Coleção pessoal de anna_flavia_schmitt

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⁠Flor-de-Santo-Antônio
em florescimento
com todas as cores
atraindo borboletas
e os beija-flores.

É algo muito parecido
com o quê há de afetuoso,
e com tudo àquilo
que levamos pelo caminho.

Com o maior do pendores,
assim é o amor e a paixão
nos fazendo senhores.

⁠Estar sob o florescer
da Aroeira-vermelha,
aprender a caminhar
sem deixar-se convencer
que o amor romântico
não nos vale a pena.

O amor romântico
não rima com dor,
e sim é a régua real
que não tem nada a ver
com a opinião alheia,
e segue a nos socorrer
daquilo que nos pesa.

Viver sem idealizar
o quê se quer é
privar-se do direito
do sagrado de sonhar,
e subjugar-se a viver
de qualquer maneira
se deixando dragar
pela pior decadência.

⁠De corpo e alma
aquilo que resiste
inegável tem tudo
de Mata Atlântica,
Sobrevivendo
forte e romântica.

O cesto repleto
de Coco-Indaiá,
a inspiração aqui
comigo está,
Para fortalecer
e nada abater.

As folhas cobrem
os ideais que
conferem proteção
aquilo que importa
realmente ao coração.

⁠Enquanto os homens
semeiam guerras
sob o céu austral,
Os ipês florescem
esperanças em agosto,
Não há quem viva
sem cor e sem sonho,
A paz com as mãos
com convicção tomo,
e dela me coroo e trono.

⁠Por força do destino
onde por oito estrelas
têm a sua régia orientação,
O Deus da Guerra
perderá a sua orientação;
Porque foi ali que a Virgem
deixou a relíquia nas mãos
do Cacique Coromoto
e dele obteve a conversão,
Ali a Via Láctea é mais visível,
e nasceu lugar de pacificação.

(Por mais que uns desejem que não).

⁠Não permitir que ao redor
nada embruteça o seu ser,
Para que nada leve a esquecer
o quanto é belo e sagrado
o berço que te viu nascer,
E que nele por razão
nenhuma ninguém deve tocar;
Lição inefável de fortaleza
com a Sapuva se deve aprender
do nosso solo amado manter,
e sempre que preciso for refazer.

⁠Fechar os olhos,
contigo deixar
que me conduza
para Chan Chan.

Ser toda tua
no dia de Ni,
e na noite de Si:
o acalanto para ti.

Simplesmente
contigo deixar
que me conduza
pela herança Chimú.

Neste tempo
que pede fortaleza,
e exige de nós só:
o quê a alma serena.

⁠Não cultue o ego
e nem se sente
com quem cultua,
melhor plantar
uma Sete Folhas.

Não espere nada
nada de ninguém,
A real salvação
só de ti provêm.

A despreocupada
Sete Folhas em flor
em agosto diz tudo
que por onde for,
assim se deve viver.

Não pague para ver,
e sim eleja viver,
Não se aventure
onde não tem domínio.

⁠De sabor incomparável
os abacaxis são nativos
do Sul da América do Sul
foram por mãos guaranis
cultivados e espalhados,
Deixando memórias
e paladares encantados.

Não é à toa que admito
que neste continente
tenho inspirações
do nascente ao poente.

Em mim vive sempre
a vontade de render
todos os dias uma
grata poesia diferente,
dar graças a vida por
amar intensamente
belezas, sabores e perfumes
que fazem o mundo
todo de nós morrer de ciúmes.

⁠Não permitir que nada
e nem ninguém tenha
poder sobre ti em nome
da sua própria existência,
aconteça o quê aconteça.

Seja indestrutível e floresça
sempre por dentro,
enquanto a Sibipuruna
floresce determinada lá fora
e não marca no relógio a hora.

Não desista por nada nem ninguém
em nome do amor de quem te adora,
e se não houver ninguém,
que venha ser por você mesmo,
porque é o quê para ti desejo.

Além de agosto que se cumpra
com tudo o quê há de mais afetuoso,
e que o caminho grandioso
se abra e permita serenamente
o seu florescer maravilhoso.

Quando fores pelo caminho
e perceber que faltam flores,
não espere e nem pense duas vezes:
seja você mesmo a sua primavera
que nem mesmo aplauso espera.

⁠Desejar a paz
e a ordenação
de Viracocha
neste mundo
em viração,
Trago a ambição
Tiwanaku
como inspiração,
Porque sem paz
não há sustentação.

⁠Percorrer uma estrada
Wari de mãos dadas
em direção a Via Láctea,
Não querer mais nada
na vida a não ser tudo
que tudo aquilo que
enleve e coincida
de maneira infinita
no ritmo do Universo
a viver a história
romântica mesmo
que tentem nos convencer
que isso não mais exista,
Porque sabemos que não
existe outra melhor coisa na vida.

⁠Esculpidas no interior
as Vênus de Valdivia
para cantar o amor
sempre que for preciso,
Embalar o espírito,
a mente e o corpo,
Para abrir o caminho
coincidente para que
o melhor e o irresistível
brindem com a gente,
Crescente tem sido
infrene o desejo por
este encontro com
o quê há de inevitável
avassaladoramente.

⁠Quem é Pai presente em todas
as circunstâncias tem
o mesmo espírito de Sumé,
que nesta Terra sem males
deixou pegadas no Caminho do Peabiru,
merece ser sempre lembrado;
O seu legado é um ensinamento
que todo o Pai é necessário,
até para aqueles que por alguma
razão não têm o seu lado a lado.

⁠Nasci em 1980 e me considero parte da primeira geração que sofreu adultização
por causa da televisão, me considero privilegiada por não ter sido criada direto na frente da televisão.

Agora com a Internet está muito mais desafiador para as famílias.

Por razões óbvias, a família é o suporte essencial para que as novas gerações não venham mais passar por este processo de adultização.

Penso de maneira mais ampla deveriam fazer um compromisso que unissem os meios de comunicação com as esferas da Educação e da Cultura para que haja o resgate das brincadeiras folclóricas, encenações, danças e um estímulo para o conhecimento dos biomas do nosso Brasil.

Os menos privilegiados sempre vão existir, e para eles um ambiente país que comunica para minimizar ou mesmo obter o êxito de preencher por sorte onde alguma família não cumpra o seu papel seja por qualquer motivo, a adultização pode ser freada para muitos virem a se tornar adultos felizes no futuro.

⁠Um canto ancestral
com afeto nos oferto
o profundo atemporal,
a paz sem igual tal
qual a paz de Caral;
A chama sagrada
ainda viva no coração
de uma cidade inteira
sem muros entre nós.

⁠Sem reconciliação
nada é possível,
A vida por si só
já é muito difícil.

Pensar diferente
é de direção existencial,
O quê a gente tem aprender
mesmo é a conviver.

Quando não for possível
a leveza de ser,
Crie para si um mundo
paralelo para proteger
o seu próprio equilíbrio.

Não permita que ninguém
acabe com a paz
do seu sorriso,
No final quem te salvará
é o seu heroísmo.

Por isso se permita
a escuta também Apinajé,
ora com a Lua e ora com o Sol
seguir plantando as tuas cabaças,
Ter alma de chuva
ao encontro da terra e da águas.

⁠Que cresça
sem lenda
e do jeito que
a vida queira,
Que venha
a Tamba-Tajá
sem mistérios
e sem nenhuma
preocupação,
se o seu coração
é meu ou não.

⁠Não me casei
por duas razões:
porque não
fui encontrada,
E também
não encontrei;
Continuo crendo
no amor como lei.

⁠Ânimo de Angoéra
dançando com
as moças na festa
até o Sol raiar,
É assim que te quero
ver pelo salão
da vida a rodopiar,
Porque mesmo
que tudo desafia,
o importante é
nunca se esquecer
de cuidar da alegria,
e sempre encontrar
uma razão para festejar.