Coleção pessoal de anna_flavia_schmitt

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⁠A tua boca linda
é Cambucazeiro,
Cada beijo teu
é Cambucá perfeito,
Manjar verdadeiro
até para com a alma beijar.

⁠O olhar, a palavra, o tom
e até mesmo a respiração
do desdém eu conheço,
Mas por sobrevivência
escolhi fingir que não vejo,
porque nada irá fazer
esquecer do que mereço.

No meu peito plantei
um paraíso edênico
que em setembro
colho até Tarumã-bori,
Daquilo o quê observo
de uns não carrego.

O melhor comigo levo,
o quê quero e não quero,
sem deixar nada para trás,
o importante é caminhar
com o melhor e em paz.

⁠Se for doce e amarga
ao mesmo tempo,
Sem cara amarrada,
sem tirar nem pôr,
que seja como Cambuci,
E sem nenhuma pressa
para ser feliz à beça.

⁠Colher a paciência
como quem na mata
fechada se embrenha
em busca de encontrar
doces guabirobas com
satisfação para saborear,
O quê vem mais adiante
somente a Deus pertence,
O importante é sempre
seguir em frente e não parar.

⁠Olhos atentos sempre
em todos àqueles que
usam do mal inato alheio
para instrumentalizar
os seus planos de poder;
Enquanto isso existir
e alguém se render,
o preço que o dinheiro
não compra será caro,
e nada na vida dará certo.

Retroalimentar ativamente
fórmulas requentadas,
típicas de quem não
tem nenhum repertório,
não agrega porque é seguir
quem carece de amor à terra,
e os que acolhem a ideia.

Gente assim sempre passa,
e no final é a gente
que sempre que aqui fica,
Por isso não compensa
se viciar em cultivar
uma convivência tensa.

Não autorize que este
influências assim alcancem
e nem te desestabilizem,
construa secretamente
a sua realidade paralela,
plante o seu pomar poético
e a sua fortaleza interna.

Em tempo de uvaias,
colher frutos doces,
é de sobrevivência
não autorizar tudo àquilo
que nos irrequieta:
é o quê realmente interessa.

⁠Murici-amarelo colhidos
para adoçar os lábios
e os nossos caminhos.

...

Murici-vermelho encontrado
farei um delicioso doce
para agradar o namorado,
E quem sabe fazer dele
ainda muito mais apaixonado.

...

Floresceu o Murici-da-mata,
e logo que vi fiquei inspirada,
Mania poética de me deixar
levar e manter sempre encantada.

...

Lembrar do Murici-da-chapada,
da infância esquecida e de tudo
que sempre fez bem na vida,
é poesia para se manter viva.

...

Nasce o Sol sobre
o Murici-do-campo,
não é segredo
que te amo tanto.

...

Colher do Murici-pitanga
frutos para alegrar,
Colher de ti sorrisos
para o coração devotar.

⁠Quem escreve poesia nasceu
com a alma pronta para ser
escândalo, para escandalizar-se
e sem dó de escandalizar,
Não faz muito tempo teve um ser
que para causar constrangimento,
e acabou virando divertimento
porque comparou a minha poesia
com carta de mulher de preso
na pueril tentativa
de me deixar envergonhada,
Na verdade, sem saber,
me fez sentir muito honrada;
porque o amor é livre,
e quem zombou é um grande nada.

⁠Os teus olhos
feitos de Sul,
par de Guabiju,
A delícia da vida,
a genuína poesia
criada sob medida.

⁠Teus lábios
feitos de Murici,
Teu beijo é sonho
tão profundo,
A minha intenção
é puro suco
do que ainda não vivi.

⁠Quem pede para que
você saia de si por
ele ou por outrem,
Jamais faria o mesmo
por você ou por alguém,
É um tipo que não
que ver o seu bem,
Prefira tomar posse
do seu próprio destino,
Que nada distraia
o teu viver bem
para quem sabe vires
ter a provar um
Murici-da-praia pelo caminho,
tu nasceste todo feito de infinito.

⁠Nem sempre máximas
ou as roupas alheias
se encaixam nas vidas
de uns e dos outros,
Às vezes é mais sábio
calar do que pegar
qualquer assunto para engajar,
para não se arriscar.

Para quem sabe muito bem ler,
tem excelência e a consciência
de que uma coisa é uma coisa
e outra coisa é outra coisa.

Não quero nenhuma circunstância
que não seja a minha,
nasci como uma Onça-Pintada
que enxerga no escuro,
e sabe confundir no meio da mata;
para nunca o seu território entregar.

⁠Gemas floríferas dos Vassourões
coloridos que constroem, curam,
alimentam animais, fazem papel,
colaboram para que tenhamos mel,
desabrochando na dança no tempo;
continua intacta a inspiração
que é bicho selvagem e indomável,
que não se permite o sufocamento,
setembro se pega nas unhas
e o restante irá embora com o vento.

Não há nada e nem ninguém
que seja capaz de fazer esquecer
quem eu sou e quem tu és,
e da importância de conviver;
somente as nossas mãos
nasceram capazes de escrever.

O quê realmente desejo da vida
é que ninguém no nosso destino
de nenhuma maneira seja bem
sucedido em fazer não crer
mais que temos o próprio poder.

O quê está em nós e debaixo dos pés
deve ser eterno porque é superno,
e permitir que nos vençam é desatino;
porque glórias alheias não podem
custar o quê por nós foi construído.

⁠25/10

Se te deixaram só,
você não está só,
é porque não és só.

...

25/11

És o melhor,
busque o maior
para ser maior e melhor.

...

25/12

Seja a paz
que tanta falta
ao mundo faz.

⁠A cobra do mato
também salva,
A cobra que mata
veste saias,
E para a segunda
dou Caá-aboicininga
em forma de poesia
que em setembro
efloresce aos cachos.

Fetichizar cafajestes
coloca todas em perigo,
as que estão aí
e as que estão vindo;
Precisamos dos papéis
muito bem aclarados
de ambos os lados;
Porque precisamos
de corações afetivamente
na vida melhor orientados.

Mulheres que se prezem
não fetichizam cafajestes,
Uma mulher genuína
sabe que precisa na vida
de um homem bom,
porque ser bom é ser corajoso;
E um homem bom é um
homem verdadeiramente poderoso.

⁠Sobrevoa elegante
o nosso solo brasileiro
o Uiraçu-verdadeiro,
protegendo secretamente
a sagrada floresta;
Não menos precioso
só não tão presente
no nosso território
segue o Uiraçu-falso
igualmente o seu destino
cumprindo o desígnio
de guardar o seu ninho;
Lições observadas
de harmonioso convívio
que ainda podem ser
aprendidas com incentivo.

⁠Saber que em setembro
floresce o Pau-brasil
que é a Árvore Nacional
é lembrar que tenho raízes,
e em mim está a Independência.

Saber que em setembro
floresce o Ipê-amarelo
que porta a Flor Nacional
e em mim está a Independência.

Saber que em setembro
o Sabiá-laranjeira se multiplica
é que é a nossa Ave Nacional
e em mim está a Independência.

Saber que não foi somente
em setembro e que a Independência
nasceu com os pés descalços,
e não no fio de uma única espada e coroa,
em mim está viva a Pindorama
na alma, no corpo e na memória.

Saber que para existir de forma longeva
ter Independência é viver com diligência,
em relação a sua própria existência,
e não buscar nenhuma interveniência.

⁠Trazer o diferente,
nutrir o sentimento
inesquecível entre a gente,
Deixar que floresça
com os oitis setembrinos
para que os frutos doces
do amor sejam colhidos.

⁠Noite romântica e invernal
neste Pátria Austral
sob o Jacarandá de Minas,
Trago aos teus pés
os meus Versos Intimistas
e o meu sublime amor,
E você me devolve
com todo o seu ardor.

...

Bailam os Jacarandás de Minas
nesta estrada percorrida,
Madrugada de neblina
desafiando a nossa vista,
O seu sorriso inspira
os meus Versos Intimistas.

⁠Chegar do nada e tornar
para o teu coração
mais do que admirada,
Aquela perene paixão
que te mantém vivo,
Como o Aracurí florido
e inaugural em setembro
para a abelha fazer mel,
Colocar-te em flutuação
e tocar contigo o céu:
a promessa cumprida
e convicta à primeira vista.

⁠Dançam as eflorescências
dos Jacarandás de Minas
com os véus lilases na estrada
dos meus Versos Intimistas,
Se ergue sobre nós dois
a colorida aurora matutina,
é o anúncio do amor
chegando para nos dar vida.

...

Coberta pela aurora vespertina
na amável companhia
do Jacarandá de Minas
pego emprestada a inspiração
e a beleza para escrever
os meus Versos Intimistas
para quem sabe fazer
parte da história da sua vida.