Coleção pessoal de anna_flavia_schmitt

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⁠Buscar inspiração
na primícia da Azulzinha
que com discrição
em Agosto floresce,
Devagar ganhar o coração
de um jeito que venere
com constante gamação,
Ser o plano de fuga do mundo
e o amor em renovação.

⁠Setembro vem toda cheia
de inspirações pendentes
tal qual Brinco-de-Princesa.

Quero que não se esqueça,
que em mim corre a herança
Farroupilha embora seja serena.

Ter nas nossas mãos as folhas
de Erva-Mate para fazer do jeito
certo um Chimarrão de respeito.

Estou preparando o coração
como preparamos as pilchas
para rodopiar contigo pelo galpão.

⁠Tem coração que crê
que virou de pedra
e está trancado com chave,
Na verdade sempre foi seda
e está levemente fechado
é com lacre de cera,
para quando encontrar
outo que o derreta.

⁠Trazer o frescor e o manto etéreo
da tal poética primícia feminina,
por todas as direções e a tez escrita
sobre o quê nasceu para ser eterno
ou até mesmo ser incompreendida;
É um risco assumido no Universo
com o compromisso de ser o vento
que o acaricia, os cabelos emaranha
e balança as Anáguas-de-Vênus.

Soprar outras sementes de flores
multicoloridas pela perpétua estrada,
sob o nosso Hemisfério Celestial Sul,
Deixar que na sua aura despreocupada
a Via Láctea cumpra o destino de tudo
entre nós o quê pode vir adiante a ser.

Prossigo como quem fecha em silêncio
uma carta íntima com o selo de cera
com a inicial do seu próprio nome:
Para que não me tire mais da cabeça,
e não abrir brecha para que nos esqueça.

⁠Alma de Carqueja
esbanjando flor,
Poética serena
e com todo o amor.

⁠Constelações de siníngias
florescem no percurso,
Multidões de sensações
e envolventes convites
andam sendo planejados,
Os corações gamados
não vão permanecer
por muito tempo calados.

A inevitável glória do amor
e as rédeas do destino
estão ao alcance das mãos,
dos passos e do caminho;
Palpitações e cintilações
já alcançam de longe
marcos e celebrações
antecipadas por percepções.

As cortesias que já ocupam
as recíprocas certezas,
os festejos que brindam
românticos do lado de dentro
ainda que em silêncio
o amor terem os encontrado,
são sinais que a distância não
tem mais nenhum significado.

⁠Apreciar o balanço
das Macaíbas,
colocar o descanso
sob o céu austral,
e serena caminhar.

Permitir a tempo
parar e colher
uma Zínia a teus pés,
e entrecruzar olhar,
para ler o quê
tens para revelar.

Confiar no Universo,
da colheita fazer
um amável doce,
e decifrar sem pressa
o quê nos trouxe.

Não se preocupar
com os cânones
receitas prontas
ou ligar as pontas,
deixar livre o agir
do que está porvir.

⁠Não existe nada em toda
a Literatura que chegue perto
da candura dos teus olhos
feitos de mar, de amor
e que cobrem com dulçor.

Não canso dia e noite
de continuar a cobiçar,
Neles moram tudo
o quê é melhor que esta
América Latina é capaz
de abraçar e nos embalar.

Sentes de longe que sou como
a florada de Manacá-de-cheiro
espalhando o aroma no ar,
Algo diz que tu és verdadeiro,
risonho e sedutor querendo
o quê eu quero me enveredar.

Algo diz que preludia o melhor
sem medir as consequências,
porque não queremos conquistar
somente apenas por conquistar.

⁠Como um Beija-flor
busca pelo néctar
da Esponja-de-ouro,
Não dá para evitar
aquilo que também
está desejando
que vai muito além
da amizade que já existe;
É sobre mostrar o quê
rosto não consegue
mais seguir disfarçando:
o amor que vem todos
os dias se revelando,
e em nós se emaranhando.

⁠Flor-de-Santo-Antônio
em florescimento
com todas as cores
atraindo borboletas
e os beija-flores.

É algo muito parecido
com o quê há de afetuoso,
e com tudo àquilo
que levamos pelo caminho.

Com o maior do pendores,
assim é o amor e a paixão
nos fazendo senhores.

⁠Estar sob o florescer
da Aroeira-vermelha,
aprender a caminhar
sem deixar-se convencer
que o amor romântico
não nos vale a pena.

O amor romântico
não rima com dor,
e sim é a régua real
que não tem nada a ver
com a opinião alheia,
e segue a nos socorrer
daquilo que nos pesa.

Viver sem idealizar
o quê se quer é
privar-se do direito
do sagrado de sonhar,
e subjugar-se a viver
de qualquer maneira
se deixando dragar
pela pior decadência.

⁠De corpo e alma
aquilo que resiste
inegável tem tudo
de Mata Atlântica,
Sobrevivendo
forte e romântica.

O cesto repleto
de Coco-Indaiá,
a inspiração aqui
comigo está,
Para fortalecer
e nada abater.

As folhas cobrem
os ideais que
conferem proteção
aquilo que importa
realmente ao coração.

⁠Enquanto os homens
semeiam guerras
sob o céu austral,
Os ipês florescem
esperanças em agosto,
Não há quem viva
sem cor e sem sonho,
A paz com as mãos
com convicção tomo,
e dela me coroo e trono.

⁠Por força do destino
onde por oito estrelas
têm a sua régia orientação,
O Deus da Guerra
perderá a sua orientação;
Porque foi ali que a Virgem
deixou a relíquia nas mãos
do Cacique Coromoto
e dele obteve a conversão,
Ali a Via Láctea é mais visível,
e nasceu lugar de pacificação.

(Por mais que uns desejem que não).

⁠Não permitir que ao redor
nada embruteça o seu ser,
Para que nada leve a esquecer
o quanto é belo e sagrado
o berço que te viu nascer,
E que nele por razão
nenhuma ninguém deve tocar;
Lição inefável de fortaleza
com a Sapuva se deve aprender
do nosso solo amado manter,
e sempre que preciso for refazer.

⁠Fechar os olhos,
contigo deixar
que me conduza
para Chan Chan.

Ser toda tua
no dia de Ni,
e na noite de Si:
o acalanto para ti.

Simplesmente
contigo deixar
que me conduza
pela herança Chimú.

Neste tempo
que pede fortaleza,
e exige de nós só:
o quê a alma serena.

⁠Não cultue o ego
e nem se sente
com quem cultua,
melhor plantar
uma Sete Folhas.

Não espere nada
nada de ninguém,
A real salvação
só de ti provêm.

A despreocupada
Sete Folhas em flor
em agosto diz tudo
que por onde for,
assim se deve viver.

Não pague para ver,
e sim eleja viver,
Não se aventure
onde não tem domínio.

⁠De sabor incomparável
os abacaxis são nativos
do Sul da América do Sul
foram por mãos guaranis
cultivados e espalhados,
Deixando memórias
e paladares encantados.

Não é à toa que admito
que neste continente
tenho inspirações
do nascente ao poente.

Em mim vive sempre
a vontade de render
todos os dias uma
grata poesia diferente,
dar graças a vida por
amar intensamente
belezas, sabores e perfumes
que fazem o mundo
todo de nós morrer de ciúmes.

⁠Não permitir que nada
e nem ninguém tenha
poder sobre ti em nome
da sua própria existência,
aconteça o quê aconteça.

Seja indestrutível e floresça
sempre por dentro,
enquanto a Sibipuruna
floresce determinada lá fora
e não marca no relógio a hora.

Não desista por nada nem ninguém
em nome do amor de quem te adora,
e se não houver ninguém,
que venha ser por você mesmo,
porque é o quê para ti desejo.

Além de agosto que se cumpra
com tudo o quê há de mais afetuoso,
e que o caminho grandioso
se abra e permita serenamente
o seu florescer maravilhoso.

Quando fores pelo caminho
e perceber que faltam flores,
não espere e nem pense duas vezes:
seja você mesmo a sua primavera
que nem mesmo aplauso espera.

⁠Desejar a paz
e a ordenação
de Viracocha
neste mundo
em viração,
Trago a ambição
Tiwanaku
como inspiração,
Porque sem paz
não há sustentação.