Coleção pessoal de amelliaflor

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MINHA FALHA DESISTÊNCIA

Quer saber? Não quero mais lutar.

Fico enlouquecendo, pensando naquele bocado de coisas que você me disse, com aquela energia toda que você usou para dizer, naqueles momentos certos que você pareceu escolher, e tudo isso sozinha.

Choro imaginando alegremente o que pode estar no porvir; e o meu choro se torna compulsivo ao tentar entender o que aconteceu conosco em tão pouco tempo.

Explica pra mim: para onde foi aquela intensidade que chegava a sufocar? Para onde foi aquele ardor, aquele sentimento arrebatador que crescia e crescia, cada dia mais? Para onde foi aquele cara por quem me apaixonei? Você está tão mecânico…

E é por isso que não vou mais lutar. Nestes últimos dias, me enchi de coragem e decidi que abasteceria sozinha nossa jarrinha de sentimento; mas cheguei à fonte e você estava brincando com todo aquele sentimento que jorrava, sem se preocupar com o abastecimento. Desanimei.

Mas olha, se hoje você chegar enérgico, me abraçar e mostrar que vai ficar tudo bem… Se hoje você me olhar nos olhos e disser que ainda quer envelhecer comigo, se prometer novamente as mesmas besteiras apaixonadas de ontem, eu mando essa desistência para o quinto dos infernos e vou viver contigo com a mesma sinceridade e maluquice de antes.

O que não quero, meu amor, é sonhar sozinha, lutar sozinha, amar sozinha. Isso para mim não dá. Porque se for para amar sozinha, eu prefiro o amor-próprio.

P.s.: Só para constar, estou torcendo de dedinhos juntos que você me apareça com uma rosa na mão dizendo que tudo ficará bem. Torcendo. Rezando. Implorando ao Universo. Estou com saudades!

ALGO ALÉM DO SEMPRE

Sabe, ando sonhando com você. Com aquele abraço macio que você diz que tem, com aquele beijo demorado que você diz que quer, até mesmo com as mordidas que você prometeu.
E olhe que quando digo “sonhando” é de fato sonhando. Fecho os olhos e vejo você, com esse sorriso largo, essa cara lisa, com teu semblante sereno e seu abraço convidativo. Vejo seu olhos sorrirem mais que os teus lábios e encostarem nos meus, sedentos.
Meu amor, é tudo tão lindo. Vejo tanto para nós.
Quero filhos teus.
Uma vida nossa.
Um envelhecer tardio.
Pois nesse jogo de amor, seremos sempre jovens aprendendo a conviver com tanta intensidade.
Não me arrependo de nada que te disse é reforço, amo estar com você.
Talvez o “always” que dissemos no início venha a ser pouco.
Já pensou? Algo além do sempre para nós dois?
Eu pensei.

Imagine-me sorrindo, não um sorriso qualquer, mas aquele sorriso sarcástico que é bem a tua cara.

QUERO ENVIAR UMA CARTA

Acho que sou meio antiquada, sabe?
Estava aqui pensando em te escrever uma carta. Imaginei os traços firmes da minha caligrafia num papel qualquer, traçando palavras doces de um amor novinho.
Imaginei essas palavras preenchendo uma, duas, três folhas até, sem se tornarem cansativas ou repetitivas.
Nesta carta eu te contaria a minha história, diria tudo o que pensava sobre você e tudo o que mudou em mim.
Contaria os meus medos, sonhos e alegrias. E até mesmo os planos para nós dois.
Eu escreveria sobre minhas manias, e realmente esperaria te fazer sorrir gostosamente neste trecho.
Falaria sobre os meus sentimentos, até porque, nós dois somos sentimentais, não é mesmo?
Para terminar a carta, descreveria como eu estava: sentada à escrivaninha, com uma camiseta folgada e shorts jeans; os pés descalços balançam ritmadamente, mostrando meu nervosismo ao falar de amor. Os cabelos soltos cobrindo parte do rosto onde desabrocha aquele sorriso de criança fazendo travessura.

Não assinaria. Não com o meu nome. Talvez colocasse “seu amor” ou “um certo alguém” ou talvez só “A”. Isso seria o charme da carta.
Dobraria cuidadosamente, colocaria num envelope bege e inevitavelmente meu endereço seria escrito nele.

Imagino esta carta viajando horas antes de chegar até você.
O carteiro colocaria todas as correspondências naquela costumeira mochila, e sairia apressado sem prestar muita atenção. Na recepção do teu condomínio, o porteiro receberia meu envelope junto com vários outros.
Quando você chegasse, iria se surpreender com uma cartinha para você, e ali, antes mesmo de chegar ao teu apartamento, você iria sorrir… Aquele sorriso bobo pelo qual me apaixonei. Aquele sorriso tímido, cheio de graça e gratidão. Aquele sorriso… Sorrindo para mim.

Resolvi que não seria prudente. Por isso não escrevi. Ainda.

Beijo,
Da sua,
A.

SABE AQUELE MOMENTO DA VIDA QUE "TANTO FAZ"?

Tanto faz estar com você ou não. Até porque o início foi incrível, mas a esta altura você já me esgotou.

Tanto faz agradar você ou o resto do mundo. Eu nunca vou conseguir ser perfeita e olha, não quero nem tentar.

Tanto faz se você entendeu bem o que eu quis dizer ou não. Sou responsável pelo que digo, não pelo que entendem.

Tanto faz se me chamam de louca. E se eu for mesmo? No que isso te diz respeito? Minha loucura me fez feliz até hoje e se algo aqui desestabilizou minha paz, foi vo^!

Tanto faz tanta coisa, sabia? Tanto faz você ou outro e tanto faz os outros também.

Ando numa fase que se bobear estou mando um “vai pro inferno!” facinho. Porque pra mim tanto faz se forem mesmo ou não.

EU CUMPRI MINHA PROMESSA

Você não sabe, mas apaguei todas as nossas conversas, excluí teu contato e te mando ir para o inferno todos os dias, antes de dormir e quando acordo.

Mesmo assim, de vez em quando visito teu perfil no facebook na esperança de ver alguma postagem relacionada a mim. Idiotice! Você banca o racional, o responsável, o maduro; não publicaria nada que mostrasse seus sentimentos sobre um término lá.

E eu te odeio por isso.

Hoje foi um desses dias em que lutei, lutei e fui cair no teu perfil. Você não costuma postar muitas coisas. Difetente de mim que quanto mais aflita, mais postagens.

Checando tua timeline, chorei. Ah, fraqueza dos infernos! Você não é bonito, nem alto — tenho queda por homens altos —, nem esbelto… O que diabos eu vi em você?

Mas enfim, vi tua primeira postagem sobre nós dois, nas entrelinhas. Vi aquela mensagem (um texto do Frederico Elboni) que eu enviei para você e você gostou tanto que publicou. Vi a música que cantou para mim. E vi, do nada, em vinte e quatro horas, o nosso fim.

Você voltou a ser seco, frio, mórbido.

É isso que não entendo. Como você, logo você que esbanjava amor, calor e afeto, ter se afastado em vinte e quatro horas? Meu. Deus. É isso que dói.

Você prometeu sinceridade mas não cumpriu suas promessas. O que aconteceu? O que aconteceu com você? O que você fez do nós que criamos? O. Que. Houve?



Às vezes fico imaginando — já que o dia dos namorados está próximo — você chegando, com uma rosa na mão, aquele sorriso gostoso no rosto e um “eu te amo” nos lábios. Imagino você me abraçando e pedindo perdão pela brincadeira, mas queria fazer surpresa e achou que esse “falso término” cairia bem.

Eu te xingaria, choraria desesperadamente e diria que não consigiria te perdoar. Diria que foi cruel, que eu sofri, isso não se faz!

Você iria sorrir e aceitar minhas agressões, porque você sabe que mereceu.

No meio disso tudo, teus olhos vidrados nos meus, você pediria para namorar comigo e me beijaria da forma que prometeu.

Um beijo leve, sereno, cheio de desejo e sentimento. Um turbilhão de energias nos envolveriam por inteiro e estaríamos unidos pela mistura das nossas áureas.

O beijo seria doce e demorado e eu choraria te beijando. Choraria por medo, por não compreender o que você fez, tentando – desesperadamente – encontrar explicação. E você me confortaria com a tua calmaria tão intensa e linda.

Em meio a este beijo, tão cheio de tudo, você iria sorrir e morder meu lábio, exatamente como gosta de fazer. Entregue a lembranças, eu também iria sorrir e te beijar com mais ânimo.

Sem nos afastarmos por completo, você secaria meu rosto molhado com uma de suas mãos, acariciando-o e beijaria meu cabelo. Você me faria sorrir sem palavras.

“Dali pra frente tudo seria doce, doce até não enjoar” e nós voltaríamos a ser nós. Independente de qualquer espaço que possa ter existido entre nós.



Mas cá estou eu, digitando este texto dramático, com cara de idiota e lembrando que tudo o que eu digitei não vai acontecer. Eu preciso, Sr. Batman, esquecer que prometi ser tua Catwoman. Preciso.

Preciso prometer para outro super-herói as coisas que prometi para você. Porque eu cumpri minha promessa, querido. Eu costumo cumpri-las.