Coleção pessoal de AllamTorvic

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⁠Eu vi um pássaro,
estava tentando comer uma uva,
pintada na imagem em um quadro,
Talvez não fosse fome de frutas,
fosse fome de arte mesmo.
§

⁠"Se existe algo que o peregrino ama,
é o mistério.
Talvez esse seja o maior caminho,
a busca por significados".

§

⁠Ouvindo a voz da chuva

(...)
Ouves a voz da chuva ao amanhecer
Voz de chuva que vem do mar
Chuva que hoje parece
vento que faz uma prece
chuva que vem des[agua]r

(...)
Chuva que toca na arreia, Am[águas]
Chuva que choram, as ondas Des[água]
chuva que enche os poros
e antecede a solidão

(...)
Chuva que traz a dúvida, sem saber
versos que molham a planta, ao dizer
vozes que vem do vento
remindo o tempo, irá chover

§

In: TORVÍC, Allam. Poemas de conversações. 2023. São Paulo.

⁠ (...)
Éramos do campo e da Lavoura, e Deus nos chamou à experiência dos montes,e dos montes; eu pude enxergar não apenas a riqueza do trabalho,
mas também a beleza e a extensão do lugar.
§

⁠A luz que faz o nascer, numa voz de canto
Numa voz de espanto, ao desconhecido
Um caixão nos espera, ou uma coroa, acorda!
Meus versos estão dormindo, acorda!

(...)
Esse sono inibe a beleza que está lá fora,
Agora, a luz desta manhã é oferta de gratidão
Em vestidos novos, se despiu para o mundo
Azul-celeste, brilhaste a este céu

(...)
Caminhante! Eis o caminho e a viagem!
Abra os olhos, veja as alas dos ventos
Fujam das cobiças dos homens
Torna o teu nome, uma casa de paz

(...)
Para aonde levará esse teu caminho?
O que dirá a teu favor a sua linguagem?
A casa vernacular é uma cova fecunda
Cada homem, espalha-se em sua eira

(...)
Sozinho em lama, resta-lhe o silêncio;
Em terras profundas deságua,
Acorda! É tardia as histórias
Sobre ti, há um rio de memórias

(...)
Ei o tempo perdido, recupere-o de logo
Nutre a aurora que espalhastes
Apreende o caminho ao caminhar
Não volte! Nunca mais a está aqui
Ande! Avance! Acorde.

§

in: TORVIC, Allam. O viajante iluminado. São Paulo: 2023

⁠⁠⁠Na árvore milagrosa da esperança
eu resumir minha existênçia
felicidade é caminho dourado
é galhos plantados com gratidão

§

⁠Em uma tarde eu vi
uma árvore a chorar!
conversando com as sombras,
dizia-lhe: uma frase de adeus!

Que brisa é essa?
perguntou o viajante,
com visões de por de sol,
e janelas com luar

Nao chore, sra. árvore!
veja a beleza do por do sol
-- Guarde suas palavras de sentimentalismo
o que resta é a dor
deixei-me, escurecer pelo amor
e como flor mucha e seca
hoje faço um silencio de adeus,
Adeus!

Ofereço-vos,
essa⁠ ingênua esperança,
em teu momento de desespero,
até que se aparte o medo
e haja um coração resoluto
e volte um profundo fruto
ainda haverá esperança
na morte de tudo


§

⁠Há algo além dessa tarde?
o vento derrubou o retrato
e desconstruiu a imagem que tanto criei,
em mar de silêncio, mergulhei.

⁠Na criação do mundo, o próprio Deus, já nos ensinava que nem tudo é trabalho; precisamos de pausas, intervalos e estações. Silêncios para que a ordem e o esforço que fizemos, faça sentido através de nossa reflexão e através de nós haja luz.
§
"PI: Criacionismo Bíblico em uma consciencia plural".

⁠É preciso ainda desmistificar no coração do orador, que o modelo de referência da mensagem pregada, esteja no padrão de quem prega.
Torna-se, não apenas um anacronismo estrutural, mas também um saber insuspenso, sem discernimento e espirito.
§

"PI: Hermenêutica e Análise discursiva".

⁠"As vezes, é preciso potencializar o texto. Através do discernimento contextual. Há ensinamentos que são vozes, repletas de significados e sentidos atuais".
§

"PI: Antropologia e sociologia da religião".

Lancei toda minha infância
em uma estrada de chão,
ali, parte de mim floresceu,
da imaginação surgiram histórias

Do alto monte o olhar
até onde levarão os meus pés?
perguntou o viajante.

§

⁠Perseguindo intuições,
as tardes eram dilúculos,
ortos e primaveras,
nos passos
de um peregrino.

§

A curiosidade,
é sempre uma terra fértil
e desconhecida aos
peregrinos
um apelo
a novos horizontes.

§

⁠Tem livros que nos ensinam
a curtir instantes que se passaram
e outros, que nos ensina a acordar!

O livro é um amigo,
confiável e instrutivo
possui uma missão e uma versão,
despertar sensibilidades à vida.

⁠A cultura do peregrino,
é compreender o caminho
como meio
& não como fim,
lembranças de menino,
da casa e de filho
que somos humanos
ouvindo uma voz
dizendo: segue-me.

§

⁠A liturgia do ordinário,
também é parte da devoção
diálogos, ceias e leituras,
escultura e limpar o chão

fomos chamados para servir
mudar as prioridades,
compreender as motivações
trazer luz as identidades,

todo simples requer humildade
e humildade é um mandamento
Aprendei de mim,
que sou manso e humildade.

§
"Liturgias & conversações ordinárias."

⁠O peregrino,
parou diante de uma igreja,
havia uma placa escrita:
essa casa é um lembrete,
de um Reino maior que o seu
podes entrar!

§