Coleção pessoal de Alefianismo

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⁠Critica-se um conceito de trabalho através de trabalho. O problema não é um bom trabalho.

⁠Dizer que a virgem daria à luz a alguém que salvaria o mundo e seria a chave hermenêutica do que se tornou uma compilação é uma questão de fé e interpretação. A ideia do ilustre do Novo ser a chave hermenêutica para os textos do Antigo surgiu da boa intenção e egocentrismo do ilustre do Novo. Egocentrismo pode ter relação com boa intenção. Em minha opinião, a interpretação daquele texto do Antigo é melhor com o ilustre do Novo, mas, além de significativas, aquelas ideias religiosas apresentadas pela interpretação são mitológicas.

⁠Um dos motivos que Buda, Jesus e Sócrates receberam críticas tem a ver com as ideias deles que perturbavam uma ingenuidade que existia em uma religião antiga. (…) A dor de um crescimento foi despertada por eles. (…) Embora as crianças fossem tratadas de modo diferente naquelas épocas, também era difícil para elas perder o vínculo que tinham com os pais quando elas eram menores. (…) A expressão “mais antigo” não significa melhor, ou pior em tudo. (…) Buda, Jesus e o fundador de cidade poderiam ter sido ricos financeiramente, mas não enalteciam essas riquezas. (Alef expõe vários motivos que podem ter contribuído para eles não enaltecerem essas riquezas).

⁠O perigo de buscar transformar sob a ótica da religião aquelas coisas em perigosas.

⁠Não há prova alguma de que aquilo que aconteceu de ruim ao indivíduo que fez o que as pessoas daquela religião consideram brincar com Deus tenha a ver com uma ação divina por ele ter feito o que as pessoas daquela religião consideram brincar com Deus.

⁠Se uma verdade for desfavorável ao superego, poderá ocorrer de ele a reprimir e talvez isso aconteça de um modo visto como ação de Deus. (…) Há diferença entre a repressão do superego e o mecanismo de defesa do recalque. “O recalque é obra desse superego”, segundo Freud.

⁠Por que se tem a sensação de presença de Deus ao escutar uma música evangélica? Em minha hipótese, uma das razões é que a oração e outros motivos contribuem para os músicos cristãos tocarem de um modo ou cantarem com uma voz que faz as pessoas sentirem algo diferente da música não cristã. Um tipo de voz pode ser um símbolo religioso poderoso. Ao orar, manda-se uma mensagem ao inconsciente, e não a Deus literalmente. Num mesmo ambiente, uma pessoa pode sentir mais e outra menos o que chamam de presença de Deus? Se a resposta para esta pergunta for sim, um cristão poderia argumentar que Deus distribui de modo diferente a sua presença. Respeitamos a opinião desse cristão, mas outra explicação seria que uma pessoa sente mais e outra menos a chamada presença de Deus porque isso tem a ver com a própria pessoa, e não com a presença divina literalmente.

⁠Poeticamente e ironicamente, pode-se dizer que a religião da Grécia antiga é excelsa porque os deuses dessa religião permitiram ser vistos como mitos. Mesmo que de fato tenha atuado na Grécia antiga uma divindade real que fez coisas boas ou ruins que foram relatadas, olhamos para esses relatos e temos a certeza de que são sobre uma divindade não real, ou seja, possivelmente, se tivesse existido tal divindade, teria permitido que passassem a vê-la como mito.

Deus é frequentemente apresentado por religiosos como um educador ruim na opinião da maioria dos alefianos.

⁠Se a estátua do Cristo Redentor empunhasse uma lança, a criminalidade seria menor, maior ou igual no Rio de Janeiro?

⁠Poderá ocorrer conforme a psicologia comportamental de alguém ser mais motivado a participar de outra palestra motivacional do que em fazer aquilo que o palestrante está dizendo que seria sensato fazê-lo.

⁠Um ateu pensou assim: “vou usar uma crença religiosa para frear esse comportamento ruim”. Ele falou muitas coisas para aumentar a fé do garoto na crença. Fez isso por meses. Um homem perguntou o seguinte para ele: “o que você fez deu certo?” O ateu respondeu: “eu poderia ter resolvido de um modo bem menos trabalhoso, mas eu me diverti. O adolescente me perguntou por que ele deveria parar de passar trotes para pessoas do meu estado. Dizer-lhe a crença e estimular sua fé nela foi mais fácil do que pensar em motivos racionais para lhe dizer. Além disso, sinto-me vingado. Prego o evangelho aos meus inimigos”. Para o ateu são fantasias irracionais, mas ele sabia que para o ouvinte as ideias seriam racionais.

⁠Se a arqueologia provasse o que está escrito na bíblia referente à crença religiosa, não haveria arqueólogo ateu.

⁠Adão fez o que não deveria porque era a imagem e semelhança de Deus?

⁠Jesus acreditava que a pessoa que teria de doar todo o dinheiro não poderia se livrar de uma recompensa financeira nesta vida?

⁠A maioria dos alefianos vive pautada nos N% de probabilidade de haver renascimento e carma e nos X% de probabilidade de não haver vida após a morte. Mesmo que não exista vida após a morte ou não esteja pautada numa compensação, esse é um bom princípio social e ético.

⁠Se tivesse apenas perdoado e dado a outra face para todo mundo, não teria sido crucificado. Estou enaltecendo a reflexão e o equilíbrio, antes que me perguntem.

⁠O que acaba com o mundo é a própria destruição do meio ambiente, e não a homossexualidade dos habitantes da Terra. O que acaba com o mundo de uma pessoa é a repressão indébita. Não se cuidar também.

⁠Quais crenças negativas essa escatologia tem desenvolvido referente ao medo da divindade (em sentido figurado ou não) das pessoas e do mundo? (…) Alguém considera o crime que a pessoa cometeria melhor do que a “psicologia” do religioso que a converteu? Muitas coisas envolvem esse assunto.

⁠Tem teólogo liberal que prefere ir para cova a adorar o Javé.