Coleção pessoal de agatars1

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Queria eu saber amar,
amor de verdade
Fidelidade.

Queria eu saber perder
sem me exasperar
Mas mesmo em tal situação
amar.

Queria eu saber vencer
sem me vangloriar,
e na humildade
me firmar.

Queria ter eu o dom da gratidão,
para reconhecer amor no coração
de quem bem me quer
e retribuir de boa fé.

Queria eu que você me visse,
Queria eu que você me ouvisse,
Queria eu que aqui estivesse
para ver como eu te quero.

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Tomara

Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz

E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais...

O verbo no infinito

Ser criado, gerar-se, transformar
O amor em carne e a carne em amor; nascer
Respirar, e chorar, e adormecer
E se nutrir para poder chorar

Para poder nutrir-se; e despertar
Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir
E começar a amar e então sorrir
E então sorrir para poder chorar.

E crescer, e saber, e ser, e haver
E perder, e sofrer, e ter horror
De ser e amar, e se sentir maldito

E esquecer tudo ao vir um novo amor
E viver esse amor até morrer
E ir conjugar o verbo no infinito...

Memória

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.

Poética

De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.

A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.

Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem

Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
– Meu tempo é quando.

A gente não faz amigos, reconhece-os.

Somos, simplesmente, aliens sentindo coisas absurdas e estranhas. Por que digo que somos aliens?
Porque, meu corpo senti coisas que não respeitam as leis de física nas quais nosso universo é constituído e nem o seu. Tanto os meus sentimentos como os seus respeitam leis diferentes.

Leis de outro universo quem sabe?...