Coleção pessoal de anna_flavia_schmitt
Sem escapatória o mistério,
o sagrado, o profundo - efusivos;
capturaram os teus sentidos,
e os meus entregue infinitos.
Sem a gente se dar conta
todos os caminhos coincidem
como tudo silenciosamente
que eleva o senso de rebeldia.
O inevitável e o imensurável
orbitando ao redor da minha
intimidade têm sido inefável.
Como quem faz convicta uma
colheita de Pêras-do-cerrado,
viver sem amor será passado.
Sem pedir licença para entrar,
é capaz de nos colocar no túnel
da consciência humana
mais impossível de enxergar,
fazendo zombar com a cultura,
o pertencer e a origem,
mudando até a paisagem
da onde é o nosso lugar,
quebrando-nos inteiro por dentro,
fazendo guerra cognitiva diária,
sem parar de avança contra
os elementos básicos de vida,
para romper a memória coletiva,
apagando o que traz estímulo,
descanso, os nossos sorrisos,
obnubilando todos os juízos,
cortando laços, criando destroços
e conspirando contra os sonhos.
O que estou querendo transmitir
com tudo isso é bem simples:
nasceste com cabeça para pensar,
dois olhos para observar
e o livre arbítrio para não deixar
o Colonialismo Moderno se criar.
A atitude e o silêncio bem
empregados são instrumentos
para ninguém passar por cima
para ocupar o nosso lugar,
e uma nova História inventar.
A suposta profanação
do teu amado solo sagrado
de pureza e tranquilidade
- por mim está concluído
tal qual Murici plantado,
de mim não conseguirá
nunca mais ficar resistindo.
Moro no teu pensamento,
no súcubo e íncubo
dos teus impulsos,
os teus deuses blasfemo,
e em retribuição são eles
é quem me rendem culto,
no teu sepulcral silêncio
seja no céu e inferno,
o teu giro sempre ocorre
ao redor do meu Universo.
Do meu ser fantasmagórico,
eclipsante e desafiador,
não há litania ou exorcismo
contra a possessão abissal
da minha presença sensual
vir a conseguir dela se livrar,
sem esforço e sem murmuração,
em nenhuma hipótese irá escapar.
Assim com golpes suaves
praticamente diários,
muitos foram mortos
em terra e em alto-mar,
Viramos sem pensar
um continente de desacordados,
três navios petroleiros roubados,
e o que fizemos foi nos calar.
(Um preço ainda mais caro,
sei que vamos pagar,
se nada por aqui mudar).
Longe de nutrir a languidez,
o que interessa de fato,
lado a lado é a insensatez
- sem nenhuma súplica -
para render-me à turgidez
sem temor e com tremor
insaciável mais de uma vez.
A forte pulsação inevitável,
o orvalho das nossas peles
sobre o celebrado leito paragem,
o embalo da contorção,
a fricção e a mútua arfagem,
sem precisar explicação
sobre o modo mais selvagem
acionado deliciosamente
em fruição e flutuação.
Sob uma Sete-capotes
em magnífica floração,
Ouvindo com o coração
a canção da aurora ao redor,
vendo o luar e as estrelas
pouco a pouco a brindar,
porque amamos o amor,
e dele não vamos desgrudar.
O meu beijo de Patauá
dentro de ti vai entrar
mesmo sem licença,
Do meu jeito afetuoso
os Versos Intimistas
para farão da sua vida
um verdadeiro poema.
Os meus Versos Intimistas
têm aroma e sabor de Pajurá,
Não se onde você está,
amoroso comigo por dentro
continua sempre a me levar,
porque nunca deixou de me amar.
Os meus Versos Intimistas
a cada leitura têm a mesma
gostosura do Tucumã,
E eu não sou diferente
porque quanto mais você
se afasta dentro o amor
a cada dia segue crescente
- poético e imparavelmente.
Colhi Tucumã-do-Pará
porque sei que gosta
tanto quanto escrevo
os meus Versos Intimistas
no teu corpo quente
do amanhecer até o anoitecer
para de amor te endoidecer.
...
Plantei Tucumã-do-Amazonas
para que o amor profundo
venha, fique e seja o companheiro
das horas e das auroras,
Com o mesmo virtuoso impulso
dos meus Versos Intimistas
para conquistar o caminho
que nos una do melhor jeito,
para que tudo seja grande,
perfeito e totalmente intenso.
...
Tem Tucumã para colher
do mesmo jeito que tem
em mim Versos Intimistas
escritos para você ler,
para dominar e derreter.
Não importa mesmo
se for Tucumã-do-Pará
ou Tucumã-do-Amazonas,
Só sei que Tucumã,
assim como beijos de amor,
em hipótese nenhuma,
jamais podem faltar,
Para nos teus lábios
com doçura grudar
sem nunca cansar de beijar.
As talipots dão o seu adeus
num único florescimento,
Isso tem colocado receio no coração,
e no meu pensamento,
Tenho perdido o sono por tamanha aflição,
espero que da minha parte
seja exagero ou teoria da conspiração;
Ao Bom Deus tenho rogado
que não estejam se despedindo
da última vez que veremos
o Brasil e a América do Sul em paz.
Querer sob o teu poder
ser o substantivo feminino
sorva para a tua sensual
flexão de verbo ocorrer,
do receio fazer esquecer,
e com intensidade derreter.
Saciar a tua fome de fruta,
para amar e fazer-me
a melhor colheita do pomar
dos sentidos escolhidos,
para o jejum contigo quebrar.
Encantar, dar prazer e receber
em tons vívidos, permitidos,
e afinados para nos merecer,
e de amor vibrante enlouquecer.
Não é apenas só um desejo,
não é um sonho passageiro,
é um propósito - um cortejo,
de manter o mel da sedução
vivo no coração e nos lábios.
Não nutro a expectativa de ter
alguém só por ter ao meu lado,
escrevo poemas para atrair
um coração forte e preparado,
para viver a grandeza do que
é simples - amar e ser amado.
O lúbrico, o libidinoso, o lascivo,
o sensual e o carnal envolvidos
com o que é dos nossos espíritos,
não podem jamais vir a nos faltar,
por isso é preciso com afeto cultivar.
O encantamento e o envolvimento
se não for por nós bem acordado,
isolados viram apenas enfeites,
sem o proteger e o bem cuidar,
podem nos afastar dos deleites
até de um raro Umari compartilhar.
Todos os caminhos
que não foram escritos,
Serão coincididos
com Versos Intimistas,
que trarão os teus
lábios para encontrar
de uma vez por todas
com os meus lábios,
Para morar de vez
nos meus espaços.
Sob a benção do lindo
e frutífero Butiazeiro
poético, sublime e infinito,
Serei eu o teu amor
sereno e derradeiro,
pelo qual o coração
se dará pelo meu inteiro.
Admito sem contorcionismo
que sei o meu lugar de fala,
que na minha idade tenho história,
e não tenho o florescer em primícia;
Transbordo sem a flor retórica,
enraizada e resistente a qualquer
estação com encanto e entusiasmo,
arfagem, pulsação e cheia de orvalho.
Por ti milimetricamente provocado,
intencionalmente tenhocada pingo
espargido para deixá-lo vulnerável,
e cheio de razão todo derramado.
Há tempos tudo tem sido calculado
em nome daquilo que pode ser
incorporado, comemorado e desfrutado
talvez por toda nossa existência.
Tudo ao redor faz o coração
renovado sentindo sem temor,
sem tremor, todo suplicante,
e convictamente insaciável:
da tua existência inteira capaz
de fazer da minha uma obra-prima,
tal como a colheita do Licuri intima.
No final, o que realmente importa,
é estar sob rendição da tua turgidez,
para depois com gratidão repousar
serena contigo em total languidez,
satisfeitos, orgulhosos e entregues
plenos como deuses na vida terrena.
O sussurro que cruza e roça
a fantasia na madrugada alta
que jamais pode ser recusada;
Sempre que vir acompanhada
escorregadia com a mão-boba,
e uma boa proposta indecente.
Para que as auras entrelaçadas
a meia-luz cumpram afinadas,
brindando solenes e íntimas
o supremo, o indecoroso,
e o pio desejo incontrolável...;
por amor, concessão e eflúvio.
Para de delíquio em delíquio,
sem nenhuma ambiguidade,
sem dedos com a latência,
cumprir fielmente o pacto
com a tentação da boa colheita,
para obter o melhor sabor
de Jenipapo, sem pudor,
Sem tabu e sem nenhum véu,
tornar tudo em nós livre e permitido;
pela via plena da insinuação
conquistar e celebrar o afrodisíaco.
Entrar sem pedir licença,
sem ser notada e incorporar
a sedução perigosa
para abrir o seu coração
dando espaço à insídia
contra todos os conhecidos
manuais de conquista
com o perfume da minha
pele dotada de malícia.
Levar à tona o desejo
que ainda não se declarou,
que paralisa, que te põe
absorto em total torpor,
que te refaça convicto
mais forte para cumprir
o total roteiro do amor
como o absoluto norte.
Não conter por muito tempo
o sortilégio e o veneno,
no afã do adormecer pleno
a castidade da tua alma,
pô-la presa em meu corpo
e nas correntes invisíveis,
para o acordar sereno
o profano ocultado em ti
com uma porção de Uxi.
Olhando no fundo dos teus
lindos olhos e desenhando
nas linhas das palmas
das mãos com os meus
dedos e oferecendo
a canção do meu silêncio,
para que faça de mim
a nossa habitação eleita
sem nenhuma distração;
durante o interstício,
para o desejável reinício,
para colocá-lo rendido
sob o Solstício carinhoso.
Para que fique confortado
e siga acordado a um passo
de se desfazer da realidade
de vez da miragem que é;
reagindo para se abrir
a eflorescência daquilo
que tenho para oferecer
- o mais alto desafio -
que é se envolver comigo.Entrar sem pedir licença,
sem ser notada e incorporar
a sedução perigosa
para abrir o seu coração
dando espaço à insídia
contra todos os conhecidos
manuais de conquista
com o perfume da minha
pele dotada de malícia.
Levar à tona o desejo
que ainda não se declarou,
que paralisa, que te põe
absorto em total torpor,
que te refaça convicto
mais forte para cumprir
o total roteiro do amor
como o absoluto norte.
Não conter por muito tempo
o sortilégio e o veneno,
no afã do adormecer pleno
a castidade da tua alma,
pô-la presa em meu corpo
e nas correntes invisíveis,
para o acordar sereno
o profano ocultado em ti
com uma porção de Uxi.
Olhando no fundo dos teus
lindos olhos e desenhando
nas linhas das palmas
das mãos com os meus
dedos e oferecendo
a canção do meu silêncio,
para que faça de mim
a nossa habitação eleita
sem nenhuma distração;
durante o interstício,
para o desejável reinício,
para colocá-lo rendido
sob o Solstício carinhoso.
Para que fique confortado
e siga acordado a um passo
de se desfazer da realidade
de vez da miragem que é;
reagindo para se abrir
a eflorescência daquilo
que tenho para oferecer
- o mais alto desafio -
que é se envolver comigo.
A senha serpenteando faz arrepio
entre os meus montes ao alcance
das afáveis mãos e do altíssimo
lance e da tua intrépida escalada,
Para que no espaço de um assobio
venha com os apelos sedentos,
rumo para desinibir os trejeitos
por intenção desavergonhada.
O prazer é comando compartilhado
entrego-te o cetro, o corpo e o poder,
Sou tu'alma nenhum pouco recatada,
terra ocupada e paraíso consagrado;
o encaixe eleito feito para o amado.
Onde a liberdade é a régua por regra,
em tempo de colheita de umbus,
com a maior consagração e entrega:
o amor em nós sempre se celebra.
Nunca fui de frases prontas,
e nem de iniciativas tontas,
não será agora que irei mudar,
sei bem o que sempre buscar;
Gírias e clichês chiques não
irão me pôr na tua mão,
não me coloco jamais em vão,
por isso fico aqui no meu lugar.
O meu vocabulário só pode ser
lido e relido, sem aura nos olhos,
Quem sabe pode vir no futuro
pelos teus olhos a ser decifrado
quando o sonho for realizado.
Colocar coleira não é do meu
feitio apenas busco um bom amor
que seja feito verão sem domínio;
Porque o amor só é mesmo bonito
quando o endereço é a liberdade
de colocá-lo adorador do que é
natural como a flor do Maracujá,
que desabrocha no tempo certo,
despreocupada do que passa lá fora.
