Coleção pessoal de anna_flavia_schmitt

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⁠Filho das encostas orientais
de três serras que dá vida
à nossa terra assim tem sido
o Rio Cubatão do Sul.

Sob o Sol, a Lua e as estrelas
do Hemisfério Sul não pode
mais sentir o quê tem faltado,
ele precisa ser acarinhado.

Como rio tudo de si tem dado,
e para que dure ser retribuído,
porque da nossa parte é o mínimo.

Haverá vida, riso e paraíso
enquanto deixarmos o rio
cumprir o curso do seu destino.

⁠Até o curso de um rio
fora de um momento
não se desafia em nome
do seu próprio tempo.

O Rio da Madre ensina
até quando se lida
com gente é preciso
sempre aguardar na vida.

Desafiar não é a opção
em nome do imprevisível
que podermos contar.

Amar e o tempo respeitar
seja para ir de barco, canoa
ou até mesmo para nadar.

⁠Cosmos das três Américas
sob o Sol da verdade,
Lembro de uma terra que
há muito tempo o seu
choro ninguém escuta
ou se interessa por sua
luta e o quanto sofre,
Tudo isso faz por um
com que pare, ore
e peça que ao Haiti
alguém traga a liberdade
e a paz que alcance com equidade.

⁠Cerca grande do destino
na Serra das Congonhas,
O Rio Biguaçu é nascido
com o seu curso bonito.

Não se navega em partes
porque ele tem cicatrizes,
O Rio Biguaçu tal como
a gente também têm limites.

Tudo aquilo que fazemos
deve ser feito para durar
para viver e sempre navegar.

Além do Rio Biguaçu cada
verso é para lembrar rios
de importância para a vida.

⁠Nasce igual o Sol e a Lua
aqui em Santa Catarina
o rio do nosso destino
na Serra da Boa Vista:
o amoroso Rio Tijucas.

Com o nome de água
de mangue que mantém
vivo o pulmão do mar:
é preciso fazer de tudo
um pouco para ele durar.

O medo do absurdo
e o medo do futuro
não irão sequer esbarrar
enquanto ele e cada rio
forem com o mar se encontrar.

⁠16/10

Quem não respeita
a sua presença no virtual,
Jamais irá te respeitar
no mundo real,
Por isso não espere
nada daquilo que
não venha de você.

...

16/11

Crie expectativas
somente daquilo
que você mesmo
pode vir a fazer,
Cultive o melhor
para o seu amanhecer.

...

16/12

Seja o seu maior fã
num mundo que
cultiva uma vida vã.

⁠Balsa cruzando as auroras
do nosso Hemisfério Sul,
tu me busca e enamoras
com o teu olhar de pesca sutil.

Assim vamos nós dando
conta da mata ciliar
que não pode ao Rio D'Una
faltar do jeito que está.

Enquanto a tua palavra e o rio
forem doces: nós mesmos
a tudo o quê vier sobreviveremos.

Por isso no cuidado devemos
insistir para que nós, o amor, o rio
e vire ouro tudo o quê tocaremos.

⁠A força da tua bondade
de Pai Bravo nutre a vida,
és a personificação física
do Cacique ancestral
e espiritualmente nos guia;
Da tua existência plena
e de cada teu reflexo
enxergo teu sou a tua filha.

Nas direções das correntes
do seu curso levo etérea
os sentimentos do mundo,
Consciente que não
merecemos tudo o quê
tens feito por gerações,
venero a tua existência
com poéticas inspirações.

Meu amado Rio Tubarão,
os apelos das tuas canções
ouço todos com o coração,
Porque o amor que sinto
por ti em todas as auroras
transcendem as estações,
e sei de que precisas muito
mais do que meras louvações.

⁠Coração quente experimentado
na liberdade de pássaro no banhado
em água muito fria e espalhado
pelo Rio Urussanga que ainda hei
de ver completamente resgatado.

O meu sutil nome é teimosia
e o meu sobrenome é insistência
tecida pelas mãos do redeiro,
assim se escreve a poesia
para afastar a dor no meu peito.

Batizada pela pesca artesanal
feita com toda a maior paciência
muito antes do raiar de qualquer dia:
a força, a oração e a resiliência
sobre as correntes do tempo.

Não para imitar a lenda,
mas por orgulho e emblema,
quando voltar a encontrar
de novo o Rio Urussanga:
quero ver a minha imagem real
refletida na água cristalina da existência.

⁠A algazarra das araras
na memória do nome do rio
nem mesmo o tempo
apagou como foi escrito.

Os tempos mudaram
e ainda insisto na recusa
pela última dança
nas correntezas do destino:

O quê falaram ou faltaram
está ali tudo o quê pode ser visto.

A ginga que levou continua
a mesma de barco de pesca
que dança no rio ou no mar,
Por isso vou por onde desemboca,
encontra e naquilo que toca
e a esperança ninguém sufoca
e tem a grandeza do Atlântico Sul:

(Carrego o quê há ora verde e ora azul
do Rio Araranguá do Extremo Sul).

⁠O Rio Urussanga
precisa voltar a viver,
como aquela alegria
genuína que a gente
sentia sem mais
e nenhum o porquê.

Nas águas do rio
a gente também
encontra águas
de banhar e de benzer,
se a água está boa dá
para plantar e colher;
por isso deixe a mata
na beirada crescer.

Todo mundo gosta
de comer peixe e ter
água para beber,
não posso fazer nada
a não ser escrever,
porque sei da dor
do pescador de querer
continuar a sobreviver.

⁠Não dá para fingir
que o nosso presente
ainda parece repetir
os vícios do passado,
Se renova o voto diário
de camélia do jardim
espiritual da Abolição
ainda que pague o preço
ordinário da incompreensão.

(Resquícios de outrora pedem
renovação de tipos de rebelião).

⁠No Extremo Sul
de Santa Catarina,
um rio que muda de cor
é digno de poesia.

Ora verde ou azul,
sua resiliência extremada
ainda no Rio Araranguá
se pesca com tarrafa.

O rio é como a gente
que precisa de tudo um pouco,
sem ele ficaremos no sufoco.

Nas cores dele deixo
o meu coração e o carinho
em nome de um melhor destino.

⁠A tua memória tem agido
como buscando o ninho
na Ilha do Xavier haverá
de ser por mim e assim será.

Leio isso na dimensão
do meu Atlântico Sul,
pleno desta Pátria Austral,
num rito jamais visto igual.

Em ti a minha existência
habitante tem escrito
o seu secreto romance.

Espiando-me no buraco
da fechadura os teus olhos
meninos de amor têm inundado.

⁠Madrugada de Cruviana
a falta que a sua existência faz
é a única que não engana,
A gama e o de buscar
que não há mais como simular.

...

Na balada da Corrubiana,
o véu frio da madrugada
de névoa e de garoa,
A dança das estrelas
e eu coberta de poemas.

...

Nesta roda de Corriola
ao som da viola
do Mestre encantador,
Vou encontrar o meu
amor que irá me dar
o coração e o andor.

...

Corta-Jaca bem dançada
para fazer a sua atenção
toda para mim voltada,
Eu sei que você me deseja
e não estou equivocada.

...

Depois de me dar o melhor
do seu coração com amor,
Tu haverá de se divertir
com a Corrida do Chapéu,
Porque és meu céu
e sabemos por onde ir.

...

Há cruzes traçadas
no chão de Correr Caguira,
Lembrança de infância
e de muita poesia desta vida.

...

⁠Saber ir e voltar das situações
que não se pode navegar
no mar das humanas emoções
e até daquilo que se não pediu.

Diferente do que impuseram
na Ilha da Rita nós sempre
podemos reagir para o curso
da história nunca mais se repetir.

No campo do diálogo e da ação
para não cair nas armadilhas
da nossa própria destruição.

Para que ninguém tenha mais
poder sobre nós e que venhamos
se lembrados da melhor maneira.

⁠Ter a consciência
de que na verdade
se é qualquer uma,
Cultive entrar e sair
assim como a Lua.

⁠Ouvir as badaladas do sino
da Igreja Matriz São Francisco
de mãos dadas com as flores
do Ipê Rosa do tempo no céu
ao redor da Lua Crescente.

Ter como lembrete a paz
e a unidade sob medida
para atravessar este século,
assim a aurora vespertina
desce com a sua mensagem
sobre o Médio Vale do Itajaí.

O céu do Hemisfério Austral
brinda a visão e o coração
de quem olha o festival
sobre o Pico do Montanhão
com o seu traje de fascinação.

Dou-te a emoção, o encanto
e o sacramental silêncio
da tranquila Cidade de Rodeio
da onde há o encontro e a surpresa de quando menos esperar tu
haverá de escrever o seu poema.

⁠Permito-me serenar
pelo Luar Crescente alumiando
a nossa querida Rodeio,
adorada musa citadina
do Médio Vale do Itajaí,
lapidando a utopia poética por aqui.

Sem temer nenhum tipo censura,
vivo para admitir a minha loucura
que é o meu romantismo exacerbado
numa época que falar livremente
de paz e amor tem sido desprezado.

O quê é extremo ou de gracejo
pertence só a quem não foi avisado,
consciente do que e como mereço,
e, daquilo que sei que pertenço,
jamais será na vida arrancado...!!!

(Vivo para ao autoconhecimento
render culto e dele fazer endereço,
nem todos podem fazer o mesmo).

⁠No silêncio noturno
ilhéu da Ilha do Quiriri
Um olhar profundo
como um banho de estelar

Dos pés a cabeça
a amorosa emergência
A fortuna poética
que não dá para disfarçar

Navegando neste estuário
tenho consagrado
a rota do atemporal rimário

Daquilo que ninguém conta
sobre a Baía do Babitonga
reafirmo o pacto com o tempo.