Coleção pessoal de ALBOR

Encontrados 5 pensamentos na coleção de ALBOR

"Chega desse discurso de ser mal compreendida pelo mundo e pelos homens. Tem muita gente avulsa por aí. Dos dois lados. Por inúmeras razões. Se você acredita mesmo que ninguém te quer porque é independente e os homens não sabem lidar com isso, só quero lhe dizer uma coisa: você está sozinha porque é chata". (A incrível geração das mulheres chatas)

É assim, ó. Ninguém tem culpa das escolhas que você fez, nem dos erros que você insiste em não consertar. Ninguém pode te olhar por dentro. A verdade que você prega, é nela que irão acreditar. A imagem perfeita não deve estar tão maquiada. Nem o sorriso tão milimetricamente calculado. Sua decência deve ter o tamanho da língua que você põe pra fora pra anunciar. Seu amor só deve ser declarado se existir. Seu sucesso deve vir pelo caminho que foi percorrido e não pelos "saltos" largos que o encurtaram. Seus amigos devem permanecer na sua vida por escolha e seu zelo deve ser suficiente para não sufocá-los. Seja exato sem ser menos. Caiba em você. De vez em quando se derrame e deixe que te recolham. Seja alguém em quem se pode tocar. Aproveite e se toque! Retoque!

BEM-VINDO TEMPO!!!

E aí que, de repente, a gente se dá conta de que o tempo tá passando. Que, apesar de não entendê-lo ou aceitá-lo, ele existe e dá sinais constantes disso. De repente, você lembra de um momento da infância. Parece não fazer tantos anos! Mais de 30! Inacreditável. Quando a gente olha pra trás e vê quantas histórias já foram vividas, boas ou más. Quantas amizades feitas, outras desfeitas. Tantos amores. Com cada um deles se fez planos, juras de amor, cuidou para que fosse o último. Tantas pessoas especiais já partiram dessa vida sem que desse tempo de dizer um derradeiro "eu te amo". Quantos projetos realizados. Tantos outros esquecidos na gaveta. Isso sem contar com a imagem refletida no espelho. Algumas marcas foram adquiridas, alguns fios de cabelo mudaram de cor. As coisas mais simples da vida passaram a ter um sentido maior. Já não se espera respostas imediatas pra tudo. Companhia de verdade é aquela que faz gargalhar. Dinheiro é pra viver...e só. Saúde se torna o maior bem que já se conquistou na vida. Paz o maior bem que se quer conquistar!!! Bem-vindo tempo! Pode passar!

E, maravilhada com aquele imenso roseiral, um rosa pequena e tão, aparentemente, igual às outras me despertou a atenção. Fui lá buscá-la pra mim. Não pude arrancá-la. Ela tinha espinhos graúdos e muito fortes. Machucou-me os dedos. Feriu-me a pele. Entendi. Entendi que aquele roseiral jamais teria a mesma beleza se lhe faltasse uma rosa. Voltei a debruçar-me na janela. As pontas de meus dedos estavam doloridas. Mas ela continuava lá. Dançando com o vento, emprestando sua beleza. E, mesmo de longe, era ela, só ela que me enchia os olhos. Era só ela que exalava perfume. Escolhi aquela rosa e agora ela era minha. Intocavelmente minha…

A saudade dos olhos...
Às vezes, tudo o que a gente precisa é matar a saudade dos olhos. Quando já não cabe mais o toque, o tom, a voz. Quando o corpo ainda quer, as mãos ainda sentem e a boca ainda saliva...mas, ainda assim, a razão diz que não. Quando não há música, fotografia, aquela camisa dele que ficou, a lembrança mais doce dos dias de sol...quando nada disso faz desacelerar o coração que bate incansavelmente ao simples recordar...é nessa hora que os olhos sangram. Sim, porque o coração já sangrou faz tempo. A saudade dos olhos é, acima de tudo, pura, casta. É uma vontade incontrolável de, apenas, ver. Ver de longe, por entre brechas. É, por instantes, sentir de novo. Reviver. A saudade dos olhos talvez seja a saudade da alma, que não precisa de um meio físico pra sanar. Talvez seja apenas energia. Recarga. O que de verdade se sente é um sossegar embriagante. Uma entorpecência eufórica. Os olhos buscam alimento pra alma. A alma parece aquietar-se dentro do corpo. O corpo obedece à razão...mas o coração...ah, esse, involuntariamente, não! Porque o que os olhos veem, o coração, pesarosamente, sente.