Coleção pessoal de anna_flavia_schmitt

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⁠Amanhã pela manhã estarei
indo lá no ajuntamento de Araçá,
na Ilha de Araçatuba onde
a história intocada nos encontrará.

Filhos deste Atlântico Sul que
jamais ninguém da atenção
de amor conseguirá nos desviar
o nosso brio perpassa o mar.

Nas nossas veias correm o pó
das estrelas do Hemisfério Austral
e no coração vive o fundamental.

O inevitável não está distante
e está sendo preparado
pelo fogo do nosso romance.

⁠Ouço o canto deles,
o canto envolvente
dos companheiros dos fundos
de cada rio e igarapé,
Eles sempre vem quando
chamo só para me ajudar,
Porque tenho fé simplesmente
e nunca deixei de acreditar
por nenhum instante imensamente.

...

Coaraci que guarda o dia
quando se deita e se ergue,
E sempre me ilumina
para tudo o quê o ímpeto
convida e atreve,
Tem algo bem parecido
com o seu sorriso
que o coração derrete.

...

Todos os congos
dançam as estrelas
sobre a Nação,
Eu sei a quem entregar
o meu coração.

...

Consoada bem posta
para nós dois,
Não haverá romance
negado depois.

....

Coré com farinha seca
servido na mesa,
Tem gente que nunca provou
e existe até quem não esqueça.

....

Pude ter o privilégio
na vida de assistir
à uma banda
de cidade do interior
tocando no coreto,
E testemunhar juras de amor
ali pelos namorados,
Cenas de um passado
que para muitos não
foi proporcionado nem
como espectadores,
E outros sequer na vida
sequer tenham escutado
o encontro quando podíamos
andar pelas ruas despreocupados.

⁠Diante de tudo o quê
se passa no mundo,
Sou como o solitário
da Ilha do Coral lá no fundo.

Das estações um coração
acendendo as emoções
como farol na escuridão
para quem vem e quem vai.

Porque acredito que se deve
falar o quê merece ser dito
por crer em um novo destino.

Se no final se é apenas
este o meu caminho aceito,
abraço e nele com afeto fico.

⁠Ali um dia serviu para defender,
prender e também para curar,
é a Ilha de Anhatomirim que
tem muita história para contar.

Estou indo navegar para escapar
do veneno espargido de quem
não se contenta com o da própria
língua e expõe a todos a perigo.

Não preciso fazer nada porque
a existência de gente assim
para si próprios é inabalável castigo.

Tenho mais o quê fazer do que dar
holofote à quem não quer aprender
e só se gloria no mal para aparecer.

A verdejante Mata Atlântica
esplende na Ilha do Arvoredo,
O meu olhar não consegue
reter nenhum segredo.

De amar novamente deveria
te pelo menos algum receio,
Mas quando te conheci
o coração não quis recreio.

Sob a bênção dos gerivás
coloquei o meu desejo
de tê-lo comigo doce e ledo.

E tuas pistas e teu olhar fixo permitem deixar indícios
e liberam sem ocultar feitiços.⁠

⁠Amo você como se ama
Florianópolis com todas
as praias, ilhas e pontas,
e ainda não se deste conta.

A cada alvorada matutina
ou vespertina em companhia
de toda a poesia reunida
caminho e escrevo rotas.

Assumi ser a personificação
de todas as estações
do ano todo em adoração.

Ilhas e continente em qualquer
direção para onde quer
que o vento leve o seu coração.

⁠Luar Crescente sobre
o Médio Vale do Itajaí
é o luar ancestral
de quem cruzou
o Oceano Atlântico
para construir Pátria,
E de quem tem
raízes fincadas aqui,
É luar sobre Rodeio
abraçada pelo Pico do Montanhão,
e também de cada derradeiro
poema a cada nova inspiração.

Passear de mãos dadas
na Ilha das Conchas,
Um beijo discreto debaixo
de uma sombra de uma árvore.

A cena está finamente
feita na imaginação,
Ando sorrindo e cantando
ainda sem aparente razão.

A intuição tem escrito
poemas de amor para mim,
é alguém vindo no destino.

Sem receio de ser chamada
de ultrapassada ainda persisto
em ser quem sonha acordada.⁠

⁠A História da Ilha das Vinhas
fala sobre o essencial daquilo
que deveríamos conservar
para a vida se perpetuar.

Ela era uma ilha que era boa
para pescar e tinha quem
nela conseguia videiras plantar,
e hoje não se consegue continuar.

O quê é de vida deveria ser
de acordo comum para ir
para frente e sempre caminhar.

Espero que algum dia não seja
preciso nem mais poesia
para a importância de assim lembrar.

⁠O tempo está mudando
e as ondas quebrando
nostálgicas e fortes
na Ilha das Pombas.

Na embarcação antiga
poemas geográficos
abertos e alcance
sem caleidoscópios.

Razões do dia e da noite
cumprem a missão
de ordenar o coração.

Uma busca para aportar,
colocar os pés no chão
e esperar a chuva passar.

⁠Ir até a Ilha do Francês
navegar ao redor e ali parar,
na Ilha que um veterano
estrangeiro resolveu se abrigar.

Parar, respirar e apreciar
os peixes coloridos a nadar despreocupados pelo mar,
e imaginar o nosso flutuar.

Como quem desenha mapas
de navegação ando escrevendo
as rotas íntimas em silêncio.

E tenho certeza que tens feito
o mesmo com fina devoção,
sem dar voltas é meu o seu coração.

⁠As cores do outono vem
trazendo boas-novas
para Rodeio e a temperatura
pouco a pouco o aconchego.

Entardeceres coloridos
prometem céus desabrochados
iguais a Amarílis Brasileira
e como a tua presença alvissareira.

Entre nós, o Sol, a Lua, as estrelas
e o magnífico Pico do Montanhão
poemas, baile íntimo e diversão.

Sagrado com a tinta do coração
nas linhas do Médio Vale do Itajaí:
o romance ao som da gaita com paixão.

⁠Existe a Primavera
como estação,
e a total Primavera
de mais de um coração.

É da segunda que estou
falando que ainda
sem data é a La Sagra
que estou esperando.

O Folk Trentino nunca
parou de estar sempre
para ela se preparando.

Como a guardiã da poesia
desta Cidade de Rodeio
nunca deixei de embalar no peito.

Ilhas Guarazes


⁠Fazer-te meu doce paraíso
restrito como as Ilhas Guarazes,
é ambição das mais audazes,
honro-te como honram em altares.

Incrível és como ave de rara
aparição e digna deste milagre,
tornei-me território e só falta
conquistar a tua divina ambição.

Não és fruto da imaginação
e tens colocado alma e o coração
em diária e solene comemoração.

Sob olhares alheios e no resguardo
do escândalo íntimo consentido
agradecer a grande obra do destino.

⁠Ilha dos Cardos

Há pausa até entre
as ondas do oceano,
Entre os humanos
nunca será diferente.

Ser flor simplesmente
na Ilha dos Cardos,
Um espírito que acende
como o gentil farolete.

Ter pacto com o Céu,
a Terra e o tempo,
com a tinta do sentimento.

Tornar-se carrilhão
no toque da ventania
e história pro seu coração.

⁠Tudo depende da maré
seja até na Ilha Diamante,
e para isso é preciso ter fé
para jamais pensar dar ré.

Na vida entrar em guerra
tem se tornado regra,
ir contra as correntes
sempre é a minha régua.

Cantando como sereia recuso
mergulhos em piscinas vazias
por portar oceanos resolutos.

Porque fiz o voto particular
com a paz como rebeldia
para não alimentar a covardia.

⁠Depois de tanto
andar a pé,
Só um pouco
de Cimé
para ficar de pé
e continuar
a seguir com fé.

...

A minha sorte tem
algo de Coaraci e Jaci
neste berço esplêndido,
Ninguém tira o meu
orgulho deste lindo
Brasil Brasileiro
que devoto pleno
o espírito e o peito.

...

Na mata ver
um levado Coatá,
Alegria igual não há.

...

Depois de dançar
Coco comer
uma boa Cocada,
Se assim for
com você não
preciso mais de nada
para levar a vida
leve e apaixonada.

...

Depois de encher
o Cocho dos animais,
Tocar Viola de Cocho
sempre alegria traz,
Tem gente que
não sabe há diferença
entre os dois
e outros que nem
se lembram disso mais,
Há quanto tempo faz
de uma vida caipira e em paz.

⁠Sei de uns noivos que
não tiveram sorte na vida,
ali foi registrada
a memória numa ilha.

Na Ilha dos Noivos,
na tua companhia,
não serei surpreendida
e verei que o mundo gira.

Nenhuma superstição
nos pertence e só o quê
é de desígnio na imensidão.

Confio o nosso destino
ao Senhor do Universo
porque foi por Ele escrito.

⁠Uma onda quando é
forte ela tende a recuar,
Prefira ser mar calmo
para sempre dominar.

Em mar revolto não
se costuma navegar,
Mar calmo e Sol
convidam a mergulhar.

Na Ilha Maria Francisca
ser tua Lua a beijar-te mar,
e assim nos encontrar.

Enveredar no ponto
exato e as estrelas
contigo não parar de contar.

⁠Alguns acordos podemos
comparar a algumas
chuvas que não são
recomendadas para se molhar,
esperar ou abrir
o guarda-chuva não é o desejável,
mas em regra farão
que não pare de caminhar.

Quem precisa caminhar
se entender às vezes
é algo bem próximo
de abrir o guarda-chuva
para continuar a prosseguir
ou buscar se abrigar
até a tempestade passar.

Na vida sempre é melhor
ter um guarda-chuva,
saber onde estão os abrigos
e aceitar o mau acordo
do que não ter nenhum deles
em nome da importância
de jamais permitir-se parar.