Coleção pessoal de anna_flavia_schmitt

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⁠Não existe um só
dia que não recorde
dos lábios de Abiu
que me fazem escrever
Versos Intimistas
do anoitecer ao amanhecer.

(É sobre o nosso silente querer).

Na beira de um
povoado ribeirinho,
És Uxi carregado
de frutos e carinho.⁠

⁠A minha identidade
nacional brasileira
está presente em tudo
aquilo que posso
usar os meus sentidos,
vivenciando em solitude,
no convívio diário
ou estando distante,
o importante é cultivar
para nunca olvidar,
para não deixar desperdiçar.

No choro ou no riso
capaz de ser recíproco,
Na nossa Natureza
e em tudo aquilo
que a Arte, a Cultura
e os sabores fazem
lembrar que aqui nascemos
ou aqui escolhemos,
quem somos e vivemos,
tudo é parte do que queremos
e de quem na vida seremos.

A ancestralidade e a identidade
nunca serão isoladas
uma da outra,
quando se conhece cada uma,
e se reconhece a sua
identidade nacional
como próxima do espiritual,
nenhuma força externa
será capaz de guiar
o seu destino e na sua terra
vir a se tornar perpétua.

⁠Não importa o quê vier,
sempre escolho ficar
em nome da floresta nas veias,
do ar que se respira,
das águas que se bebe e banha,
em defesa da vida
com os dois pés na terra
mesmo virados
para trás: sou Curupira
indo adiante e para cima
sempre de quem merece,
desrespeita e desacredita.

⁠Com as palmas da mãos
repletas de Muruci,
Diante dos olhos teus
a Iara dos teus dias,
A minh'alma brasileira,
se orgulha ser inteira,
Ser poeta, poema,
primeira e derradeira.

⁠Ninguém é obrigado
a nada e a minha ideia
é pé de Jenipapo,
A nossa amada Terra
é aqui, e ainda bem que
não é nenhuma outra;
Sou realista e não ligo
que me chamem de louca.

Se for falar da nossa
Terra que seja doce
até para falar com
quem quer que seja,
e até do que é amargo,
Sei que não é fácil
o quê se tem passado.

Claro, que pode ficar pior,
se não embalar o seu
coração tranquilizado,
por isso busque ser
a tua paz, o seu amor
e o melhor tratando
bem todos ao seu redor.

Quando não conseguir
o modo pacificado,
Lembre-se que o silêncio
sempre será o aliado,
porque no final o quê
importa é um convívio
sereno e equilibrado.

⁠O Taperebá florido
recorda que teremos
frutos para fazer
doces com amor,
Se isso não é poesia,
não faço a mínima
daquilo que seja,
Mas sei que Taperebá
tem algo parecido
quando se beija
e a gente se enleia.

⁠Voos emprestados

As badaladas da Igreja Matriz
São Francisco de Assis
sempre semeiam o imutável
que reinicia para a vida.

Lidar com a franca neblina
por Rodeio e que habita
no meu peito jamais desafia,
porque cada canto conheço.

O tempo não é o problema
porque passo por ele
e verdadeira é a recíproca,
e vira por método poesia.

Para onde o mundo caminha
a minha consciência acompanha,
e o coração nunca se engana
nem mesmo na rota que traça.

Porque das aves sublimes
do Médio Vale do Itajaí
sobre o Rio Itajaí-Açu na direção
do amoroso Pico do Montanhão,
os pés pediram o voos emprestados.

⁠De qualquer ângulo
como quem vê um
filme em dia de estreia,
Olhar nos seus olhos
como quem aprecia
um pé de Bacuri carregado,
Com o coração gamado
e beijos apaixonados
por todos os nossos lados.

(É sobre erotismo aberto
sem dizer uma só palavra)

⁠20/10

Não tenha pressa
de receber qualquer
reconhecimento,
Se prepare apenas
para o seu conhecimento.

...

20/11

Se ninguém
gosta de você,
Nada e ninguém
mais importa
do que você.

20/12

A busca pela felicidade
é uma atitude de liberdade,
Se você quiser esperar
que o outro te faça feliz,
Ninguém te fará feliz de verdade.

⁠Te mimar com algo
feito com carinho
e Castanha-do-Brasil
de um jeito que
você jamais sentiu,
e ninguém nunca viu.

(Não será preciso
nem mesmo
de amor falar contigo).

⁠19/10

Não sobrecarregue
quem te ajuda,
Para que ele não te falte
porque nunca
mais encontrará alguém igual,
Portanto, valorizar, é fundamental!

...

19/11

Quem destruiu
a sua imagem
e a imagem de um povo,
Não pode dominar
a narrativa de que
está fazendo algo,
Estabeleça o seu lugar
sem deixar vago o palco.

...

19/12

Mesmo que a sua
vida esteja difícil,
Preencha a sua
mente com aquilo
que coloque alegria
para suavizar o caminho.

⁠Tudo parecia tão real,
um sonho surreal,
ninguém vai acreditar
se eu começar a contar.

Vi sobrevoarem o Mocambo,
não era um avião junto da nave espacial,
e tampouco nenhum engano,
e sim Jaçanã e Pavão Misterioso,
voando no céu limpo e formoso.

Com De Mãos Dadas no Arraiá
não parava de dançar,
com Peti na Roça a cantar,
no ritmo que faz pulsar.

De repente todos se pintaram
de laranja e branco e brilharam,
quando o Touro Branco chegou,
e a nossa festa inteira animou.

Depois veio amarelo
com branco para do nada
nos mudar de cor,
era o Espalha Emoção que dançava
e a alegria por todos espalhava.

Ao abrir os olhos foi quando
me dei conta que estava
no meu quarto a despertar
deste sonho ainda meio zonza,
e para ele ainda querendo voltar.

⁠18/10

Não aceite que te
sobrecarreguem,
Busque uma maneira
de reagir para que
ninguém para a sua
vontade de prosseguir.

18/11

Se alguém fala
sobre você,
Não se pressione,
cuide de você.

18/12

Se prepare para
agir em qualquer
campo da vida,
Se permita sempre
evoluir com alegria.

⁠A Lua Crescente de braços
dados gentis com a tarde
por aqui no Médio Vale do Itajaí,
É a Lua do Folclore Brasileiro
que conheço e ainda não conheci.

Na vida para tudo tem um começo
e também um recomeço,
É por isso que com poesia, arte
e música o Folclore Brasileiro
desde Rodeio sempre fortaleço.

Porque da Pindorama sublime
a herança honro e carrego,
Trago na mística as veias
a fascinação pelo Hemisfério
cultivando este universo.

⁠O Papagaio-Charão
quando escolhe ir
ele vai na direção
da serra para se aninhar
e comer Pinhão,
No fundo o coração
não é diferente
quando escolhe entre
o amor e a paixão.

(É sobre o quê a gente sente).

⁠Teu jeito sereno
e macio lembra
o Cupuaçu divino,
A minha presença
faz parte do destino,
Muito além do que
deseja e pensa,
não é sobre poema,
é sobre existência.

⁠18/10

Se dedique ao seu
mundinho secreto,
só ele te acolherá
do jeito concreto.

18/11

Quando você for
banido sutilmente,
não se entristeça!
Busque alegrar
a sua cabeça.

18/12

Não faça força
para ser aceito,
Permaneça do seu
jeito e em silêncio.

⁠Colher Abiu é parecido
como colher beijos
no pomar do seu sorriso,
És o éden amazônico
intocado e paradisíaco.

(O doce amor preciso)

⁠Folguedos de bois

Existem muitos outros folguedos
de bois que não foram avisados,
Quando descobri saí correndo
para dançar por todos os lados.

Com os Bois-bumbás Filandinho,
Mestrinho, Vitorioso e Estradinha,
Pude sentir em todos os seus autos
dançando com a incontrolável poesia.

Este folclore amazônida de pasto
imenso tem feito buscar bois que
não conheço de um jeito intenso.

Desta busca não vou jamais desistir,
porque deste destino escolhi a alegria
sutil de ser a minha própria sinhazinha.