Coleção pessoal de anna_flavia_schmitt

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⁠Enquanto uns perdem
tempo com catana,
Busque ganhar tempo
com muita poesia,
Quanto mais poesia
se entrega mais
a vida será recíproca.

Não é sobre escrever...

...

Não é preciso fazer
nada porque a língua
de quem fere é
o próprio Catimbó,
Por isso escolha fazer
sempre o melhor
para não se reduzir a pó,
Sempre que for preciso
não tema caminhar só.

...

Colher no Catolé
cocos maduros,
Fazer um doce
para quando
você vier hoje.

...

Catopés cruzando
cantando pela cidade,
Alegria popular
no coração de verdade.

...

Mel com Cauim,
também fazer rir fácil
porque poesia é assim.

⁠Ilhas das Aranhas Grande e Pequena


Ter cautela com as correntezas
para navegar até as Ilhas das
Aranhas Grande e Aranhas Pequena,
e se alegrar em ver as pescarias.

Tentar desvendar os petroglifos
como leio os mistérios dos teus
bonitos olhos e o seu coração
profundo feito de Atlântico Sul.

Assim têm sido os meus dias
para buscar a inspiração
constante e espalhar poesias.

Para que nada alcance aquilo
que impeça de ser mais do que
a própria embarcação: a orientação.

⁠Com igual placidez
do Mar do Caribe,
Devolvo a imagem de dia
de Sol ou tempestade.

Tudo depende do olhar,
assim ondeando
sempre sei onde chegar,
por ser paz a espalhar.

Em Ilha Agustín sei por
onde ir sem me enganar,
leio os sinais para me guiar.

O Hemisfério Celestial Sul
não me nega nenhum mistério,
é a bússola que sempre carrego.

⁠Coleciono mergulhos
e histórias de pescador
na Ilha Mata Fome
para chamar o teu amor.

Nas águas calmas dali
quero contigo mergulhar
enquanto nós dois não
vemos o tempo passar.

Quando tiver como sair
e voltar de caiaque,
o Sol contigo aplaudir.

Planos românticos muito
além de apenas um dia
para dar o toque de poesia.

⁠Ilha Moleques do Norte

Ter inspiração e captar
o quê pode virar poesia
é algo próximo a pescaria
na Ilha Moleques do Norte
que mesmo sem praia
garante beleza e alegria,
Entre nós não tem diferença
quando se trata de confiar,
e conviver mesmo em silêncio
de catedral do tempo
em meio ao mar do destino.

⁠ilha do Badejo

Por este momento
perto da Ilha do Badejo
viramos peixes e deixamos
tudo por conta do desapego.

Brindar com raios de Sol
e merecido sossego é o quê
temos para o encantamento
grato, sublime e intenso.

Filhos do Atlântico Sul
assim somos além do dia azul,
e assim nos escolhemos.

Entregues ao vai e vem só por
conta das ondas porque o amor
da gente é profundeza e continente.

⁠A Lua da ancestralidade
indígena e imigrante
sobre o Médio Vale do Itajaí
ora Lua de Sangue e tantas
outras luas que ainda não vi
ilumina a minha bonita
Rodeio e nos alegra por aqui.

Ilha das Campanhas

Alinhamento de sete planetas
intensidade da Lua de Sangue
e verão com tranquilidade
total na Ilha das Campanhas.

Existência que faz um ponte
para ler os sinais do tempo,
do que há de mais sublime
e de tudo o quê põe e movimento.

Saber como caminhar define
onde chegar e a hora de parar,
porque é preciso em paz ficar.

Porque no final o encontro será
sempre entre a consciência,
a circunstância e a existência.

⁠A aurora vespertina
quando tinge o rebanho
das ovelhas de algodão-doce
sobre a amada Rodeio
e o nosso Pico do Montanhão
oferece um momento
de encher os olhos e o coração
muito além deste tempo
que ninguém mais presta atenção.

⁠Aprender a observar os próprios
naufrágios como quem está
em Cayo Nordisquí,
descobrir corais e se alegrar.

Nada pode parar quem tem
vontade de seguir em frente
com os seus sonhos navegando
porque sabe onde quer chegar.

Tenho o balanço do Mar do Caribe,
a fúria e a mansidão do vento
que tudo pode pôr em movimento.

Em tudo coloco a alma e o coração
com os pés na Terra e na mente
no Universo sem me perder da tua direção.

⁠Olhar e perceber
no teus olhos
que a vida é bela,
Preparar uma Cartola
e jogar canela.

...

Não andar por aí
por enquanto
no meio da mata
para não se deparar
com o Caruara
e não tomar flechada.

...

Por favor, meu senhor!
Só me arruma uns quiabos
para fazer pro meu amor
o melhor Caruru que ele
irá provar e se apaixonar,
e irá pro mundo todo cobrar.

...

São Cosme e São Damião
sempre costumam me lembrar,
que devo me animar e preparar
o melhor Caruru-dos-Meninos
e o Caruru-dos-Grandes
para com os nossos festejar,
e que todos os cantos
ancestrais devemos relembrar.

...

O som do Catacá amazônico
não apagou da memória,
Não adianta me enganar
porque eu conheço a História.

⁠Carpideira para fazer
que o defunto
tem que descansar,
Alguém já descobri
que era preciso ter,
O mundo mudou
e hoje ninguém
mais vai encontrar,
Ao menos escrevi
um poema para lembrar.

...

Uma porção bem feita
de Carne-do-Sertão
para ganhar o seu coração,
Você não vai conseguir
resistir por muito tempo não.

...

Caminhando pela estrada
eu vi o Carneiro Encantado
com a sua estrela cravada
de brilhantes na testa,
Fiquei intrigada e segui
adiante espalhando pela terra.

⁠Carregadeira levando
grão de açúcar
para o seu coração
sempre adoçar,
É assim que a poesia
contigo fará lar.

...

Não sei cantar
a Carrasquinha,
você pode me ensinar
para a gente fazer
com alegria essa roda rodar.

...

Uma Carranca esculpi
para colocar na minha proa,
Muita gente não acredita
que a vida sempre desafia,
e ela não falha, justa e boa,
Por isso para a poesia
sempre vou dar carona.

⁠Não aceitem calados qualquer comentário que desumanizem todos nós aqui no Estado.

Sempre que encontrarem pelas redes sociais repudiem.

Toda a linguagem de desumanização precede a Crimes contra a Humanidade.

⁠O sino da Igreja Matriz
São Francisco dá bom dia,
é hoje que a nossa Cidade
de Rodeio brinda aniversária.

O canto dos pássaros
coloca aurora matutina
para dançar aqui que
é o nosso bonito lar.

Os sonhos de erguê-la
vieram de longe pelo mar,
e são motivos para homenagear.

Temos sonhos e borboletas
oitenta e oito neste lugar,
e muito o quê se orgulhar.

⁠Na véspera do aniversário
da Cidade de Rodeio,
Divirto-me com a aurora vespertina
com misteriosamente vestida
de encantamento com a vida.

Tudo dos oitenta e oito floresceres...

⁠Navegar pelas ilhas e cayos
ao norte da enseada até
alcançar o Cayo Simea tem sido
a maior aventura desta vida.

Parar, respirar e respirar
por um e mergulhar
no silêncio quebrado pelo mar
e seguir até a Enseada dos Corais.

Não quero saber o quê passa
ao redor e neste Mar das Antilhas
deixar a vontade o nosso amor.

Cada um que aprenda a viver,
nós dois temos mais o quê fazer
e não temos mais tempo a perder.

Com o barco de pesca
em Cayo Madrisquí aportar,
e sob a sombra absoluta
de uma árvore descansar.

É o quê temos para daqui
a pouco para que nada
tire da o ânimo da rota
de viver a nossa História.

Deixar o quê é de impulso
amoroso nos governe
sempre daqui para frente.

Com os olhos fechados
confiar inequivocamente
um ao outro os sonhos.⁠

⁠Nas Antilhas Menores deixar
que elas entrem nos seus poros,
Neste mundo em guerra
só nós dois é o quê me interessa.

Levar-se pela música das ondas
em direção ao Cayo Ratiquí,
E inabalável por aqui
somente o quê for de paz permitir.

Não quero outra coisa na vida
que não seja fazer você sorrir,
e deixar o quê é de romance fluir.

Do nosso Hemisfério Sul celebro
por sermos inabalável parte,
amantes e cúmplices da liberdade.

⁠Neste mundo em guerra
só os livros
nas mãos das crianças
podem trazer
tempos de paz e poesia.