Coleção pessoal de aden_brito

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⁠O Vento e o Litoral

Dois olhares tímidos, um toque sem querer,
No balé dos dias, aprenderam a viver.
Era amor tão puro, de alma e verdade,
Na inocência juvenil, a eternidade.

, estrelas no mesmo céu,
Dois corações que batiam num mesmo anel.
O tempo, cruel, quis ser o vilão,
Separou dois corpos, mas não o coração.

O vento soprou histórias, levou sorrisos,
Mas guardou memórias em recantos indecisos.
O litoral, testemunha de um pacto invisível,
Sussurrava promessas de um amor indestrutível.

Anos se passaram, vidas se reconstruíram,
Caminhos distintos, mas almas não desistiram.
Eis que o destino, com sua dança caprichosa,
Fez o reencontro de forma tão milagrosa.

No brilho dos olhos, o passado reviveu,
A chama adormecida jamais se perdeu.
O abraço selou o que o tempo tentou apagar,
Um amor que nasceu para nunca terminar.

E ao som de "Vento no Litoral",
O casal reviveu o início do final.
Não eram mais jovens, mas o amor era inteiro,
Como se o tempo fosse apenas um passageiro.

, enfim, compreenderam,
Que o verdadeiro amor nunca se encerra.
É raiz que resiste à ventania,
É mar que se encontra com a poesia.



EU E O SABIÁ

Nesta linda manhã,
As brisas tão suaves,
O vento sopra entre
As árvores.
Eu ouço o lindo cantar
De um belo sabiá.

Lembro de ti, amada minha,
Que um dia foste
A minha rainha.
E o vento a soprar,
Eu começo a cantar
Juntamente ao sabiá,
E em ti não mais pensar,
Pois lembranças só me fazem chorar.

Busco entre as razões
A saída pra te tirar
De vez da minha vida.
E fico a cantar,
Só EU E O SABIÁ.

Aden Brito, compositor
02.05.2014, às 10h40
Direitos reservados, Lei nº 9.610, de 19.02.1998

⁠Sob o Mesmo Céu

Sob o mesmo céu, somos iguais,
Corações que batem, sonhos vitais.
Princípios nos unem, pontes se erguem,
A justiça floresce onde os valores seguem.

Cores, crenças, não nos separam,
É no respeito que mundos se amparam.
Que a igualdade brilhe, farol de união,
E faça do amor nossa maior razão.



A Estrada da Superação

Nas sombras da vida, é fácil reclamar,
Mas já pensou, na dor, tentar se erguer?
Ser mais forte quando o vento quer te tombar,
E a luz do invisível buscar e viver.

Já perguntou de onde vem a luz aos cegos?
Já pensou em descer do pedestal do ego?
Humildade abre portas que o orgulho fecha,
E a alma encontra a paz que tanto almeja.

A vida se torna mais leve ao agir,
Cruzando os braços, nada vai mudar.
Pegue a estrada, escolha prosseguir,
Sonhos são sementes que é preciso plantar.

Não tente subir sem batalhar,
Nem implore carinho sem antes doar.
O amor, como a chuva, precisa regar,
E nos gestos sinceros, começa a brotar.

Na busca dos sonhos, não tema o cair,
Cada tropeço ensina a persistir.
A vida é uma estrada a ser conquistada,
Com fé, força e coragem, serás recompensada.

⁠Entre Sol e Lua

Sou Gêmeos, ela é Escorpião,
um cosmos de contradição.
Eu, o vento que dança em espirais,
ela, o mistério das águas abissais.

Diz que gosta, mas às vezes foge,
um eclipse que nunca se resolve.
Sua ausência é um labirinto,
e sua presença, um céu faminto.

Somos água e fogo,
um caos em eterno diálogo.
Eu explodo em palavras, ela em silêncio,
um poema sem consenso.

Ela é lua, distante, enigmática,
eu sou sol, ardente e dramático.
Mas quando nossos mundos colidem,
o impossível, enfim, decide.

Que entre distâncias e melodias,
somos estrelas de outra galáxia,
traçando órbitas que se desviam,
mas sempre voltam à magia.

⁠Esquecer de te esquecer

Você pediu para te esquecer,
mas tão esquecido que sou,
esqueci de esquecer você,
e no peito a saudade ficou.

Tentei apagar seu sorriso,
mas ele insiste em brilhar,
feito estrela em noite sem juízo,
que o céu não consegue apagar.

Quis largar tua voz no silêncio,
mas ela ecoa em meu ser,
é melodia que fere o silêncio,
e me faz outra vez te querer.

Esquecer de te esquecer,
é a ironia que me consome,
quanto mais tento não te ter,
mais o coração te chama pelo nome.

Se é pra viver nessa contradição,
de lembrar enquanto tento esquecer,
entrego-me à doce prisão
de jamais deixar de amar você.

⁠A voz do coração

No silêncio da noite, quando a lua velava,
o poeta viu a donzela, e sua alma clamava.
Ela andava entre sombras, um sonho a vagar,
e seu coração ardia, impossível calar.

Cada passo dela, um verso em chamas,
o céu sussurrava seu nome entre as ramas.
E o poeta, perdido em desejos e dor,
ergueu sua voz, transbordando de amor.

"Quem és tu, musa, que rouba o meu ar?
Que faz do meu peito um vulcão a pulsar?
És feita de sonho, ou de carne e essência?
És amor ou loucura, és dor ou presença?"

Ela sorriu, como quem sabe a resposta,
e o tempo parou, como a vida em aposta.
E assim, no olhar que ambos trocaram,
o destino selou: seus corações se encontraram.

⁠Alma de Filho

Mãe,
teu nome é o primeiro verso que a vida escreve em nós,
uma canção sem melodia, mas cheia de sentidos.
Teus braços, catedrais onde o mundo repousa,
teu olhar, um farol que nos guia mesmo nas tormentas.

Não há palavra que alcance o que és.
És a chuva que fecunda,
o sol que aquece,
o silêncio que acolhe e o grito que desperta.

Na dança dos dias, teu amor é a coreografia eterna,
um compasso sem fim,
um movimento que sempre nos conduz ao teu colo.
Porque só em ti, mãe,
o tempo é irrelevante e a dor se dissipa.

Tu és a alquimia do invisível,
transformando cansaço em afeto,
ausências em presença,
e lágrimas em orações silenciosas.

Tuas mãos, gastas pelo zelo,
escrevem histórias invisíveis na alma,
histórias que nem mesmo o esquecimento pode apagar.
E em cada dobra do teu riso,
há uma eternidade de amor armazenada.

Ser filho é carregar no peito
o eco do teu coração,
o espelho do teu ser.
E assim seguimos,
não para te superar, mas para te homenagear,
pois viver é testemunhar o milagre que és.

Mãe, tua alma é um poema que jamais se esgota.
E eu, eterno aprendiz,
sou verso teu,
grato por existir.

⁠Noite de Fogo

Saudades do teu cheiro,
feromônio que embriaga, perfume que marca.
Do teu corpo colado ao meu,
pele na pele, sem espaço pra tempo,
sem tempo pra pensar.

Saudades do teu louco amor,
instinto e entrega,
uma explosão de mundos
que colidem em gemidos abafados.
Teu som, um mantra,
ecoando na bagunça da cama
como sinfonia do caos.

Uma louca viagem,
onde prazer e sentimento se misturam,
um universo que se expande
entre mãos trêmulas e olhos fechados.
Cada toque, uma nova descoberta,
cada suspiro, uma nova língua
que só nós sabemos falar.

Quero mais uma noite assim,
onde o infinito mora entre lençóis
e o mundo lá fora
não passa de um sonho distante.
Vem, bagunça meu corpo,
desordena minha alma,
e me faz perder a razão outra vez.

⁠Linha Tênue

Sou do 93, tu do 92,
um abismo entre os dígitos,
mas no eco da noite, tua ausência soa.
Espero.
Pelo toque frio do telefone,
pela faísca da notificação.

Mas não vem.
Só o silêncio, que sussurra teu nome
como uma praga ou uma prece.
E eu me perco,
na paranoia dos teus sinais invisíveis,
na ilusão de que teus olhos
passeiam por minhas mensagens apagadas.

Romance ou delírio?
Eu já não sei.
Os teus sussurros habitam as paredes do meu quarto,
teu cheiro, um espectro entre os lençóis.
Cada vibração no bolso é um coração que para.
Cada número desconhecido, tua sombra que escapa.

Serás real, ou fruto da febre?
Diz-me, és mulher ou miragem?
Meu amor é uma fogueira que devora,
minha sanidade, uma chama que dança.

Do 93 ao 92,
não há distância maior que o medo,
nem paranoia mais doce
que esperar por aquilo que talvez nunca venha.

⁠Reciprocidade

Se lhe derem amor, devolva o bem,
Cultive o carinho, floresça também.
Que cada gesto seja uma flor,
Plantada no solo do eterno amor.

Se lhe derem ódio, persista em amar,
Não deixe o rancor seu brilho apagar.
Pois quem semeia a sombra, colhe solidão,
E a luz do amor é a mais doce lição.

Não queira em seu ciclo o peso da dor,
Escolha o caminho que exala calor.
Troque espinhos por versos de paz,
O coração leve é o que mais satisfaz.

A reciprocidade é a vida em dança,
Uma troca constante de fé e esperança.
Dê o que há de melhor, e verá, enfim,
Que o amor volta sempre, no eterno jardim.

⁠"Saudades é o abraço que a alma dá na memória, costurando o tempo com fios de amor e ausência."

⁠Tatuagem em Ti

Serei um marco em tua mente,
Presença viva, elo potente.
No silêncio ou na multidão,
Ecoarei no teu coração.

Tatuagem feita sem dor,
Marcada a fogo pelo amor.
Mesmo distante, sem estar aqui,
Teus pensamentos voltarão a mim.

Como um sussurro que o vento traz,
Como uma lembrança que nunca se desfaz,
Sou o eterno em tua emoção,
Tatuagem viva na tua razão.

⁠Um Caso Assim

Eu e você, um caso assim, tão complicado,
Um enredo de paixão, um sonho desencontrado.
Linhas cruzadas, destinos em colisão,
Uma tempestade que ecoa no coração.

Tão difícil entender, mas fácil de sentir,
Uma dança de olhares que insiste em existir.
Somos o fogo e o mar, o céu e o chão,
Contrastes que vibram na mesma pulsação.

No labirinto de nós, sem mapas, sem direção,
Perdemo-nos e achamo-nos em cada contradição.
Palavras que ferem, silêncios que acolhem,
E nessa trama insana, os nossos laços escolhem.

É dor e é cura, caos e plenitude,
Um universo à parte, sem similitude.
A razão não explica, mas a alma sabe,
Que o que nos prende é o que nos cabe.

Eu e você, tão difícil de entender,
Mas quem disse que o amor precisa se conter?
Deixa ser como é, um mistério infinito,
Um caso assim, tão nosso, tão bonito.

⁠O Destino e Nós Dois

O destino não quis a gente junto pra sempre,
Mas o que vivemos foi intenso e valente.
Nosso tempo, embora breve, foi um tesouro,
Cada instante ao seu lado valeu mais que ouro.

Se fomos estrelas cruzando o mesmo céu,
Fomos chama intensa que nunca se perdeu.
O privilégio de estar contigo foi presente,
Mesmo que o final tenha sido diferente.

Não culpo o destino, nem o sopro do vento,
Pois em você encontrei o mais doce alento.
E ainda que o "pra sempre" tenha se perdido,
No meu coração, você é eterno abrigo.

Então sigo adiante, com gratidão no peito,
Guardando o que vivemos, tão perfeito.
Pois mesmo que o destino nos tenha afastado,
O privilégio foi ter te chamado de amada.

⁠Aquele Olhar
(Por Aden Brito)

Tudo era belo, um encanto sutil,
E nasceu em silêncio, naquele olhar febril.
Um sorriso radiante, um brilho sem fim,
E o gosto de um beijo que ficou em mim.

Pele suave, tão doce ao tocar,
Boca macia, difícil de não desejar.
Entre lençóis e segredos a nos consumir,
Um amor proibido, impossível resistir.

Os corpos dançavam, se perdiam no instante,
Entrelaçados no desejo vibrante.
A música ao fundo, o peito em chama,
Dois mundos colidindo no fogo da cama.

Te olhar, te tocar, te amar sem medida,
Era o que bastava pra preencher minha vida.
Se era erro, nunca quis saber,
Apenas deixei aquele olhar me envolver.

Agora é memória, um eco no peito,
Um amor louco, intenso, imperfeito.
E mesmo que o tempo tente apagar,
Ainda vive em mim... aquele olhar.

⁠ANA LÚCIA

Ana Lúcia, nome que o vento sussurra,
na melodia suave que a tarde murmura.
Teu riso, aurora que ilumina a terra,
teu olhar, segredo que o tempo encerra.

És a dança serena do rio com o mar,
um enigma que a lua insiste em buscar.
Cada passo teu desenha poesia,
um compasso perfeito na melancolia.

Ana Lúcia, na tua presença há calor,
como se o mundo inteiro florescesse em cor.
És mais que um nome, és um momento,
um céu estrelado em cada pensamento.

Não há palavra que alcance teu brilho,
nem verso que traduza o infinito em estilo.
Só sei que ao falar de ti, a vida sorri,
e o coração encontra o que sempre quis.

Em 08 de Abril de 2025, Manaus-AM
Todos direitos reservados, lei nº
9.610 de 19.02.1998

Ana Lucia Pimentel

"Ana Lúcia,
este poema é um reflexo daquilo que você inspira, um fragmento das palavras que meu coração não consegue guardar. Cada verso nasceu da sua essência, e espero que eles toquem seu coração da mesma forma que você transforma o meu em poesia."

⁠LOUCURAS DE AMOR

Querer e não te ter
é como admirar o mar e não sentir suas águas.
Querer e não te ter
é ser sol, lua e mar, sem nunca se encontrar.

Te ter e não te querer
é renunciar a um diamante raro,
é negar o brilho que ilumina até as sombras mais profundas.
Tocar-te é navegar nas profundezas do oceano,
uma vertigem que enlaça, uma viagem que consome,
onde dois corpos se perdem em labirintos de paixão.

Loucura de sedução,
um enredo onde o desejo escreve suas linhas,
envolvendo-nos no êxtase de amar e ser amado.
Não apenas um "eu te amo",
mas um viver pleno:
sentir, tocar, cuidar, doar-se por inteiro.

Loucuras de um amor proibido,
intenso como o instante que não se repete,
que arde em milésimos de segundos,
como a primeira e a última vez.

E quanto maior a loucura,
mais indelével será a lembrança,
gravada como fogo na memória,
eternizada na poesia da saudade.

⁠"A saudade é o tempero que o amor usa para lembrar o quanto alguém é essencial em nossa receita de felicidade."

" O meu coração sorriu ao lembrar de seu amor."