Coleção pessoal de aierroc

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Caminhos de virtudes
Abismos de consolo
Diretrizes arbitrarias
Pecados do pensamento
Tormento de ser
Lamurias de querer...

Dias normais

Dias normais
Compostos de tantos nadas
Quebrando a rotina da dor
Relembrando dos pensamentos pensados
Revirando os baús da consciência
Esperando reaver lembranças esquecidas ou adormecidas.
Queria tanto ressuscitar partes de meu passado,
Esquecer loucuras do meu presente,
Grudar em um futuro de prosperidades,
Ser dono de minhas propriedades,
Físicas,mentais
Materiais e intelectuais.
Um dia serei livre
Um dia serei louco
Um dia serei o tempo...

De noite
Ao me deitar
Tento dormir rapidamente
Tento não levar os pensamentos pra cama
Mas mesmo assim eles me acompanham
Queria logo dormir
Mas não consigo parar de pensar,
Pensar, pensar, pensar, pensar e pensar!
A insônia me faz pensar bastante
Poderia estar dormindo
Tendo maravilhosos sonhos
Ou quem sabe terríveis pesadelos
Queria tanto dormir
Mas continuo sem sono
Reviro os nossos lençóis
Levanto e acendo um cigarro
Mas eu não fumo!
Desperdicei mais um cigarro
Então levanto
Abro a porta
Volto ao quarto
Pego as chaves do carro
E saio pela cidade adormecida madrugada a fora
Depois desta grande epopéia
Volto pra casa
Deito na cama e tento dormir
Já são quase seis da manhã
Começo trabalhar as sete
E nada do sono querer vir
Olho no relógio
Ele esta marcando quinze minutos para as sete da manhã
Nesta hora me bate aquele sono
Não agüento
Caio na cama
Durmo até as quatorze horas
Ninguém me chama
Quem dorme ao meu lado não me chama
Acordo louco desesperado
Escovo os dentes
Faço a barba e corto-me todo
Tomo um banho bem gelado
Pois a energia acabou
Vou ao guarda-roupas pegar uma camisa
Mas ela esta amarrotada
Tento passa-la, mas não tem energia.
Visto-a assim mesmo
Tento esquentar a água para fazer um café
Mas o gás também acabou
Com toda essa enrolaçao
Chego ao trampo às dezessete horas e trinta e cinco minutos
Teria que apresentar um relatório muito importante naquele dia
Cheguei em minha mesa
Ela estava vazia
Só restava um bilhete em cima da escrivania
No qual estava escrito
‘Você foi demitido
Pois sem responsabilidade não há emprego’.
Então agora fiquei bem feito
Sem emprego e sem leito
Eis que chegou o meu fim...

Vivo perdido no tempo
Vejo tudo passar
Já conheci muita gente
Já fiquei doente
E hoje já estou bom
Amanhã não sei
Sei que no mês de março completo mais uma primavera
Ficarei mais velho neste mês
Março nunca me preocupou
Mas neste ano tudo mudou
Acho que é o peso da idade
Já não serei mais garotão
Terei que tentar criar responsabilidades
Mas isso só lá pro dia 26 de março
Como falta algum tempo
Vou continuar neste meu desalento
Tão desatento
Eh! o ano passado passou tão rápido
E este ano também esta querendo andar tão depressa.
E a economia do Brasil vai bem?
Esperamos que sim...
Pois se não eu me ferro mais uma vez
Ficarei mais uma vez na metade do caminho
Enquanto meus amigos continuam
Dando alguns passos adiante.
É a velha crise do mês de março...

Assim funciona a minha natureza
Viver mesmo só por viver
Creio estar morrendo aos poucos
Creio estar perdendo o controle da situação
Creio ainda que sou homem de pouca fé
Assim caminha o meu ser.

E eu estava lá antes de tudo e de todos
Eu começo virei fim
Fui em direção do desconhecido
Foi me negado a chave da passagem
Mas uma vez estava sem rumo
Sem norte
Perdido em terras de ninguém
Abandonado ao próprio destino

Daí não sei se sou vitima ou vilão
Mas sei que a alegria de outros
Não faz bem ao meu coração angustiado,triste,louco e parcial.