei
Feliz para sempre.

⁠inconstância

A solidão é algo extraordinário
Busca de dentro aquilo
Que você não quer encarar
Nós passos dados adiante

Solitude , ao senta-se em um banco de praça
Ao respirar fundo tomando um café no sofá
Ao ler seu livro favorito
Encostado na cama com o travesseiro

Ao acordar de manhã agradecido
Pelos dias difíceis , mas mesmo assim
Agradecido
Ver o sol com o raios tão resplandecente

Que toma por completo nossa alma
Aquecendo o coração de quem
Faz morada no gelo
Nas lágrimas nos sorrisos

⁠jaz

Será , que há espinhos nos meus lábios
Não são macios ou suaves o bastante
Todo choro guardado
De tristeza e solidão

Serve um beijo sem paixão
A quem pertence os beijos
Que só quero da a você
Cordão maldito

Liga meu eu ao seu ser
Nada tão bom quanto parece
Meio frio , morno , seco
Aqui , lá bem ao longe

Onde o sol nunca dorme
Horizonte.

Morrerei engasgada de palavras

Ouvi dizer que todos os poetas
Morreram engasgados
Pensei engasgados
Morrerei escrevendo tudo .

Mas nunca será o suficiente
Sou inundada de dentro pra fora
Permeada de caos e contradições
Tão finitas quanto eternas .

Um relógio de cordas
Programado já repetição
O eu caótico frustrado
Com fleches de memória .

Inerte da história , na contra mão
Infinitas palavras deslocadas
Extraídas soberbas de me . ⁠

Ao soar dos sinos

Traz de volta , traz pra mim
Revoga o beijo o cheiro , desejo
Arromba a porta que ficou trancada
Não por opção , mas por orgulho besta .

Segure os dedos minhas mãos
Não solte não vá embora , fique .
Resista , peça , me queira
Me dispa.

Beba de mim, sugue de mim
Sussurre enquanto beija minha boca
Converse no meu ouvido
Com sua voz rouca .

Sorria
Quando fechar lentamente os olhos
Enquanto se curva sobre mim
Abra as pernas e como na cadeira

Sente , apoie seus braços e viaje em me
Passeie com as mãos no meus pescoço
Busque meus olhos pra se
Impeça minha fuga .

Beije-me
Não me deixe ir.

⁠Sintonia

Senti medo ,quando seu corpo tocou o meu
Sentir que entrava na minha carne
Tive medo de não conseguir sair
Fiquei tão presa , na maciez da sua boca.

Que me esqueci , me perdi
Todo meu amor
Todo meu carinho e atenção ,
Flamejante, como o ardo .

Daquele chocolate aquele , aquele
Pimenta , finalmente, quanta memória
Não concluída , quanto prazer desejo adiado
Sua pele , tom de romã , ou maçã , canela isso .

Seu cheiro que embebeda meus pensamentos , mas como se é pra sentir
Sim me embebeda , entra pelos meus pulmões
E derrepente , estagnada perplexa do seu poder .

Macio quente , doce forte
Molhava minha boca
E eu quase implorava
Me beija .

Minha licença poética
Meu delírio eminente
Vislumbre da poesia perfeita
Minha cereja negra .


"Infame

Olhei e vi seus olhos
Naquelas gotas de chuva
Que molhava seus cabelos
Dançamos .

Estava hipnotizada , com seu ar de que
Nós podemos ser tudo que quisermos ser
O mundo é seu é meu é nosso
Nas linhas tênue do seu corpo .

Fio a fio eu puxei, te trouxe pra mim
Daquela água que escorria de você
Eu bebi , destilando pela minha boca
Encurralada não resisti .

Pedi um beijo ,
Quando me negou
Eu o tomei pra mim.

⁠Minhas palavras

Eu dou um passo no escuro
Navego entre as linhas do destino
Eu brinco com cada palavra
Dedilhada nas cordas de um violão.

Eu não digo as palavras ,
Eu as transpiro,
As faço carne da minha carne
As faço sentir por se próprias .

São viscerais , do profundo
Metódicas consistentes
Quase com vidas
Se não, vivas.

Você pode dançar com elas
Canta-las educa-las endireita-la
Melhor sussurra-las , grita-las
Por fim guarda-las .