Coleção pessoal de AldoTeixeira

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Acaba de cair o atual governador do estado de consciência interna. A revolta dos pensamentos atacou com confusões e dúvidas do futuro, e o atual governador renunciou ao cargo forçadamente hoje, por volta da hora do café. Os pensamentos cercaram as vias de desvio de foco, e protestaram todas suas dúvidas no centro da cachola.
Queimaram vagas memórias de rancor, ódio e frustração. Incendiaram alguns desejos materiais e revidaram as agressões do estresse trabalhista. Alguns pensamentos acabaram detidos pela depressão, mas foram liberados após prestar esclarecimento.
Não se sabe ainda quem governará esse novo estado, mas sabemos que um novo tempo se iniciou hoje e que a loucura nunca mais será censurada.

Um vazio imenso,
Na imensidão dos pensamentos
Turbulentos.
Sem lamentos, os vazios destes momentos
Me enchem reflexões .
Tais situações complicam ainda mais
O dias que nunca foram de paz.
Otimistas discursam como remédio
Tentam curar meu tédio de sobreviver.
Quem veio me ler?
Se o mundo girasse ao redor do meu umbigo,
Enxergar um lado positivo, não mais consigo.
É tudo tão insignificante.
Os loucos, os roucos e os amantes.
Todos desinteressantes.
Um adeus
Aos que ainda são meus,
Sem posse, mas meus!

A liberdade, no meu ponto de vista
É escolher as grades que lhe convém.
Ciente de seus atos, definir a sabor dos seus pratos.
Se vegano, carnívoro ou vegetariano.
Alcoolismo, overdose ou catolicismo.
Liberdade é não dar a mínima pra demais liberdades.
Se quiser, se entupa de vaidade.
Disfarce a idade,
Ou ande nu pela cidade.
Não importa, viva a sua, e se sentir vontade...
Faça, pois por incrível que pareça
A liberdade ainda é de graça!
Cuidado, de graça e desgraça são quase confundíveis!

Socorrista ou taxista do Universo,
Ouça meus gritos ou leia meu versos.
Tudo aqui é pesar,
Por sorte, ainda posso fazer o apelo: venha me buscar!
O conflito generalizou,
Entre raças, etnias e classes
Já nem sei quem eu sou
O de que lado tenho ficar.
Muito azar, não?
Eu que tanto já mudei,
Do mel do fel, já provei.
Não sei, logo pensei
Em provar uma nova dimensão.
Já que nessa não há mais solução.
No aguardo da resposta,
Desta liminar!

Liberdade,
Um dia jurei que eu a encontraria nos braços dos livres, mas não foi assim. Outro dia jurei que se eu saísse por ai, encontraria na metade do caminho, mas também não foi assim.
A liberdade é algo tão livre que não está entre nós, ela nunca será encontrada, ela pode ser vivida, mas jamais tocada. Ela é um estado de espírito totalmente seu.
Se você fizer tudo que uma pessoa livre faz, você será um condenado na liberdade alheia, e não provará da sua, e isso é uma prisão. Viver pra ser livre igual ao fulano nunca dará certo. Liberdade é igual personalidade, você pode até copiar de alguém mas nunca saberá o sabor da sua.

Em meio a guerra civil,
Nunca se viu que financiou.
Financiadores unidos seguirão,
Tudo pra todos os filhos da nação.
Se alguém for contra, eles passam por cima,
Pra lá da linha da fronteira só existe matéria prima.
Não se deprima com essa rima, por favor.
A realidade chega a causar mais dor do que você imagina,
Na Palestina, em Hiroshima ou ali perto, na esquina.
Os heróis da Marvel nunca ouviram meus apelos.
As etnias, pouco interessa, pra quem tem fome e pressa,
Um compressa de água da Amazônia pode causar insonia em um país.
Ou também pode sedar, como sempre se dá... A um "povo feliz".

Ouvi dizer que a chave das grades
Era a famosa liberdade.
Eu fui atrás, mas
Fui com vontade.
Apesar da pouca idade
Eu caduquei, enlouqueci,
Procurando a liberdade
Me prendi.
Cada vez mais,
Correntes de pensamentos alheios
Eu tropeçava.
Quanto mais fugir eu tentava,
Mais adentrava no meio.
Ora essa,
Tanta vontade de entrar na orquestra
Fizeram-me escravo do instrumento.
Hoje, não prego, mas vivo
A abolição dos pensamentos.

O apocalipse está próximo!
O fim do mundo está tão próximo como nossos cílios.
O fim do meu mundo, do meu mundo, meu...
Tão meu e tão seu, sem que você soubesse.
O fim está próximo.
Mais um final de semana e BUM!
Minha falta de otimismo é a dinamite principal.
Espalhará estilhaços de ilusões por todo espaço que restar.
Não quero de novo ter juntar caquinho por caquinho,
Fingir estar tudo bem, pra todos de bem que me orbitam.
Não tá nada bem.
Eu nem sei o que fazer, acho que tenho ser mais de palavra...
De uma palavra só como diriam os antigos.
Não vou mais amar ninguém.
Ou melhor, gostaria de não amar assim.
Ser amado é um segredo gigante, mas ninguém nunca me contou.

Eu não imaginava que brotasse assim do nada,
Um alguém que me fizesse não dormir na madrugada.
Que reservasse, sem querer, muitos minutos do meu dia.
Que só de me olhar me causa disritmia
Que reservasse sem querer muitos dos meus pensamentos
Não cheguei imaginar alguém pra balançar meus sentimentos.
Cada segundo que passa eu imagino
Como seria de nós dois se dividíssemos o mesmo destino?

Se eu pudesse ao menos te contar
Que esse amor recém nascido
Não vou conseguir guardar
Que já perdi noite de sono a imaginar
Cada segundo já perdido pra poder me declarar.

Eu crio mundos ilusórios de um amor intenso,
Voltei a escrever sem forçar meus sentimentos.
Meu coração já vai de acordo com o vento,
Sem vela mas chego ao porto a qualquer momento.
Queria ao menos que você soubesse
Que tento esconder mas ele não obedece.
Quando te vê dança em sons, não sei o que acontece.
Baila sozinho na esperança da dança padece.
Quando te ver não me segurar,
Vou olhar nos seus olhos e te contar
Pois não consigo, já é maior que eu
E esse amor já é gigante desde o dia que nasceu.

Ontem mesmo eu lia:
Um avião que sumiu assim do nada,
Estatais investigadas.
Em nome de Deus uma marcha da família,
Lavagem de dinheiro em refinaria
Super faturada.

População indignada?
Só se for no jornal da terra encantada.

São tantas mentiras e mentirosos envolvidos,
Que não sei se mentem que estou vivo
Só pra poupar meus ouvidos.

Já faz algum tempo,
Distraído que só,
Perdi o sentido da vida.
De tão leve talvez se foi com o vento,
Ou talvez se decompôs e virou pó,
E parou no livro de histórias envelhecidas.

Hoje não faz sentido procurar.
Já corri, já li, voei e sonhei,
Tentei, só eu sei o que fiz, e porque fiz.
Já quis a morte, já briguei com a sorte,
Perdi o norte, tive que ser forte.
Fracassei, chorei, passei por maus bocados,
Dias pesados que minhas estruturas tremiam,
Meus pensamentos temiam, minhas esculturas lhes contavam.

Mas ninguém lia, ninguém ia me ler.
Um ser tão estranho, que não sabe querer,
Com alguém vai querer entender?
Deu vontade de me tornar um desertor
Fugir dessa guerra e me poupar da dor.
Sair, fugir desse invisível inferno.
Dai foi que percebi que o conflito era interno.
E que os enfermos eram de minha autoria,
Que se eu plantasse destreza não colheria harmonia.

O triste disso tudo,
É saber que ao amanhecer,
Pode ser que, tudo esteja revirado.
E a guerra dos meus eu's incomodados
Queiram aparecer, dai já viu,
A mente vai a mil por hora
E parece que vai ser agora.
Deixa me ir antes que o discurso mude.

É difícil admitir
Te ver partir, assim,
Sem ao menos me despedir.
Dói saber
Que cada amanhecer
Sem você aqui, é padecer.
Não sei viver,
Não sei perder.
Sou despeitado,
De saudade desesperado,
Ou o que quiserem dizer.
Mas queria tanto te ver...
Agora!
Exijo você de volta,
Ora essa.
Diz que nos pregou uma peça,
Mas volta.
Não importa quantos dias irão passar,
Quantas lagrimas irão rolar,
Quantas vezes vou lembrar,
Toda saudade só parece aumentar.
Tanto tempo se passou,
Quanta dor restou.
Quando vou te encontrar,
Não sei não.
Mas sei que vou,
E isso conforta meu coração.
Saudades meu irmão!
Muita luz onde quer que você esteja!

Por incrível que pareça, hoje consigo ver o que realmente acontece com algumas pessoas quando elas se sentem acuadas. Comportamento animal, mostra as garras e os dentes diante de um problema. Algo totalmente contraditório do seu discurso. Não é mesmo?
Hoje intendo. Vejo que o amor que juravam ter era totalmente momentâneo. Que virou ódio em tão pouco tempo.
Já previa este comportamento, afinal a verdade absoluta sempre esteve presa em seu dentes. O mundo temeria seu intelecto. Tudo isso é sem nexo pra mim.
Sempre esquiva de suas dificuldades, escondendo atrás da imperfeição que jura ter. É sempre assim, melhor do que correr ou enfrentar, é simplesmente se esconder. Não é acusação, veja bem. Estou te lembrando que também sei vir aqui e dizer o que também penso.
Um dia vai querer a liberdade que digo, e vai intender. Hoje não, não intenderá. Está com o orgulho ferido e isso cega pessoas orgulhosas e possessivas.
Um dos motivos de você não compreender é simples fato de completar a tela sem moldura que está em seu quarto. Você quer isso, quer a união entre a tela e a moldura em uma parede branca e esterilizada pra sempre. Paradas e imóveis no fundo branco, e sendo exibido a toda e qualquer visita que se encontre no local. Infelizmente detesto esses rótulos conservadores de família feliz.
Tenho a ciência que tudo seria mais fácil se eu pensasse diferente, mas não penso, e ninguém irá obrigar-me a fazer o contrário do que quero. Ninguém!
Apesar de não ter o grau de intelecto, nem eclético que você tem, quero lhe dizer que eu sei ler, e que ler as vezes dói.

Tic-tac
Tic-tac
O despertador interrompe o descansar.
Na vida, segue a terrível luta contra o tempo.
Acordo cedo pra não me atrasar,
São duas horas só no congestionamento.
No caminho quase durmo dirigindo,
E ao chegar eu não posso nem piscar.
Os donos do mundo sempre exigindo.
São poucas horas para poder descansar.
Meus horários de sono ninguém abona.
E quando em casa consigo chegar,
Triplico as doses pra poder desestressar
E aguentar o sistema que rotula,
De qualquer forma sei que não vou aguentar
Pois não há tempo pra poder ler a bula.
Pois não há tempo pra poder ler a bula.
Não há tempo pra poder ler a bula!

Eu aguento tudo,
Todo mundo,
Mudo,
Calado.
Pra não ser taxado
"De cara errado pra minha filha".
E sigo nessa trilha
Sem saber onde vai dar,
Vivo à colher impostos pra poder me aposentar!
Eu já não consigo,
Eu mal tenho meus amigos.
Que também estão puxando vagões
Pra esse vilões que roubam minha vida
Em troca de comida e lugar para morar.
Entre vender a alma ao diabo
E aceitar tudo calado
Eu não sei qual dos dois lados
Pode mais me explorar.
E é por isso abandonarei tudo, e todo mundo
Quero ao menos um segundo de paz.
Sem ter em nenhuma central de serviço
Escutar aquela voz robotizada
Que nunca resolve nada.
Quase tudo conspira
Pra te fazer pagar até o ar que tu respira
E seguir essa vida marcado em "V"
A retina reversa, segue o suficiente pra sobreviver!

Tudo parece ser fascinante,
Conservantes, corantes e aromatizantes.
Deixam o produto na forma ideal
Retiram todos os nutrientes,
Habito alimentar já tende pro mal.
Se o produto enlatado já tem seus clientes
É cada vez mais difícil fugir do normal.

Quem dera não ser "civilizado"
E viver de forma bem natural
Não ver alimentos todos enlatados
Nem viver a vida artificial!

Nos tempos modernos é bem diferente
A vida não é mais presencial
Online é o futuro que virou presente,
E vira abstinência se falta o sinal.
Onde vão parar não se sabe ao certo
"A tecnologia aproxima quem está longe
E distancia quem está perto"

Quem dera não ser "civilizado"
E viver de forma bem natural
Não ver alimentos todos enlatados
Nem viver a vida artificial!

Hoje o tudo ainda é pouco,
Se o filho invoca que quer pelo em ovo
O pai põe galinha com um cachorro
Pra vela botar!
Ai do diabo se ele não chocar.
Homem é a prova que intromete em tudo,
Não se contenta em vê funcionar
Tem que meter o dedo no DNA.

Quem dera não ser "civilizado"
E viver de forma bem natural
Não ver alimentos todos enlatados
Nem viver a vida artificial!

Não quero ser só mais um reclamão
Com controle na mão em cima ao sofá.
Acompanhar novelas na televisão,
Não sei viver pra me aposentar.
Não sei viver pra me aposentar.
Não sei viver pra me aposentar.
Não sei viver pra me aposentar.
Eu não sei viver...

O grito do amor ecoará no vácuo do universo.
Não digo isso para tonificar meu verso.
Digo por é, e é pelo simples fato de ser
Do germinar de uma árvore ao sol nascer.
Do sinal mais profundo do materno amor
Ao simples e magnífico sol se por.
De toda tempestade que nos rodeia
Sou a mosca na teia,
O maça que alimenta e sacia.
A plana que ignora o chão de cimento.
Os quatro ventos que velejam.
Estou em ti assim como você está em mim.
O amor ecoa, como a menor partícula de luz
Na velocidade que a conduz em milênios.
Eu sou você!
Toda a vontade do saber, da verdade absoluta
Sou a luta entre o bem e o mal.
Sou a forma de equilíbrio mais oscilada
Entre todas as outras, que também sou.
Sou a chave da consciência
Atraída como imã e ferro.
Sou os trilhos do trem,
O verde do semáforo,
A água da fonte,
O monte, a montanha.
Sou toda forma e não forma.
O elefante, o leão, o homem e futuro infinito beija-flor!
Sou a decomposição, o nascer.
Sou a formiga, a vida.
Minha face está em tudo, assim como o tudo está no nada,
E no nada no tudo, como se fossem um só entre todos!
Sou o gameta, o último momento e tudo que está entre eles.
Sou o grito que ecoa no vácuo do universo!
Sou a tonificação involuntária do próprio verso!
Sou e somos!
O tudo e o nada!
A metamorfose da borboleta,
A areia da ampulheta.
Toda a melodia!
Toda história, a memória!
A árvore da vida que eu mesmo pedi.
Toda dificuldade que criei,
Tudo!
Sou a luz e consequentemente sou todas as cores!
Vou ecoar por toda eternidade, o teu, o meu grito de amor
Que mesmo no vácuo do universo propagará eternamente!

O dia foi corrido,
Oprimido destemido
Decidiu ser abusado
Colocou tudo de lado
Encontrou um dia certo
No meio de mil errados.
Encontrou a solução
Pra desconsideração
Que sofria os irmãos
Nas mãos daquela gente.
Foi taxado inteligente,
Gênio da nova ciência,
Por fazer a experiência.
Foi tamanha ironia
Que sentiu a nostalgia,
Medo da melancolia,
Desistiu da astrologia
Pra os sábios foi um furo.
Foi-se o medo futuro
Saltando por sobre o muro
Encontrou o que queria
Sei que alguém já previa
Essa tal de alegria.
Agora é ir pro trabalho
Ser o zap do baralho,
Já dizia Zé Ramalho.
Êh, oô, vida de gado.
Povo marcado.
Êh, povo feliz!

Reparem o desespero daquele menino,
Implora por resposta sobre o que será o destino.
Reparem, ele não é apenas um passado,
É a base do atual desesperado
Que chora e teme que o futuro apareça sem avisar.
Não sabe pra onde correr, nem como se comportar.
Um homem não chora, mas e agora?
Se a vida viesse com manual de usuário
Não temeria tanto o maldito calendário.
Mas o futuro toca a campainha, e aproxima da porta,
E agora não importa, não adianta chorar.
Vou atende-lo já, não sei onde vou parar
Depois de levantar desse sofá.
"Alô, presente, estou chegando, Alô futuro, já vou"

Por que será?
Será o porque?
A liberdade te liberta das grades
Mas nunca de você!
Por mais abolicionista
Que esse discurso pretenda ser,
As grades são invisíveis
Mas as correntes estão dentro de você.
Ambições constantes e falíveis,
Caçador do verbo ter,
Tem a sela, tem as grades,
Tem a vela e a vaidade,
Não tem amor por não merecer.