Coleção pessoal de alvalux

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Fui rica e fui pobre, e acredite, meu bem, é melhor ser rica. Claro que é melhor. Se você não se sente feliz sendo rica, não é por ser rica... é porque tem outras questões pendentes a resolver. Pelo menos o dinheiro pode pagar um bom terapeuta.

Eu me contradigo? Pois muito bem, eu me contradigo. Sou amplo, contenho multidões.

Escuta, não dou lições nem esmolas, quando eu me dou, é por inteiro.

Os livros que têm resistido ao tempo são os que possuem uma essência de verdade, capaz de satisfazer a inquietação humana por mais que os séculos passem.

Na Europa, nas antigas civilizações, os contos de Fadas constituíam uma forma de entretenimento tanto para crianças como para adultos, contadas principalmente entre as comunidades agrícolas, na época do inverno, chegando a dizer-se que "os contos de Fadas representam a filosofia da Roda de Fiar".
> (Marie-Louise Von Franz em "A Interpretação dos Contos de Fadas"; citada por Bárbara Vasconcelos de Carvalho em "A Literatura Infantil - Visão Histórica e Crítica")

Quase sempre o amor obsessivo é viciante e por isso precisa ser tratado como qualquer outro vicio – com a firme determinação de obter a cura.

Em situações menos extremas, podemos sentir a luz dando certeza de um destino; a sombra, mostrando que ainda não chegamos lá.

Todo Aprendiz que esteja bem adiantado no caminho do autoconhecimento conhece o imenso potencial destrutivo dos sentimentos negativos que direcionamos a outras pessoas. O curioso é que, ao contrário do que geralmente se acredita, o alvo maior nesse processo de destruição é sempre o próprio indivíduo gerador. Assim, quando temos raiva, inveja ou qualquer outra emoção envolvendo terceiros, na verdade causamos o efeito desejado em nossa própria vida.

Apesar de não estar vivenciando a plenitude que você almeja por conta de erros passados, não lamente um só instante por conta disso. O passado já passou e nada pode acrescentar à sua vida, além de aprendizado. Então, independente do que passou, sinta-se grato. Foi exatamente a somatória de tudo o que você já viveu que te trouxe até aqui nesse nível mental onde pode se tornar capaz de remodelar sua essência de forma consciente para trazer o bem-estar e a plenitude que tanto almeja.

Na Índia acredita-se que Deus pronuncia apenas a palavra "sim". Na verdade, Ele não diz sim para o que as pessoas pedem, mas para aquilo em que elas acreditam.

Conforme observou Jung, a Sombra nos é necessária porque não podemos ser tudo aquilo que, em princípio, poderíamos vir a ser. Precisamos escolher quais aspectos em nós mesmos vamos expressar no mundo. Todavia, se enganarmos a nós mesmos, transmitindo a falsa impressão de que somos só doçura e luz, então a nossa irada e rancorosa Sombra vai manifestar-se em outra parte – nas outras pessoas, em nossa visão do mundo, em nosso corpo e em nossos sonhos (talvez como uma figura sombria e escura, ou através de uma personalidade inteiramente desagradável). A nossa Sombra vai rapidamente nos provocar: "Olhe para mim! Estou aqui!" e podemos ou fingir que ela está "lá fora" ou fazer um sério exame em nós mesmos.
Se expusermos as Sombras à luz, elas desaparecerão como que por magia. Contudo, a maioria de nós tem medo ou, simplesmente, vergonha do nosso lado Sombra; assim, ele permanece escuro e, à medida que aumentamos a intensidade de luz que incide sobre nosso eu consciente, a sombra se aprofunda.
Isso não significa que devamos dar vazão ao lado "escuro" da nossa natureza. Tudo que precisamos fazer é reconhecer nosso eu Sombra, para que não mais precisemos projetá-lo sobre o mundo exterior. Enquanto nos enganarmos com a ideia de que nem sequer poderíamos imaginar-nos desejando a morte de alguém, por exemplo, aqueles impulsos assassinos serão substituídos por outros, como um espelho da nossa Sombra. Não basta dizer as palavras "Acho que eu poderia matar alguém"; precisamos tê-las dentro do coração. Somente quando possuímos a nossa Sombra é que nos tornamos inteiros. ("CRESCENDO E EVOLUINDO COM ALEGRIA", de Gill Edwards)

A vela que você acendeu a noite não é a mesma vela que você assoprará pela manhã. Esta não é a mesma chama que havia começado; aquela já se foi, ninguém sabe para onde. É apenas a semelhança da chama que lhe deu a ilusão de que esta é a mesma chama.
O mesmo acontece com o seu ser. É uma chama. É um fogo. A cada momento o seu ser está mudando, e se você se envolver totalmente em qualquer ação, você verá como a mudança acontece em você - cada momento um novo ser, e um novo mundo, e uma nova experiência. Tudo de repente se torna tão cheio de novidade que você nunca vê a mesma coisa duas vezes.
Então, naturalmente, a vida se torna um mistério contínuo, uma surpresa contínua. Em cada passo um novo mundo se abre, de tremendo significado, de um êxtase incrível...
"From Ignorance to Innocence"

Preocupar-se é ocupar-se previamente com algo que ainda não está acontecendo. Assim, quando o acontecimento se der, estaremos sem a suficiente e necessária energia para enfrentá-lo, pois a mesma foi desperdiçada antes do tempo. Em outras palavras: se nossa mente está presa a lembranças do passado ou a ideias do futuro, não estamos vivos, mas adormecidos, pois a vida se passa no presente, no aqui e agora.

Quando nos abrimos para um programa de TV, nos deixamos ser invadidos pelo programa. Às vezes é um bom programa mas quase sempre é ruim. Mas, porque queremos que outra coisa que não seja nós mesmos entre em nós, permanecemos sentados, deixando que o mau programa de TV nos invada, nos devaste, nos destrua. Mesmo que nosso sistema nervoso se ressinta, não temos coragem de levantar e desligar o aparelho porque, fazendo isto, temos que retornar a nós mesmos.

"...ninguém pode resolver tua vida por ti e, para poder tocar o céu, é preciso ter morrido. Desconfia daqueles que têm mais respostas do que perguntas. Daqueles que te oferecem a salvação como quem oferece uma maçã. Nosso destino é um mistério, e talvez o sentido da vida não seja mais do que a busca desse sentido". (Nyneve falando a Leola sobre aqueles que seguiam para a Terra Santa na Cruzada das Crianças, no século XII, em "A História do Rei Transparente", de Rosa Montero)

É justamente em família que mais se briga, no ringue da sala, no tatame do quarto, entre as cordas invisíveis e sempre esticadas da cozinha, do banheiro, dos corredores, e é em família que - aparente paradoxo - mais se ama, pois a família é feita exatamente disso, do fervilhar constante de sentimentos que a toda hora, por sua própria força, explodem. (em "Ah! Essas brigas em família", do livro "A Nova Mulher")

Verifique bem seu pensamento antes de falar. Sentindo-se insegura nas palavras você corre mais risco de tropeçar, porque a improvisação só é bem sucedida se feita com tranquilidade, de modo a permitir a ginástica do raciocínio. ("A Nova Mulher")

Ainda não te ocorreu que a verdadeira imagem da realidade do mundo é uma alcachofra cheia de muitas camadas pontiagudas, cada qual densamente superposta sobre a outra? A partir daí, deduz-se que nada pode ser explicado quando se procura apenas uma causa única para todos os efeitos, uma vez que todo efeito é determinado pela multiplicidade das causas e que cada causa possui muitas outras à espreita, prontas para ser manifestar. (do livro "Rei Artur")

Brigar, gritar, impor ideias, nem de longe significa ter um Eu forte, mas, sim, frágil. Falar o que vem à mente, dizer sempre a verdade, nem sempre é a expressão de um eu maduro, mas, sim, de quem não tem autocontrole. Um Eu forte e maduro aquieta a ansiedade, protege quem ama, pede desculpas sem medo, aponta o primeiro dedo para si antes de falar dos erros do outro, repensa sua história, exige menos e se doa mais, não tem a necessidade neurótica de mudar quem está a seu redor; conhece, portanto, todas as letras do alfabeto do amor inteligente. ("Mulheres Inteligentes, Relações Saudáveis")

A capacidade de sentir raiva é muito importante porque, se você não se enraivece, pode começar a tolerar o intolerável... Se você não fica zangado, você provavelmente é um cético. E se você reduz seu quociente de raiva diante da opressão, você reduz seu quociente de compaixão pelo oprimido. (do livro " Alive now!")