Coleção pessoal de alfredo_bochi_brum

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⁠EDAZ
E meio assim sem alarde
Em atitude edaz
Vai se despindo o covarde
Certeiro que é capaz
Nalgum lanhaço que arde
Pelear no rumo da paz!

PROEMINÊNCIA
Há quem duvide que eu vença
Um castelo de aparências
Que precise de anuência
Aos que julgam de indecência
Na virtude inadimplência
Liberdade na consciência
Pra valer a existência
Essa é a pertinência
Sem nenhuma incongruência
Relegando as influências
Vou mantendo a minha essência.

⁠RESPEITO
Golpe vital que bate no peito
Vai moldando um sujeito inquieto
Cada um pode ter o próprio jeito
Mas respeito é um conjunto de afetos.

⁠LEÕES NA COVA
Mesmo que não te entregues
Nas provações diárias
Cheias de leões na cova
Faças teu fardo leve
Com Força missionária
Amor em toda prova
Na labuta não negues
As ações solidárias
E tua Fé se renova.

⁠Que o espírito do renascimento nos faça valorar a preciosidade de uma vida útil e que deixe rastros de luz a iluminar o caminho de novos ciclos!

⁠COLO
Quando todos esperam reação
A muitos gestos de insanidade
Vá bater na porta da reflexão
Deitar no colo da serenidade.

⁠CHISPA
E despacito sai da cama
O velocímetro te engana
Velocidade vida afana
Já pouco importa se há má fama
Pois é no amor que a chispa inflama.

⁠MORNO
Depois que o carvão esfria
Não vira cristal o morno
Pois lhe faltou energia
E já não há mais socorro.

⁠FURNAS
Não é rude quem hiberna
Esperando o tempo certo
"A coberto" na caverna
A prudência tem por perto
Com o tempo amadura
Até tuna no deserto!

“TRISTÃO”
À deriva do destino
Ancorou em outro reino
Nos braços de alguma Isolda
Cicatrizes pressentindo
Coração com pouco treino
Que no malho se amolda.

⁠MEDO DA CHUVA
Não, eu não perdi
Medo que não tenho
Amigo do raio
Sempre resisti
E com muito empenho
Fecho a porta e saio!

⁠ARRE"MEDO"
Muitas vezes é o medo
Que freia o teu futuro
Receio de arremedo
De escombros e entulhos.

⁠NADAS
Quem se imagina tão pleno
De uma alma imaculada
Como embriaguez de Sileno
Um vazio cheio de nadas.

⁠GESTAÇÃO
Nem tudo que vem do ventre
Da gestação de um amor
Fecunda um Ser prudente
Que se acautele da dor!

⁠LACRIMEJANDO
Para que engolir o choro
Que a tristeza faz murchar
Pode se fazer socorro
E outras águas navegar
Ao invés de um quase morro
Muita vida para inflar!

⁠DORMIR DE TOUCA
Tudo muda hora e outra
São tantas coisas estranhas
Tal qual um trocar de roupas
É preciso ter mais manha
Para não dormir de touca
Experiência a gente ganha!

⁠BAIXA FREQUÊNCIA
A frequência anda baixa
E a música também
O peito quase racha
Mesmo assim se mantém
Algum dia ele acha
Alguém pra ser seu bem!

⁠ALGAR
O sentimento caiu no buraco
Tão profundo que virou em pedaços
Não há como pensar juntar os cacos
Vida não negue apesar do estilhaço!

⁠DESCOMPASSO
Agora são tantos apelos
Para um socorro que tardou
Ficaram pra trás os desvelos
Convergência descompassou
Muito pior tentar revive-los
E insistir no que não mudou.

⁠FRATERNA INANIÇÃO
Ronca a vizinha do umbigo
Na espera dos temperos
Mas quando temos amigos
Jamais chega o desespero
É assim que eu consigo
Ser faminto e austero.